terça-feira, 30 de setembro de 2008

Dependência humana.

É tão difícil se permitir dependendo da permissão dos outros. Parece contraditório, mas cada vez mais que procuro saída pra algumas coisas, mais dependo das outras pessoas. É um ciclo interminável. Não sei qual a pior forma. O novelo de linha fica cada vez maior. É um sonho de uma grande parcela da população viver independentes de tudo e de todos. Mas aí é que está: A vida é feita com outras pessoas. O elo e a interdependência nunca vão deixar de existir para com alguém. A diferença, é que em alguns casos essa dependência é boa. Em outros, não. Sempre, em qualquer momento dela, você dependerá de alguém, sejam pra opiniões, serviços prestados, críticas (construtivas ou não). Opiniões são construídas em cima das experiências dos outros (em parte). Você é capaz de saber o peso que vai suportar durante toda ela, mas antes disso você tinha sua opinião formada com a experiência de outra pessoa. É mais fácil julgar, reprimir, quando não se é com você.
Quantas e quantas vezes sentimos isso na pele... Pessoas que pelo contexto de vida, abominam determinado comportamento, julgam, já tem seus “pré-conceitos” formados. E depois a vida roda tanto, que elas próprias acabam por passar por uma situação parecida. E agora? Essa pessoa já feriu tanto com seus julgamentos e agora se vê numa situação propícia pra ser julgado. Não é bom. E cada dor é própria, intransferível. Cada cabeça, mente, coração, sabe o que verdadeiramente passa consigo mesmo, o que são capazes de carregar, experiências a trocar, quanta humilhação vai passar, até onde deve ir.
Não, decididamente, não seria normal nem aceitável pra necessidade humana viver em conflito constante e solitário pra o resto da vida. Sem uma pessoazinha sequer pra dividir momentos. A diferença é o limite do outro. Até onde “adentrar” no que a outra pessoa deