sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um canto de alegria, paz e felicidade!

Último dia do ano. O dia 31 de dezembro sempre tem um depósito a mais de sentimentos esperançosos e de apostas importantes. 1º de janeiro traz na sua representatividade renovação, gás, vontade de fazer diferente, recomeçar. Mesmo em dias tão próximos, estar em 1º de janeiro já significa que 2010 ficou para trás. Que a oportunidade das mudanças necessárias (internas e externas) se fazem presentes. Que a despedida existiu, seja com saldos positivos ou negativos.
O ano de 2010 entre outras coisas, foi um ano de acontecimentos, confirmações, amadurecimento e superação. Decepções, algumas lágrimas e outros dias nublados também. Mas o saldo que carrego hoje é com uma diferença grande de positividade. De agradecimentos. De reafirmação, de pessoas, amigos, família... E felicidade. Felicidade do alívio no olhar, nas palavras, no coração, no abraço... No sorriso. No entendimento de que o que passou vai ficar guardado, que o presente pede atenção e urgência, e que o futuro é repleto de acréscimos importantes. As escolhas são sempre necessárias. Abaixo, um texto de internet com alguma filtração de idéia positiva. O autor? Sem fontes seguras de autenticidade, porém, dizem as páginas alheias que é de Arnaldo Jabor.
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O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho. É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora. Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais, perdemos pessoas que amamos... Mas, pensa só: Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida para o trabalho? Eu quero viver bem... E você? 2010 foi um ano cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas e perdas, reencontros... Normal... 2011 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança? O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza... Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: “Cuidado com seus sonhos e desejos, eles podem se tornar realidade.” Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano... Mas, se a gente se entender e permitir olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial! 2011 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. 2011 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, especial! Depende de mim... De você. Pode ser... E que seja! Desejo a todos um Ano Novo repleto de Realizações com Muita Saúde, Paz, Sorte, Sucesso e Alegrias!!! (por Arnaldo Jabor) ... Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia. Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus. Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas. Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais. Não espere um momento certo para fazer essa "faxina interior". Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade. Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor, e que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.
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UM FELIZ 2011 A TODOS!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Déjà vu.

Todos nós temos momentos na vida que nos deparamos com momentos singulares. Momentos que parecem reviver algum estado anterior. Você para, analisa, e aquele momento parece já ter sido vivenciado em outro momento. Ter sido anunciado antes. É como se já tivessem te avisado daquele acontecimento e você simplesmente armazenou sem dar importância. Quando acontece, você retoma. Revive, e sente como se já fizesse parte do contexto. Você faz uma parada. Lembra. Segue o destino. É como se você já soubesse para onde vai, mesmo antes de te mandarem ir. Tudo sinaliza, o sentimento denuncia.
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Meu dia acordou nublado hoje.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Espelho.

Tenho bobagens repentinas, carências urgentes, ausência de respostas, ansiedade concentrada, angústia que talha a carne, ciúme que dilacera o orgulho. Tenho saudade, receio e sorriso. Sentimentos vagos, carinhos inexplicáveis, paixões fulminantes e tesão noturno nas terças-feiras. Mania de escrever, de me desculpar e de errar sempre os mesmos erros. Você consegue se definir? Ou sempre falta alguma coisa?
Juliana Regina Marques. . No meu caso, Juliana, faltam sempre muitas coisas! :)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então...

...Bom Natal, e um ano novo também. Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pedido de Natal.

Ah! Bom velhinho, eu fui uma boa menina. Reparou no esforço diário pra exercitar a paciência? A tolerância? Manter as boas energias? Fui boa filha, boa irmã e uma amiga bem bacana. Um deslize só nos estudos, e em inglês, poxa! Não é meu forte, e nós sabemos. Papai Noel, não fui perfeita não, mas até que tentei. Pisei na bola algumas vezes, chutei o balde em outras, xinguei um bocado, mas eu só quero pedir um Reveillon bem bonito, abraços bem apertados e sinceros, um ano com muita música (e arte) e, em nome da nossa amizade, mande, por gentileza, um novo modo de contar a velha história...
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inspiração do textinho: agenda tribo 2011, página 393.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

2010.

Em pleno clima de final de ano. O que 2010 significou para você, afinal?
Podendo falar por mim, este ano me trouxe várias surpresas. Desafios. Respostas, pessoas e amadurecimentos. Me trouxe reflexões, provações, escolhas. Não vou dizer que foi um ano de consolidação e estabilidade, por que junto com o espírito de versatilidade, 2010 está associado a uma montanha russa de sentimentos, ações e propostas (que de consolidadas, não estão nem um pouquinho!)... Conheci pessoas diferentes. Senti diferente. Tive vários olhares... Diferentes. E a diferença vinha dos dois lados: de mim para o mundo, e do mundo para mim mesma. Me apaixonei, várias vezes: por mim, pelas pessoas que estavam caminhando lado a lado comigo, pela vida, pelo colorido das diferenças. Fui renascendo, me superando, sentindo uma dor fina de uma cicatrização demorada, mas tive apoio para isso. Meus ombros descansaram, tirei pesos deles, fiquei mais leve – senti a leveza em mim.
Também tive saudades. Terminei a faculdade. Fiquei nostálgica: da época de colégio aos estágios. Me permiti conhecer e tirar das pessoas os melhores de todas elas. Abracei, chorei, dancei. Até cantar, cantei. E fui muito feliz com tudo. A insegurança me visitou em alguns momentos, o medo de que o tempo demorasse a passar me perseguiu um pouco, a rigidez de um coração abatido se tornou presente algumas vezes... Mas todos os detalhes e momentos contribuíram da sua forma para o sorriso que levo no rosto nos dias de hoje. As pessoas (todas) tiveram sua grande parcela de importância para este saldo tão positivo deste ano que termina... Até as decepções foram construtivas!
E que 2011 venha com muita luz, muita saúde, muita mudança, e de quebra, muito amor!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Família.

Relembrando os bons tempos de menina. De colégio, de infância... com a família reunida, com recordações comentadas e discutidas. Tempo bom de respeito ao professor, de amizades sinceras, das mais variadas festividades estudantis. Jogos, festas juninas, feira de ciências, campeonatos... Eram eventos esperadíssimos no colégio. Época dos conselhos de classe, de causas justas e importantes, era representante de sala, adorava! Adorava o teatro... Adorava o grupo de dança, a música. Brincadeiras do copo, dos mais variados micos, pega menino (a), missas, os gritos de uma coordenadora que dava medo, professores com as mais variadas características. Filmes com as amigas de sempre, os grupos de estudo, os trabalhos de campo, os preparativos para a formatura. Só fugia das aulas de educação física - minhas únicas lembranças de jogos envolvem uma articulação perturbamente louca na quadra esportiva - nunca sabia pra quem passar a bola (quando em meio de campo) e sempre deixava a bola entrar (quando estava na posição de goleira) em resumo: um desastre! - para o bem do time, ia fazer atividades extra disciplina, como passear no colégio e colocar os papos em dia com as amigas.
Época em que vender cachorro quente no intervalo era extremamente gratificante, unir recursos para a viagem do final do ano significavam reunir a turma, com variados motivos de brincadeiras, leveza, descobertas, saídas. Boas lembranças de se ter, de dividir, de voltar. Faz bem.

Surubim.

Estar aqui sempre me acalma de alguma forma. Seja por passar pelos lugares e ter uma ligação direta com a minha infância, seja por estar com pessoas familiares que me retornam com um sentimento enorme de amor e consideração. Demoro a vir. Sinto falta. Embora a correria não me permita o retorno constante e outras urgências se façam presentes onde eu costumo passar a maior parte do meu tempo, a necessidade de retorno se faz presente em mim. Saber da vó, do vô, da tia, dos primos, do afilhado. Sentir a energia e tê-los perto, fazer parte de uma rotina que não costumo estar inserida. A saudade é grande, e o conforto por estar aqui é enorme.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Identificação.

Por um momento, pensei que estava diante de uma pessoa na qual conhecia a séculos. O que as outras pessoas chamam de afinidade, chamo de reconhecimento. Não tem como escapar da identificação imediata: é um conforto sem igual! De pensamentos, ações, comportamentos, sintonia, sincronização. Você gosta das palavras, de ouvir o tom, o som, a ordem. Acredito em reencontros. Acredito em desafios - e novas chances, organizadas por um plano maior, através de uma lógica divina, da reencarnação, de um reencontro, como queiram. Existem pessoas que caminham junto (hoje), que a identificação foi construída através de um processo lento, contínuo, com altos, baixos e muitos relevos. O carinho existe, foi passo a passo. Existem os automáticos: você gosta, simplesmente (ou não). Sente a energia, e acompanha-a. Conforta-se. Ou esquiva-se. Assim como acredito em aproximações impostas para o aprendizado contínuo, sem nenhuma afinidade aparente: irmãos com idéias divergentes, pais e filhos com extremas dificuldades de convivência, amigos totalmente diferentes de você (mas que o meio faz com que a aceitação ocorra), entre vários outros exemplos cotidianos.
Costumo seguir meus instintos. Costumo ouvir a voz, a batida, o ritmo. Não nos enganamos, a menos que queiramos acreditar na ilusão criada por nós mesmos.
Já aconteceu antes, vão acontecer outras vezes. Mas é bom sentir, sempre.
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sábado, 11 de dezembro de 2010

Cansada.

Cansada. Cabeça cheia e com urgências. Sem conseguir encaminhar nada. --
Hora de parar, de analisar, de reavaliar. O momento pede cautela. Pede menos peso, mais calma, menos ansiedade. Pede abraço, pede saída, pede reflexão - e entendimento. Ninguém me disse que seria fácil. Ninguém disse que eu não encontraria pedras. Mas meus dias sempre têm 30 horas. Minhas semanas têm 10 dias. A gente acaba encontrando um tempinho pra tudo. Minha vontade é sempre maior do que eu e ajuda muito. Talvez a boa vontade também. A certeza que dará certo sempre está comigo - mas tem uma hora que cansa. Cansa e a necessidade de adaptar-se a ritmos normais se faz presente.
(...)
No momento, reavaliando. Ano acabando, novos ciclos começando (e como passou rápido tudo).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mudança.

Você está pronto para mudar? De casa, de vida, de hábitos, de rotinas... mudar e construir novas metas, novos objetivos, reinventar caminhos, re-re-re-solucionar problemas, avaliando sempre novas possibilidades?
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Mudamos de cenário hoje. Mudamos o aspecto, a forma de trabalho, o local, renovaram-se as pessoas, o espaço, as ferramentas.
Quando acostuma-se a uma rotina, a um método, a uma forma, obviamente, estranha-se. Estranha-se e resiste-se. O medo existe.
A resistência pode ser sutil, ou exagerada, ou mediana. O medo pode ser um impecílio, ou um estimulante, ou não estar presente. O fato é que nunca sabemos o que está por trás das nossas escolhas e das possíveis mudanças que tem de serem feitas. E a realidade, é que há a necessidade de avaliar toda e quaisquer possibilidade de mudar como uma boa oportunidade de melhora. Afinal, mudamos tudo nas nossas vidas: mudamos a cor dos cabelos, mudamos móveis de lugar, cores das paredes. Mudamos de carro, de namorado, de cenário. Mudamos até de cara, às vezes. Mudamos de um ano para outro, mudamos de emprego, mudamos os objetivos, reinventamos os caminhos, modificamos as propostas. E buscando o que, Senhores? Melhorar, obviamente.
Há quem não evolua, claro. Mas não melhora aquele que encara o estado subsequente como pior ao que se tinha. Não evolui aquele que não aceita as mudanças e resiste em adaptar-se às novas condições oferecidas. Aquele que não absorve de uma forma positiva e insiste em permanecer estático a outros caminhos, outras possibilidades, (re)formulações.
Então? Desafiem-se. Encarem a versatilidade e a adaptação como parte integrante de um processo bem sucedido e com intenção de evolução. Se não for para a evolução do sistema, que sirva para um amadurecimento interno, de lição para alguma coisa, para chegar a algum lugar. Aproximem-se. Encarem a pouco espaço para oportunidades melhores de chegar junto. Intersetorializem-se. Reinventem. Brinquem. Se elevem, com leveza, sempre. Com paz, sabedoria, e com vontade de dar certo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uma flor.

Escreve menina! Se deixa levar. Vem pra roda de dança, deixa a arte cantar. Cite pra mim obras de arte, leia pra mim versos antigos, me conte histórias bonitas. Faça-me encontrar com o melhor de mim, quando soltares palavras organizadas, pautadas, sutis. Traz pra mim paz, traz a música, vem com a inocência. Ela escreve bem. Ela desenha com o coração. Ela é essência, sentimento, paixão. Ela é a sorte e o dom misturados - ela brilha, sem precisar de mais nada.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Bem-aventuranças para a Ação Social

Bem aventurados sois vós, quando permaneceis disponíveis, partilhando com simplicidade o que possuis.
Quando chorais pela falta de felicidade ao vosso redor e no mundo.
Quando optais pela doçura e pelo diálogo, ainda que pareça longo e difícil.
Quando criativamente inventais idéias novas, formas de doar vosso tempo, partilhar vossa ternura e semear a esperança.
Quando sabeis escutar com o coração para descobrir o presente que são os outros.
Quando experimentais dar o primeiro passo necessário para construirdes a paz com os irmãos e irmãs através do mundo.
Quando conservais o coração aberto ao encantamento, à acolhida e ao questionamento da vida.
Bem aventurados sois vós, quando tomais a sério a fé no Cristo encarnado.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Conhecem os Objetivos do Milênio?

Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo.
Temos, dentre eles:
1. Acabar com a fome e a miséria
2. Educação básica de qualidade para todos
3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher
4. Reduzir a mortalidade infantil
5. Melhorar a saúde das gestantes
6. Combater a AIDS, a Malária e outras doenças
7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento
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Notem que o 8º objetivo parte de todos trabalhando para um bem comum, a iniciativa é nossa. É individual, intransferível. Tudo começa a partir de nós mesmos. "E a gestão? E a política? Nada funciona sem essa conscientização maior, com menos corrupção, menos desvios, mais sensibilização e AÇÃO." - Concordo. Mas podemos dar nossos primeiros passos. Podemos contribuir. Juntos. Podemos mudar a nossa rua, a nossa comunidade, a nossa cidade, o nosso país. Ja pensou por exemplo em ser um voluntário? (ta, tudo bem, em algum momento, essa cogitação até existe, mas o caminho nunca é claro: quem procurar, quem ajudar, por onde começar, qual fluxo deve-se seguir? Certo?- entendo bem... isso sempre tornou minha visão um pouco turva - e confesso que torna ainda).
Mas através deste espaço venho compartilhar minhas pequenas (e grandes) descobertas. Podemos ser voluntários presenciais ou onlines, a depender da necessidade de cada local. Podemos nos envolver, divulgar, ajudar, conscientizar. A REDE BRASIL VOLUNTÁRIO, que congrega centros de voluntariado de todo o Brasil, consciente da importância desse projeto, criou este site: http://www.objetivosdomilenio.org.br/ para estimular debates e propiciar o conhecimento e o engajamento de todos os interessados em participar de ações, campanhas e projetos de voluntariado que colaborem com os ODM. Lá vocêz encontrarão exemplos de como muitos já estão contribuindo para que o Brasil alcance esses objetivos. Para mais informações sobre os 8 Jeitos de Mudar o Mundo, entre em contato com o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento pelos sites www.pnud.org.br ou www.odmbrasil.org.br .

- Acredito nos seres humanos. Acredito em Deus. Acredito na mudança: interna e externa. Faça a sua parte! Vamos começar?

sábado, 27 de novembro de 2010

Notinha de saudade.

Um pouco ausente por aqui. Ok, ok: esperar posts diários é de uma petulância enorme da minha parte, mas como destino esse espaço para minhas idéias soltas e pensantes que precisam ser depositadas em algum lugar... Senti falta de destinar algumas horinhas aqui essa semana. Cheguei ao topo da revolta comigo mesma, eram tantas interferências que dei meu grito de guerra: "Pára cabeça, assim você me atrapalha!"... Pensava, logo não dormia. Tive até idéias bacanas que por hora, esqueci. Conclusões desorganizadas, um tanto desorientadas, fora de foco e pensando na vida como um todo me confundiram enquanto a saudade desse espaço aumentava. Daí a pensativa: "Por que um blog, meu Deus?" Podia ser um caderno, não podia? Um diário, uma agenda, qualquer folha de papel resolveria, sim? Pois bem: não. Primeiro, que a organização aqui se dá de uma forma automática: tão bonitinho voltar a dois anos atrás e ver as baboseiras que passavam na sua cabeça sem aquele cheirinho de poeira... Tão legal fazer comparações online das idéias que se teve, do que se têm, e da evolução (ou não) de pensamentos... (viva a tecnologia!) E segundo que: Gente, quem escreve, escreve com o intuito de alguém ler. Até os diários adolescentes em algum momento da sua necessidade de construção teve esse intuito: dividir com a alguém a possibilidade de confessar os mínimos segredos – nem que seja um irmão (a) ou amigo (a) petulante que pedisse pra ler algumas linhas (ou forçasse a vê-las).
Aqui, no meu caso, são idéias. Idéias, músicas, textos interessantes (na minha consideração, obviamente), reunião de frases, inquietações, ou até postagens sem motivo nenhum de existirem (como essa). Há quem use para disseminar idéias de roupas da moda, para dar conselhos de compras, para divulgar poemas, fazer sorteios, baixar CDs, declarar amores com livro aberto de sentimentos, entre tantas outras inspirações. – Acreditem, existe de um tudo por aí.
As criatividades e as necessidades de cada um são várias, de uma diversidade absurda (e gostosa de sentir na maioria delas).
. E... como não podia passar por aqui só para abrir esse parêntese, venho também responder a uma curiosidade íntima dos seres humanos... "Você ta bem?"
Respondendo...
- Estou feliz por tudo, Senhoras e Senhores: tenho um Deus que me dá força todas as manhãs, tenho saúde que me dá gás todos os dias, tenho aprendido muito. Tive uma semana cheia de idas e vindas, com troca de conhecimentos e acréscimos de informações importantes com todas as oportunidades cabíveis. Tenho uma necessidade de crescer e investir em mim mesma que não cessa, tenho uma família que me ama, tenho saudade de coisas lindas, tenho amigos (novos e antigos) que me fazem ser mellhor do que sou com pequenos momentos. Tenho recebido graças. Sou uma mulher de sorte. :)

domingo, 21 de novembro de 2010

Em harmonia. Em sintonia.

A felicidade é algo construído e alimentado dia a dia, com pensamentos, ações, decisões, otimismo e querer fazer sempre o melhor: por você e pelos outros. É gostar do que se faz, gostar do que se tem, valorizar a quem nos quer bem. É enxergar o outro, encarar as mudanças, aceitar as diferenças, as condições dadas, crescer com elas, ter ânimo para seguir em frente, confiar em Deus e nos caminhos que Ele escolhe. É ter paz: consigo mesmo, com os outros e com o ambiente em que vivemos. É fazer cada gesto e oportunidade únicos, aceitando nosso mundo, nossos presentes, nossas pessoas e nossa história, como parte de um equilíbrio natural vivenciado e alimentado cotidianamente da melhor forma. É prestar serviços sinceros, dar sorrisos verdadeiros, abraços apertados e reconhecer bons trabalhos. É reconhecer amigos, novos e antigos, e todas as contribuições que eles possam nos dar para nosso crescimento. Posso dizer que estou feliz. Danço diariamente uma coreografia diferente com todas as formas de amor existentes. Tenho a música e o amor comigo. Um amor que parte de mim, por mim mesma, e que atinge toda a circunferência à minha volta. Tenho recebido graças, todos os dias. Tenho evoluído e crescido bastante: com todas as formas e oportunidades dadas, habituadas, concedidas e pactuadas. Só tenho a agradecer: a Deus, aos meus anjos, à minha família, aos meus amigos, aos colegas, aos vizinhos, às surpresas, às crianças, à música, ao aprendizado, à troca... À minha vida! O ano está perto de concluir e de 2010 quero levar uma bagagem harmônica, melodias leves, passos firmes e um saldo muito positivo.
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"E cantar, e cantar, e cantar... a beleza de ser um eterno aprendiz..."

sábado, 20 de novembro de 2010

Consciência Negra

Hoje - Dia da Consciência Negra. Uma homenagem à Zumbi dos Palmares - um símbolo de resistêcia e luta contra a escravidão.
"Quanto ao racismo, ele se perpetuará enquanto dividirem os homens em brancos e negros, arianos e judeus, judeus e árabes, seja por que próposito for, de valorizar ou detratar uma raça ou religião em relação às outras. Enquanto a Humanidade não for encarada como uma só, presente em cada um de nós, teremos de concordar com Engels, outro banido dos manuais de citações em voga. Para ele vivemos ainda a “Pré-História da Humanidade”." - Joca Oeiras.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Crescer.

Impossível atravessar a vida... Sem que um trabalho saia mal feito, Sem que uma amizade cause decepção, Sem padecer com alguma doença, Sem que um amor nos abandone, Sem que ninguém da família morra, Sem que a gente se engane em um negócio. Esse é o custo de viver. O importante não é o que acontece, Mas, como você reage. Você cresce quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé. Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la. Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo. Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir. Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos. Cresce quando abre caminho, Assimila experiências... E semeia raízes... Cresce quando se impõe metas, sem se importar com comentários. Cresce quando é forte de caráter, Sustentado por sua formação, Sensível por temperamento... E humano por nascimento! Cresce ajudando a seus semelhantes, Conhecendo a si mesmo e Dando à vida mais do que recebe. E assim se cresce... Suzana Carizza.

Quem dera crescêssemos todos, sem exceção. Que fosse nos dado um manual de instrução e de bons comportamentos quando algo saísse errado. Chutamos todos os baldes, xingamos mais que o necessário, nos estressamos mais do que o permitido. E como saber redirecionar sentimentos, saber como agir, qual a melhor conduta...? Crescendo. Experimentando. Errando. Tendo consciência de que o resultado de um bom serviço sempre está acobertando experiência, vontade de crescer, erros anteriores e uma constante transformação. Reagir bem é consequência de muito trabalho anterior: consigo mesmo, com os outros, com seus limites. É não submeter-se ao estresse do depois, e sim à resolutividade do agora. É deter as informações certas, aplicá-las nos melhores momentos, e ter os melhores resultados. - Eu.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

As boas surpresas.

Decidimos nosso futuro constantemente. Todos os dias, com todas as escolhas, todos os redirecionamentos. Eu acordei com a cara do dia de hoje: apressada. Depois de um feriado, o organismo se (des)programa. Minhas urgências pessoais, meu ritmo e minhas obrigações se fizeram presentes, tudo, obviamente, no meu tempo. Fui acordada com um beijo gostoso, de despedida. Ela estava indo embora, e com um carinho incondicional me abraçou, deixando as recomendações normais, e seguiu, assim como também fiz, depois: segui. Fiz uma oração antes de sair. Agradeci por mais um dia, pelas decisões que tomei, pela saúde, pela comida, pela família, pelos amigos e pelo amor. Amor imenso que me rodeia diariamente: um amor só meu, grande, e que cresce todos os dias - um tal de amor próprio. Estou bem comigo, bem com o meio em que vivo, bem com as pessoas, feliz com as atitudes que venho tomando e principalmente feliz com a pessoa que me transformo sempre. Sem precisar carregar nenhum peso demasiado grande para as minhas forças e organizando por demasiado bem os meus pensamentos. Alimentando-os da melhor forma, com as melhores energias, com os melhores sentimentos. E isso, dia após dia. Vivendo com as belas surpresas, as maravilhosas magias, os tantos reencontros bons de sentir.
Hoje: surpresa boa de se ter. De se ver. De conversar. De saber. Tempo que não afasta. Que sensibiliza. Que reaproxima.

domingo, 14 de novembro de 2010

Felicidade, por Martha Medeiros.

"Ninguém sabe direito o que é felicidade, mas, definitivamente, não é acomodação. Acomodar-se é o mesmo que fazer uma longa viagem no piloto automático. Muito seguro, mas que aborrecimento. É preciso um pouquinho de turbulência para a gente acordar e sentir alguma coisa, nem que seja medo. Tem muita gente que se distrai e é feliz pra sempre, sem conhecer as delícias de ser feliz por uns meses, depois infeliz por uns dias, felicíssimo por uns instantes, em outros instantes achar que ficou maluco, então ser feliz de novo em fevereiro e março, e em abril questionar tudo o que se fez, aí em agosto, ser feliz porque uma ousadia deu certo, e infeliz porque durou pouco, e assim sentir-se realmente vivo, porque cada dia passa a ser um único dia, e não mais um dia. Eu não gosto de montanha-russa, o brinquedo, mas gosto de montanha-russa, a vida. Isso porque creio possuir um certo grau de responsabilidade que me permite saber até que altura posso ir e que tipo de tombo posso levar sem me machucar demasiadamente: alto demais não vou, mas ficar no chão o tempo inteiro não fico. Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode ser monótono. Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação.
E estando lá, rever nossas escolhas e recalcular a duração de “pra sempre”. Muitas vezes o “pra sempre” não dura tanto quanto duram nossa teimosia e receio em mudar." .
De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.
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Marthinha, você é demais!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As torres de dentro.

"Não tenho como escapar: um ano após os atentados, vou falar sobre o quê? Sobre o Red Hot Chili Peppers? A imprensa às vezes vira refém de certas datas. Tal qual a gente. Comemoramos secretamente o aniversário do primeiro beijo, da primeira transa, de todas as primeiras coisas bacanas que nos aconteceram. E das ruins também, das vezes em que as torres que construímos dentro de nós foram derrubadas. Cada sonho nosso foi construído andar por andar, e teve vezes em que ultrapassamos as nuvens, erguemos nossos prédios do milênio, mais altos que qualquer prédio de Cingapura, Shangai, Nova York. A psicanálise fala em castelos. É mais ou menos isso: sonhos aparentemente concretos. Já tive torres internas que foram ao chão. Torres altas demais para mim, torres que nem chegaram a ficar concluídas (as de dentro nunca se concluem), torres que me exigiram esforço e que me deram prazer, até que alguém, com uma frase, ou com um gesto, as fez virem abaixo. Tinha gente dentro, tinha eu. Torres são visíveis, monumentais: viram alvo. Um projeto empolgante demais, uma paixão incontrolável demais, um desejo ardente demais, idéias ameaçadoras demais: tudo isso sai da linha plana da existência, coloca-nos em evidência, a gente acha que os outros não percebem, mas percebem, e que ninguém se assusta, mas se assustam. Quem nos derruba? A nossa vulnerabilidade. Tem gente que perde um grande amor. Perde mais de um, até. E perde filhos, pais e irmãos. Tem gente que perde a chance de mudar de vida. E há os que perdem tempo. Os anos passam cada vez mais corridos, os aniversários se repetem. Tem gente que viu sua empresa desmoronar, sua saúde ruir, seu casamento ser atingido em cheio por um petardo altamente explosivo. Tem gente que achava que iria ter a chance de estudar mais tarde e não estudou. E tem os que acharam que iriam ganhar uma medalha por bom comportamento e não receberam nem um tapinha nas costas. E no entanto ainda estamos de pé, porque não ficamos apenas contando os meses e os anos em que tudo se passou. Construímos outras torres no lugar. Não ficamos velando eternamente os atentados contra nossa pureza original. As novas torres que erguemos dentro serão sempre homenagens póstumas às nossas pequenas mortes e uma prova de confiança em nossas futuras glórias."
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Martha Medeiros.
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Nada melhor que este texto para o dia de hoje.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Eu quero (Fliporto).

Querendo ir pra Fliporto. Querenco Clarice, querendo a vida dela que se conta, querendo a fotobriografia. Quero a sabedoria judaica. Quero Todos os homens são mentirosos. Quero Só. Quero ir a Olinda. Quero autógrafos. Quero poesia. Quero as palavras sussurradas, ditas, contidas, partilhadas, as idéias, quero tudo.
Quero demais também né? Mas não me canso de querer. Alguém traz isso tudo pra mim?

Aprender (sempre).

- Aprender a ler após os 50 anos de idade.
- Aprender a conectar-se com novas tecnologias aos 60.
- Encontrar, após muito tempo de procura, um filho perdido.
- Apaixonar-se e permitir-se após os 70.
- Continuar amando, dançando, curtindo (a vida, a música, os filmes, a tecnologia) mesmo com o passar dos anos.
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Notícias emocionantes. Boas de ouvir. Bom de ver. Crer que qualquer tempo é tempo para aprender. Da esperança consentida, aceita e divulgada. Crer na motivação encontrada com isso, de saber que os tempos mudam, e que é necessário acompanharmos as mudanças, sempre. Mesmo que para isso você tenha que iniciar um caminho novo, nunca visto, com dificuldades, curiosidades e descobertas gostosas de se ter. Ter nas mãos o sabor da superação. Do encontrar-se consigo mesmo, o de superar limites.
Maravilhoso deliciar-se com notícias assim. Não só emocionam, mas nutrem uma chama interna que não pode apagar nunca: acreditar nos outros, na vida, em si mesmo, e na capacidade de ser feliz!

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Ando lendo alguns sensacionalismos na internet. Um deles é uma declaração infeliz de uma paulista sobre o Nordeste, sobre o nosso povo, sobre a nossa cultura, englobando não só um nível absurdo de preconceito, mas de agressões sem sentido moral, ético, social e psicológico plausíveis. A declaração e os motivos que a fez dizer o que disse já estão tão espalhados pela internet, e são tão negativos, que me recuso a postá-las por aqui novamente. O que revolta é que embora o “grito” dela tenha sido o único penalizado, várias outras pessoas concordam com tamanha ignorância. O que faz uma pessoa chegar num nível intelectual, moral e social tão abaixo do que é digno de um ser humano? Me recuso a acreditar que essa seja a concepção e conclusão da maioria. Me recuso ainda de crer que essa discriminação pode chegar a acusações e expressões mais graves que essa. Talvez esteja sendo ingênua, mas prefiro ser, temos que abraçar a idéia de uma maioria mais justa e que defenda de braços abertos a miscigenação e as diferentes formas que o brasileiro possui. Não preciso listar aqui as qualidades nordestinas. Nem tão pouco as qualidades deles: dos paulistas, cariocas, amazonenses, ou seja lá de qual região ou estado for o que eu cite aqui. Cada um tem sua particularidade original, sua história, seu legado, seus bons e maus momentos. Cada um tem seu peso perante a nossa enorme nação brasileira. Cada um com sua cultura, com suas músicas, com seus créditos, indicadores e ações estaduais próprias. Cada um com seu jeito. Único. Intransferível. O que nos torna uma nação bonita, com várias cores, vários ritmos, dialetos, características, personalidades. É o que faz do Brasil o que ele é: um país de diversidades, um país multicultural, de cores, de lendas, multifatorial. O Brasil é um país de raízes mestiças, e que não constitui historicamente minorias. Deveríamos estar abertos às diferenças que faz do povo brasileiro um povo tão misto em nossas heranças culturais. É nesta pluralidade e na diversidade dos brasileiros que se pode construir o presente e perseguir o sonho do futuro possível.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fora de mim.

"Decidi que não quero mais entender, não quero mais encenar, não quero mais que me expliquem essa bagunça, já não preciso ser conduzida a nenhuma espécie de iluminação. Atravessei paredes. Estou do lado de fora. É como se estivesse um fio de alta tensão bem perto dos meus pés molhados. (...) Não resistirei. Sei que está tudo errado e que o sofrimento me alcançará a cada minuto que eu perceber que estou sendo conivente com um hábito que me irrita, me agride, mas serei como uma platéia a que tudo assiste em silêncio e êxtase, com a respiração trancada. Não tenho mais forças para lutar contra o que se declara gigantesco em qualquer ser humano: a pulsão da entrega. (...) Com sorte, talvez eu consiga aceitar que no amor não existe moral da história, enfim." Texto do último livro lido de Martha Medeiros: Fora de mim. Editora Objetiva. 2010.
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Ela é fantástica. Recomendo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Poema - Martha Medeiros.

se eu quisesse sairia da cidade moraria onde pudesse deixaria saudade partiria quando desse não interessa a idade andaria a esmo descobriria ruas iria sozinha pediria abrigo trabalharia à noite viveria de dia ouviria música saberia línguas pediria arrego trocaria o nome mandaria cartas choraria às vezes não envelheceria perderia o rumo cometeria erros distribuiria beijos arruinaria casamentos visitaria museus deixaria o cabelo crescer sorriria diferente montaria uma casa viajaria em cargueiro faria tudo isso se eu quisesse mesmo -

Quase (!)

Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto... contesto!
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque embora quem quase morre está vivo, quem quase vive já morreu.
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Sarah Westphal

domingo, 7 de novembro de 2010

O grito (!)

"Não sei o que está acontecendo comigo", diz a paciente para o psiquiatra. - Ela sabe. "Não sei se gosto mesmo da minha namorada", diz um amigo para outro. - Ele sabe. "Não sei se quero continuar com a vida que tenho", pensamos em silêncio. - Sabemos, sim. Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita. Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle. A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo. Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz. E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver! "Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto." - Sabe. "Eu não sei por que sou assim." - Sabe.
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Livro: Montanha Russa - Martha Medeiros.

Desejo e solidão.

"Se existe uma coisa que me faz ganhar o dia é ler um livro que bagunça minhas entranhas. O último que conseguiu tal feito foi Uma desolação de Yasmina Reza, editora Rocco. É um monólogo de um ancião. Ele fala a um filho que não interage, apenas escuta. Há muitos argumentos para a desolação do personagem. Ele sente-se excluído do futuro e acredita que nada é real, a não ser o momento. Revela que a partir de certa idade, tudo dá na mesma. Que as pessoas gastam inutilmente seu tempo se ocupando. Que depois da juventude trocamos a paixão por ponderação, o que é um crime. E que a única coisa que existe é o desejo e solidão. Foi aí que minhas entranhas acusaram o golpe. Como eu disse antes, o personagem é um velho sem muito tempo de vida fazendo um inventário de suas perdas e ganhos. É nesta contabilidade que sobram apenas o desejo e solidão: tudo o mais lhe parece descartável. Não é uma visão oba-oba da vida, ao contrário, é uma análise cirúrgica, nossa alma a olho nu. Desejamos um lar, uma profissão, ter amigos. São as coisas que nos ensinaram a desejar, projetos socialmente aprovados. Mas o desejo tem vontade própria, é longevo e não se esgota no cumprimento de metas.
Nosso desejo é secreto, e sabemos muito bem que é ele e só ele que nos move.
"Não existe nada mais triste, mais sem graça que a coisa realizada", diz o personagem. Esta deve ser a grande angústia da idade avançada: mesmo tendo tido uma vida intensa e gloriosa, isso não basta. É preciso manter a ilusão pulsando, um alvo adiante, a perseguição contínua, para não sermos sepultados antes da hora. O desejo é um leão. Selvagem, carnívoro, brutal. Não permite acomodação: nos faz farejar, caçar, brigar pelo nosso sustento emocional. O desejo nos transpassa, nos rouba o sono, confunde o pensamento lógico. O desejo corrompe nosso bom comportamento, faz pouco caso da nossa índole irretocável. O desejo não tem pátria nem família, o desejo não tem hora nem tem verbo, o desejo ruge, nosso corpo é a sua jaula. Mas a gente acomoda e anestesia o leão em nós. Resta a jaula vazia. Já nenhum risco nos ameaça, nenhuma surpresa nos aguarda. Uma desolação, chama-se o livro."
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Crônica retirada do livro Montanha Russa - Martha Medeiros.

sábado, 6 de novembro de 2010

É assim que se faz.

Você vive inventando maneira De dizer sempre não pra dizer que me quer Tá fazendo uma grande besteira Desistir sem saber sem tentar sem viver Isso já tá virando novela Não precisa assistir pra saber o final Vem pra mim, então, eu vou lhe mostrar Vem pra mim, então, eu vou lhe mostrar É assim que se faz, é assim que se ama Assim te quero tanto, eu te quero bem É assim que se faz, é assim que se ama Assim te quero tanto, tanto oh, oh, oh (...)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Velhos tempos perfeitos.

Quem não sente saudade de não preocupar-se? Das brincadeiras sem malícia, do colégio, das descobertas, dos primeiros olhares inocentes, das amizades sinceras...?
Abraços apertados, teatros estudantis, rebeldias sem causas, coreografias e tantas outras artes fazem parte de um leque enorme de lembranças boas de um velho tempo perfeito. Amigos me fazem lembrar cada vez mais dessas nostalgias boas de sentir - de um tempo único. De propósitos leves. E as horas passam cada vez mais depressa. Os meses flutuam com suas características, e hora nos vemos em janeiro, com a ansiedade carnavalesca, hora nos vemos em novembro, nos preparando para as árvores de Natal. Louco e tempestuoso – assustador (!) Uuui... hahahaha
Quero mais tempos perfeitos. E no final, todos são. Todos de alguma forma trazem significados, aprendizados, acréscimos, risadas. O mundo mesmo sendo cruel em algumas vezes, nos diz sutilmente que sempre temos capacidade de escolhas para aprendermos sempre o melhor, em todos os sentidos – com todas as pessoas. É só extrair. Abstrair. Confiar. Se jogar – sem medo de se machucar.
Deixamos de lado o que está à nossa frente. Achamos que o tempo está a nosso favor. Relaxamos. E ai? E ai que ele passa, maltrata, não avisa, e cobra as contas depois. E desde que percebi a maliciosa conduta, quero tudo pra ontem, pra já, pra agora. Ninguém sabe quanto tempo pode-se agüentar antes que se queime totalmente. O trabalho não pode ficar pra amanhã. O abraço não pode ficar pra depois. O desabafo não pode ficar pra outro dia. A confissão tem que ser pra hoje. O beijo não pode adiar mais – não mais, não com essa vontade louca! Afinal de contas, quero mais tempos perfeitos - sempre!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sei lá.

Tem dias que eu fico pensando na vida E sinceramente não vejo saída - Como é por exemplo que dá pra entender A gente mal nasce e começa a morrer (?) Depois da chegada vem sempre a partida Porque não há nada sem separação... Sei lá, sei lá A vida é uma grande ilusão Sei lá, Sei lá A vida tem sempre razão A gente nem sabe que males se apronta Fazendo de conta, fingindo esquecer Que nada renasce antes que se acabe E o sol que desponta tem que anoitecer De nada adianta ficar-se de fora A hora do sim é o descuido do não Sei lá, sei lá Só sei que é preciso paixão (!) Sei lá, sei lá A vida tem sempre razão.
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Só sei que é preciso paixão. Muita, e sem razão. Que não mude, que só aumente, que solte faíscas (!) Por que desejar, querer, tocar, sentir, nada mais que é que paixão, em si. E eu quero, muito!

domingo, 31 de outubro de 2010

História.

Brasil tem a 1ª mulher presidente: Dilma Rousseff. O Brasil elegeu hoje, 31 de outubro de 2010, a primeira mulher presidente da República. Dilma Rousseff venceu com 56,05% dos votos válidos. Seu adversário do PSDB, José Serra, teve 43,95%.
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Os tempos são outros, os caminhos são muitos. A luta, só começando. Continuidade. Mesma linha de pensamento. Mudanças, esperança. Esperar pra ver, crescer. Que ela faça com a confiança depositada nela muitas junções que querer fazer, mudar, somar, continuar. E para sempre em frente, Brasil!

Gostosuras, ou travessuras?

Dia das Bruxas, por aí. Dia do Saci, por aqui.
O halloween não é um dia de Brasil. Que combine, que recorde, que expresse a cultura que temos. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro , e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente “fim do verão” na língua celta) - e aqui, não temos ordem certa para final de uma estação do ano e começo de outra. Segundo outras lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro. A brincadeira de “doces ou travessuras” é originária de um costume europeu do século IX. Nos EUA as crianças saem de casa em casa, fazendo a pergunta, e saem com um bom saldo de guloseimas nas bolsas.
Não temos costume de comemoração por aqui. Mas as fantasias são inúmeras. As poções existem. Gente que acredita também.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Desisto, logo invisto.

Desisto (!) Desisto do complicado. Do não querer. Do não saber - Da não procura. Desisto do pensamento, da fantasia, da imaginação. Da (des)continuidade. Desisto da espera, da ansiedade, do escape. Invisto (!) Invisto no querer declarado. Na presença, no concreto, na procura, no fazer com ações, atos e declarações. Invisto no carinho, no abraço, na atenção diária. Na continuidade. Invisto no não querer deixar para amanhã, na urgência, na liberdade, no querer fazer, na vontade. . Parece óbvia a escolha, mas demora-se para desistir. Antes tarde do que continuar esperando.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Continuidade.

Aliviada. Sofrimento mental diminuído, expectativas alcançadas, e boas conclusões de objetivos. Tempestades e adversidades superadas, da melhor forma, com as melhores intenções - e com os melhores apoios. Sementinha plantada, promessas de multiplicação do aprendizado concretizadas. Continuidade. Término bom. Em casa, novamente de volta, e com um prazer enorme de rever meus travesseiros, meus cheiros, minhas coisas.
Falou-se de motivação. De dar continuidade. Multiplicar. Manter a chama acesa. Renovação. Saberes - e saberes diferentes, complementares, atuantes e interdisciplinares. Fazer diferente, reinventar.
Por que algo não alimentado, morre. Entusiasmo sozinho, sem reciprocidade e sem vontade, não funciona. Querer só não resolve. É preciso agir, modificar as ações, redirecionar os objetivos, refazer, construir, investir, focar. Funciona mais ou menos assim: você se motiva, algo te toca, te sensibiliza, te surpreende, te confunde - redireciona o pensamento. Você quer mais. Você sente necessidade de mais. Você pensa constantemente naquilo. Cria expectativas. Investe em fantasias, em momentos, em como seria bom que essa ação desse certo de alguma forma. Você acorda com gás, disposto, relembrando conceitos, momentos. Espera que aconteça - e que dê certo. Se tem apoio e reciprocidade: ótimo! Se a coisa funciona dos dois lados (ou três, ou quatro), tudo se torna mais fácil e mais gostoso de levar, de sentir, de pôr em prática no final das contas - com resultados até melhores do que se tinha!
Mas se esses componentes não existem por algum motivo, o desestímulo se dá, a desmotivação se apropria. Todo o trabalho - e empenho - é jogado aos poucos de lado, redirecionando o querer, o investir, o pensar para.

sábado, 23 de outubro de 2010

Sonho bom.

"Acordei e senti falta. Uma falta estranha, como se sempre estivesse aqui e hoje por algum motivo foi embora. Pensei que estava em outro lugar, vivendo um outro momento, sendo outra pessoa - ou eu mesma, com outras emoções. Era real. Tudo fazia sentido de alguma forma: a ausência naquele momento, a presença diária, as brincadeiras constantes, a certeza de que voltaria, pra mim, para aquela vida, onde tudo pulsionava amor. E eu queria, por alguns momentos, dormir novamente, sentir tudo outra vez, sem mudar nada, apenas dando continuidade aquela sensação boa que eu senti. Mas daí o abraço também se fez ausente, na manhã chuvosa de hoje. Os beijos de bom dia se fizeram necessários, mas o automático não se deu. Fez falta. Apertou. Senti uma saudade - enorme, do sonho bom e da realidade que eu acordei. Me dei conta, depois de algum tempo, de que era eu mesma, acordando em dias normais, com obrigações, resolvendo pendências, um pouco atrasada, e com urgências. E percebi: que eu vivi, e que as sensações não eram novas. Eram ausentes, apenas. Quis voltar. Mas o celular e minhas responsabilidades atuais não deixaram. Quero dormir - novamente - quero sonhar - outra vez. E acordar com essa sensação todos os dias, relembrar alguém, que eu não reconheci, mas que eu conhecia, intimamente, de algum lugar, de uma outra vida, e que me fazia imensamente feliz, todos os dias."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

...

Deixa ser. Como será quando a gente se encontrar? No pé, o céu de um parque a nos testemunhar. Deixa ser como será! Eu vou sem me preocupar. E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar. Deixa ser como será. Tudo posto em seu lugar. Então tentar prever serviu pra eu me enganar. Deixa ser. Como será. Eu já posto em meu lugar Num continente ao revés, em preto e branco, em hotéis. Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bloco de notinha (inha-inha)

De volta. Em casa. Fome, cansaço e prazer se confundem no momento - brigam por espaço. Mas feliz. E com idéias (!) Algumas palavras latejam: Motivação - Segurança - Qualificação - Aprendizado - Expectativa - Renovação Aprimoramento - Responsabilidade - Mudanças - Consertos. Outras, em contrapartida sussurram: Saudade - Espera - Perdão - Desejo - Cansaço - Confusão - Querer (e querer, e querer)... Coisas e alguém. A cabeça não pára e com necessidade de um up na memória, nas funções, no conhecimento.
- Quero mais!
Quando era pequena sonhava na altura que eu teria, em alcançar (rápido) mais idade, em ter responsabilidades bem definidas - em crescer, em todos os aspectos (devia ter pensado mais nas minhas bonecas). Tinha urgência, o tempo demorava a passar. Queria independência. Liberdade. Queria meus "18" anos. E hoje: Passei dos 18. Chegando lá, está perto. Correndo. Estudando. Sem certezas. Os olhares são contínuos. A idade ainda pouca - mas os objetivos? São os mesmos.
Eu quero - quero - quero. Mais, sempre mais. De tudo. De mim. De alguns. :)
. “Receba aquele que o procura, e não corra atrás de quem o rejeita. Desta maneira, você estará criando um laço de harmonia com o seu semelhante”. “Vá sempre além das aparências. Escute. Veja. E confie em suas impressões”.
Do livro “O Caminho da nobreza Sufi”

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Amar é coisa de gente grande (!)

O texto é grande, mas vale muito a pena ler até o final!
Palestra proferida na semana da Psicologia em 1995 da Universidade Paulista, São Paulo. Raphael Cangelli Filho Relembrando:
Na infância, a sobrevivência física e psíquica depende dos adultos.
A fase adulta é caracterizada pela maturidade e pela independência econômica.
E a adolescência é marcada pelas tarefas de busca de autonomia nas tomadas de decisão, busca de identidade, de individualização. É um processo onde a sexualidade transforma não somente o eu físico, como também assinala o início de uma transição psicológica. Os adolescentes se percebem capazes de serem amados por outras pessoas que não as da sua família. Nessa fase utiliza-se bastante a solução mágica para problemas, dando asas à imaginação.
- Imaginação: uma habilidade cognitiva usada na resolução de problemas, como fuga nos momentos em que a realidade é difícil de ser enfrentada, como proteção nos momentos em que a realidade ameaça a nossa saúde mental, habilidade que nos permite ir e vir sem sair do lugar, rever nossos relacionamentos, lembrar de cada momento já vivido, desenhar cada pedaço do momento futuro. -
E é com essa imaginação que criamos momentos onde com toda a certeza estaremos felizes, completos, realizados. Usamos das experiências já vividas, das emoções já sentidas, dos momentos já vividos para nos imaginarmos num tempo futuro. Passamos a buscar representações do já conhecido para imaginarmos o desconhecido e com isso diminuir a ansiedade frente ao novo. A imaginação é um sonho e, como diz Raul Seixas, “um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só”. Nesse sentido, o lugar não importa: pode ser um castelo, uma casa, uma praia, um parque, uma montanha, uma cabana, uma avenida, um lugar. O tempo também não importa: pode ser amanhã, a próxima semana, o próximo mês, ano, alguns anos. O que importa é que aconteça. Nesse sonho o que importa não é o que se faz, é o que se sente a partir daquilo que é feito. E que, para nesse sonho possamos nos sentir felizes, é preciso quase sempre que alguém participe dele. É a realização da crença de que não se pode ser feliz se se estiver só. Esse personagem imaginário é tão real dentro desse sonho que chega a ter forma, sentimento, pensamento, atitudes. Dele se esperam frases ditas nas horas exatas, atitudes corretas, pensamentos românticos, expressões de emoções que demonstrem sentimentos sinceros; dele se espera que nos olhe no fundo dos olhos e sem dizer palavra alguma, nos dê a segurança e a certeza de sermos amados, é como se já tivéssemos decidido quem será a pessoa merecedora do amor guardado. Despertado do sono, mas não do sonho, vamos em busca desse ser, que com certeza existe, só ainda não conhecemos, não nos cruzamos numa esquina qualquer. Passamos a procurar na multidão o rosto dessa pessoa e a identificar na realidade se o sonho pode se transformar. . Quando encontramos alguém que demonstre, por menor que seja a “pista”, ser o personagem do sonho, a possibilidade do sonho se tornar realidade é tão desejada que passamos a sentir o que sentimos no sonho e julgamos ser esse personagem o responsável por esse sentimento. Começa aí a confusão pessoa-personagem. Conhecemos tão bem esse personagem e tão pouco essa pessoa. Não deixamos essa pessoa ser ela mesma. Nos satisfazemos com o pouco que conhecemos dela e que se assemelha de tal modo com a personagem, que fechamos os olhos, com desculpas, explicações emocionais, insensatas, mas apaixonadas, para nos fazer acreditar que o sonho e realidade são uma só. Com medo de perder esse sentimento vivemos o sonho.
- Mas chega o momento em que mesmo despertos do sono, temos que despertar do sonho, destrancar as portas fechadas e, sem usarmos da imaginação, olharmos para a realidade, correr o risco de perder a paixão e dar lugar a outro sentimento. É preciso conhecer a pessoa, deixar que ela se apresente a nós tal como ela é. A paixão é um fogo imenso que logo se apaga e a afetividade conjugal é uma chama que arde lentamente, que mantém cálido o coração trazendo segurança e conforto. Temos de ser adultos o suficiente para conhecermos o outro por quem por um tempo fomos apaixonados e que, por nutrirmos esse sentimento, não quisemos conhecer, mas apenas reconhecer nele o sonho sonhado. É preciso reconhecer quão egoístas fomos não permitindo que esse personagem desvendasse a pessoa que por detrás dele havia. Nós, como adultos, tomamos a decisão de nos iludirmos com uma relação afetiva onde só um dos lados ama, só um dos lados decide, escolhe como deve ser essa relação. Nem sempre o final da paixão coincide com o final do sonho, da realidade, ou do relacionamento.
(...) - Amor, encontro de pessoas reais Há relações em que o amor preenche o espaço antes ocupado pela paixão, mas para isso é preciso que conheçamos a outra pessoa. Suas idéias, seus pensamentos, suas formas de expressar suas emoções e provocar em nós sentimentos até então desconhecidos. Experiências não vividas, frases ainda não ouvidas, pessoas não conhecidas. Numa relação afetiva, é necessário que duas pessoas reais se encontrem, conversem sobre ideais de vida, seus desejos, objetivos, sonhos comuns. Para amarmos e sermos amados, é preciso que sejamos livres para entrar numa relação afetiva sem depositar no outro nossa felicidade. É preciso respeitar a liberdade do outro, liberdade de estarmos sós ou juntos, sem deixarmos de estar felizes. O primeiro desenho apresenta uma relação matrimonial pobre e com poucas coisas compartilhadas. O segundo desenho representa um excelente matrimônio: aqui, de 75% a 80% das atividades são divididas, mas mantém-se dependência suficiente para permitir o crescimento individual e sua necessária privacidade. O terceiro desenho representa o ideal romântico onde os dois parceiros se fundem tão completamente que se tornam um. Na prática, se isso for possível, provavelmente causará um grande “sufoco” emocional. Esse diagrama pode também explicar como os casais se enganam ao pensar que ambos têm de estar juntos em todas as experiências para com isso representar o amor que sentem um pelo outro. E se estiverem juntos sempre, um viverá a vida do outro. - Um não respeitará a liberdade do outro. - Um não decidirá sem a decisão do outro. - Um não será EU sem que exista o outro. - Um só existe se existir o outro. - Se o outro não existir, o um não existe, o um não tem identidade. - A paixão cega um lado da relação. - Ou eu não me vejo ou não vejo o outro. O interessante é podermos perceber como cada um de nós entra para uma relação afetiva. O que levamos na bagagem. Do que é feita a mala que levamos para este encontro. Expectativas, sonho, desejos, enganos, experiências felizes ou desastrosas, mitos em que acreditamos a partir do que nos falavam outros casais, e talvez o pior de todos seja aquele que diz que você é responsável pela felicidade do outro. Os problemas são inevitáveis quando se espera do outro a felicidade. A felicidade planejada tarde tende a se transformar em sofrimentos inesperados. Porém, se alguém acredita que sua felicidade está nas mãos dos outros, a tendência é sentar e esperar para receber grandes proporções de felicidade, como se fossem uma grande torta de maçã. A expectativa de que a felicidade será pré-fabricada ou entregue por outro cria um estado de passividade ou até mesmo de letargia – dois estados definidos que tendem geralmente para a depressão. Outro fator de confusão é que alguns parecem incapazes de alegria ou felicidade. Sermos responsáveis pela nossa própria satisfação e realização, aumenta as possibilidades da vida em geral. Se alguém coloca obstáculos em nosso caminho, nos convém uma atitude mais positiva e assertiva. Não é obrigação do seu parceiro nem de ninguém fazer o outro feliz, nem você deve permitir a ninguém determinar quanta alegria, quanta jovialidade e energia você pode ter na sua vida. “Um sonho que se sonha só É só um sonho que se sonha só Mas sonho que se sonha junto É realidade.”
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Live high.

Live high Live mighty Live righteously Takin it easy Live high, live mighty Live righteously (...) Just take it easy And celebrate the malleable reality You see, nothing is ever as it seems Yeah, This life is but a dream.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Escolhas: todos nós a fazemos (em algum momento).

Escolher: processo mental que envolve julgamento, decisão, análise. Optar por algo. Aplicação do livre-arbítrio. O isso - ou o aquilo.
Todos nós chegamos a ela diariamente. Algumas delas mais fáceis, outras mais complexas, outras automáticas, inconscientes, dedutórias, impulsivas, bobas, decisivas. E com o grau de importância de cada um, cada uma delas se torna melhor ou pior em seus determinados momentos.
É o cá ou o lá, é o sim ou o não, o liga ou não liga, a briga ou o perdão. Quente ou frio, cheio ou vazio, o toca ou não toca. É o ser ou não ser: eis a questão!
Fazemos escolhas em tudo: desde a cor da meia que vamos calçar hoje, à como iremos conduzir nossas vidas. Lidamos com fazer opções sempre, continuadamente.
Ou somos felizes ou tristes, ou queremos algo, ou não.
Parece simples, não? Mas para fazê-las, às vezes, exige de nós mesmos uma batalha enorme: que vai desde a ensinamentos de uma vida inteira, à novos paradigmas impostos com o decorrer do tempo (que passa, exige, impõe, modifica, grita!).
Fazer escolhas consiste basicamente em decidir o que é melhor ou pior para aquele momento em que estamos. É pensar no hoje, nas consequências do amanhã e ter um bom olhar para o passado. É ter noção de que optando pelo caminho A, nunca iremos saber qual resposta teríamos se fôssemos pelo caminho B e vice-versa. É não poder voltar atrás. É investir nisso, ou naquilo, é ter consciência que sempre descartamos algo. É também apostar: em si mesmo, nos outros, nos vários caminhos que iremos fazer. É colocar sentimento, equilíbrio, sorte e uma dose de oportunidade para as coisas darem certo.
Querer fazer. Chegar lá. Lidar com os possíveis obstáculos que você irá encontrar (e mesmo assim dizer que não vai perder as esperanças). Todas são escolhas: únicas, instransferíveis, que cabem somente a nós mesmos!
"Respeite as escolhas do outro com a mesma importância que gostariam que respeitassem as suas!"
E eu respeito - (e espero) - que tudo dê certo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Deixa... isso pra lá!

Hi! Deixa que digam, que pensem, que falem! Deixa isso prá lá, vem prá cá, o que é que tem? E eu não tô fazendo nada, nem você também... Faz mal bater um papo, assim gostoso, com alguém? Eu disse deixeeeeeeeeee... :)
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Com gostinho de samba, música e vontade de levar. Sem ter porquê nem pra que, sem muito pra dar, nem com que se preocupar. Indo balançar... (por que amor é balanceio meu bem, e só vai no caminho dele quem tem carinho para dar!) Vai, vai por mim: balanço de amor é assim, mãozinhas com mãozinhas pra lá, beijinhos com beijinhos pra cá. (...)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O amor tem um pavio apagador - por Betty Milan

Até os anos 1960, a sexualidade devia se realizar por meio do casamento, e a mulher que se entregasse a um homem fora dele era dada como perdida. A virgindade era sagrada. Na prática, isso significava sexo vetado para os namorados ou noivos e obrigatório para os cônjuges. Tratava-se de uma dupla condenação. Na vida de solteiro, sexo limitado aos prolegômenos. Na vida de casado, sexo regido pela obrigação. Não existia liberdade, e foi contra isso que a revolução dos anos 1960 se fez. Ela foi condicionada por duas descobertas médicas: a penicilina, que nos liberou do medo da sífilis; e a pílula, que nos liberou do medo da gravidez. O que caracterizou esse movimento foi a sua amplitude. Era uma reivindicação aberta, divulgada com estardalhaço na imprensa, cujo papel foi fundamental. O movimento libertário, que teve o seu apogeu em maio de 1968, nas ruas de Paris, dividiu as águas em relação ao casamento. De um lado estavam os tradicionalistas; de outro, os ditos "revolucionários", que apostavam na conquista da liberdade e relegavam a união a dois a um plano inferior. Para nós, revolucionários, grupo evidentemente minoritário, o vestido de noiva era um arcaísmo e a meta de se casar e constituir família, secundária. O nosso imaginário era totalmente diferente do imaginário dos nossos pais, que sacralizava a instituição do casamento, favorecendo os amores clandestinos. O que nós queríamos, à diferença deles, era o amor livre, cuja trombeta soprávamos com disposição inigualável. O sexo primava sobre o amor, e a hipocrisia implícita no modelo anterior do casamento era desqualificada. Questionávamos de várias maneiras a fidelidade e pregávamos com fervor a lealdade. Em outras palavras, apostamos tudo no gozo, sem desconfiar que este poderia nos escravizar. Na verdade, escapamos à repressão imposta às gerações anteriores, mas nos tornamos vítimas do nosso ideário. O homem era forçado a ter uma atividade sexual intensa, e a mulher, para demonstrar liberdade, precisava dizer sim a todas as propostas masculinas. Insensivelmente, passamos do sexo proibido ao sexo obrigatório. A aids, nos anos 1980, freou o movimento, impondo-nos o sexo seguro em vez do sexo livre e despreocupado. Com isso, a relação marital e a fidelidade passaram a ser novamente valorizadas. O risco real de mudar de parceiro e contrair o vírus levou à contenção, e o casamento renasceu como uma solução. O seu significado, porém, já era outro, não implicava necessariamente a constituição de uma família. Servia de proteção e pode ser comparado a um refúgio. A fidelidade é o imperativo dos tempos da aids, e, ainda que seja rara, é o ideal dos amantes. Por isso, nos anos 1980, o amor foi entronizado. Ao contrário do que ocorria antes da revolução sexual, o casamento se tornou indissociável da satisfação amorosa. O divórcio impôs outra mudança, porque o amor se quer eterno, mas o desejo sexual é errático, ele muda de objeto. O amor tem um pavio apagador ou, como escreveu Vinicius de Moraes, não é imortal, posto que é chama. O sentimento amoroso, em um duplo processo, hoje sustenta e ameaça o casamento, que pode se dissolver com facilidade. O divórcio litigioso tende a ser evitado e a separação não escandaliza mais ninguém. Tornou-se uma prática corriqueira. Tendemos a não dramatizar a separação, considerando que só a felicidade importa e é preciso alcançá-la como for possível. Essa é a tese de Tudo Pode Dar Certo, o mais recente filme de Woody Allen lançado no Brasil. Não dê atenção à opinião dos outros. Faça da sua vida o que for preciso para ser feliz é o que o cineasta bem-humorado nos diz, fazendo troça dos imperativos do puritanismo americano. Em outras palavras, não se pode mais dizer que o casamento é isso ou aquilo; ele já não é passível de definição. Cada caso é um caso, e as diferenças precisam ser levadas sempre em conta. De verdadeiramente novo, o que existe é a obrigação do respeito entre os cônjuges. Precisamente porque é possível e fácil se separar. Nesse contexto, o problema da separação são os filhos pequenos e adolescentes. Eles precisam fazer o luto do ideal de ser feliz por meio do casamento. Ao mesmo tempo, precisam fazer o luto da presença contínua do pai e da mãe. Queiram ou não, é com os menores que os adultos têm de se preocupar. A evolução dos costumes impõe uma reflexão sobre a dor dos filhos e a melhor maneira de lidar com o sofrimento deles, a maneira mais humana. Casamento, tudo bem. Separação, também, desde que os dois envolvidos sejam responsáveis e não percam de vista o futuro dos próximos. Betty Milan, psicanalista, é colunista de VEJA e veja.com

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Regras úteis para viver a vida.

Nenhum de nós nasceu com um manual de instruções. Mas se viéssemos a essa vida com um manual, seria mais ou menos como descrito nas reflexões abaixo. Por isso, preste atenção nelas, certamente poderão servir para sua vida. 1) Você vai receber um corpo. Pode amá-lo ou detestá-lo, mas é a única coisa que você com certeza possuirá até o fim da sua vida. 2) Você vai aprender lições. Ao nascermos, somos imediatamente inscritos numa escola informal chamada "Vida no Planeta Terra". Todas as pessoas e acontecimentos são "professores universais". 3) Não existem erros, apenas lições. Crescimento é um processo de experimentação, no qual as "falhas" são tão parte do processo quanto os "sucessos". 4) Se não aprender as lições fáceis, elas se tornam difíceis. Problemas externos são o preciso reflexo do seu estado interior. Quando você limpa obstruções, seu mundo exterior muda. A dor é o jeito do universo chamar a sua atenção. Você saberá que aprendeu uma lição quando suas ações mudarem. Sabedoria é prática. Um pouco de alguma coisa é melhor do que muito de nada. 5) "Lá" não é melhor do que "aqui". Quando "lá" se torna "aqui", você vai simplesmente arranjar outro "lá", que de novo parecerá melhor que "aqui". 6) Os outros são meros espelhos de você. Você não pode amar ou odiar alguma coisa sobre o outro a menos que reflita algo que você ama ou odeia em você mesmo. 7) Sua vida, só você decide. A vida dá a tela, você faz a pintura. Escolha as cores e pegue os pincéis. Tome para você o comando de sua vida ou alguém o fará. 8) Você sempre consegue o que quer. Seu subconsciente determina quais energias, experiências e pessoas você atrai. Assim, o único jeito certeiro de saber o que você quer é ver o que você tem. Não existem vítimas, apenas estudantes. 10) Não existe certo ou errado, mas existem conseqüências. Dar lição de moral não ajuda. Julgar também não. Apenas faça o melhor que puder. 11) Suas respostas estão dentro de você. Crianças precisam de direção dos outros. Quando Negritoamadurecemos, confiamos em nossos corações, onde as leis universais estão escritas. Você sabe mais do que ouviu ou aprendeu. Tudo que você precisa é olhar, prestar atenção, e confiar. 13) Você vai esquecer de tudo isso. Mas pode lembrar sempre que quiser. Do livro: "If Life is a Game These are the Rules“ de Cherie Carter-Scott

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Palavras - à brisa.

Um tempo pra mim. Uma necessidade que é só minha. Uma razão própria de existir. Unico. Intransferível. Aceitável. Confortante. Desgovernante. E cruel de sentir. Um egoísmo com necessidade de autoafirmação. Um pensar diferente. Uma mudança eminente. Um gostar que é só meu. Um carinho que só parte daqui. Um sorriso sem começo, meio, ou fim. Uma confusão gostosa, Uma dúvida que desconserta, Um desejo que desorganiza, Uma saudade que existe.
Uma saudade que vai apertar. Uma possibilidade louca.
Uma vontade que não sossega.
Um querer bem no olhar.
Um anjo bom de ter perto - sem querer afastar. .
Seguro. Porto. Abraço. Sentido. Verdade. Baixo. Alto. Bato. Belisco. Aperto. Sinto. Danço. Mexo. Reviro. Gosto. Desgosto. Afasto. Cresço. Amadureço. Mudo. Reinvento. Pinto. Aconteço. Tenho. Dispenso. Troco. Conheço. Aprendo. Volto. Ligo. Arrependo. De novo. Faço. Mando. Corro. Penso. Visto. Tiro. Refaço. Indico. Marco. Espero. Bebo. Esqueço. Conservo. Lembro. Causo. Iludo. Abandono. Estimulo. Canto. Escrevo. Interpreto. Entendo. Quero. (...)
- Um Negreiro que só eu conheço!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Saudades.

Senti saudade de várias coisas, pessoas e lugares hoje. Senti a diferença dos segundos a mais e a menos que passei com algumas delas, senti vontade de voltar no tempo. De contribuir mais um pouco, de abraçar novamente, de refazer (tudo da mesma forma) os momentos bons que estão nas lembranças. Senti saudades de amizades que fiz, dos aprendizados que tive, das pessoas que contribuiram para isso. Senti vontade de rever pessoas que por algum motivo não são tão fáceis de ver novamente. De perdoar, de simplesmente abraçar os que se perderam por algum motivo. Senti saudades inclusive da Amanda em cada um desses momentos. Senti o gostinho do amadurecimento e me diverti com todos os estágios de um eu que existiu e que existe hoje de forma diferente.
Embora eu também me divirta com a pessoa que eu me transformei nesses anos todos (e que absolutamente é passível ainda de infinitas transformações), deu vontade de voltar e de curtir novamente. Fiquei nostálgica: dos tempos de colégio, das preocupações menores, dos professores de uma vida inteira, da faculdade, dos laços, dos eventos, das risadas, dos abraços, beijos, de uma infância querida, de familiares fofos e de uma cidade agradável.
O que me acalma, é justamente depositar no hoje e em casa segundo que passa, a certeza de que o aproveitamento sincero e bem quisto está sendo realidado no agora, no pulsar de um novo dia, e no recomeço de todas as manhãs. Em estar bem, em estar feliz, com Deus, com esperança, saúde, com amigos maravilhosos, e uma família que me ama, assim, do jeitinho que eu sou, sem tirar nem por. Que tudo se recrie e que os sinais sejam sempre interpretados da melhor forma possível. Amém!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Patchwork

Eu acho a maior graça nesses anúncios ou reportagens que segmentam as pessoas por estilo, para facilitar a escolha de presentes. Para o pai esportista, para a mãe que vive correndo, para o namorado poliglota, para a namorada hare-krishna... E você, qual é o seu estilo? O meu estilo é clássico-esportivo-praiano-urbano-roqueiro-casual-elétrico-aventureiro-viajandão-racional-romântico-sensato-internacional-cultural-marombeiro-divertido-indiano-inglês-caseiro-diurno-ansioso-e-pacato. Seja qual for o presente que você me der, vai acertar na mosca! Qualquer estilo que a gente cultive é farsa. Impor um rótulo a si mesmo é o que de pior podemos fazer. A gente se acostuma a privilegiarum lado acentuado que temos - workaholic, por exemplo - e nos apresentarmos ao mundo como tal. Vale para outras "etiquetas": surfista, rato de biblioteca, perua, seminarista. É atrás de uma dessas máscaras que você se esconde? Surfistas ficam gatésimos de terno e gravata e guardam embaixo da cama pilhas de livros sobre filosofia. Ratas de biblioteca que passam a noite dançando funk com um grupo da pesada. Peruas que praticam natação quatro vezes por semana. Seminaristas que levam no braço uma tatuagem igual à da Angelina Jolie: que estilos são esses?
É o estilo que eu mais adoro: faço-eu-mesmo. É o cara que não criou um estilo, ele é o estilo. Não há influência de revistas, modismos e tendencias. Ele é o estilo contradição, estilo-surpresa, estilo-sem-estilo. Acho que foi Aristóteles (olha eu aqui fazendo o estilo intelectual) que disse que estilo não existe, que estilo é uma emancipação do seu próprio ser.
Ou você tem um estilo próprio, que forçosamente será múltiplo, como é a nossa alma verdadeira, ou você adota um estilo, e ele será monótono e nauseante. Estilo bom é estilo exclusivo, inclassificável. Ou você deixa ele nascer naturalmente em você ou passará ganhando os mesmos presentes a vida inteira.
Martha Medeiros

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Humanização.

Ouvi durante a faculdade toda falar sobre o assunto. Humaniza aqui, humaniza ali. Cursos capacitadores estão em todos os lugares. Palestras, artigos científicos, monografias... Muitos redirecionando, falando e pesquisando sobre isso.
Não parece um absurdo cursos capacitando profissionais para serem mais... HUMANOS?
É preciso também ter um diploma e certificados para comprovarem isso? Para entender o outro? Para preocupar-se, sentir de uma forma branda, querer ajudar, amenizar a dor, dar um sorriso, atender bem, estar junto, prestar uma assistência digna, HUMANA, a qualquer paciente? Saber um pouco da vida do outro, promover um mínimo de conforto, agradabilidade, em meio a tantos problemas, tantos medos, tantas inseguranças...? Não me agrada em saber a existência dessa necessidade no aprimoramento desse lado. Se existe tanto foco, é porque a deficiência é grande, o serviço está errado. Somos humanos, temos natureza humana, e nós, que estamos lidando com fragilidades e sentimentos diversos do outro, na doença, na saúde e na promoção do cuidado, temos que ter isso na alma, no gostar, no sentir-se bem de fazer o outro bem.
Isso tem tirado alguns momentos de pensamentos e reflexões minhas.
E de coração torço para que os cursos não ensinem nada de novo. Que todos já tenham isso em mente, no coração, no gostar... De cuidar!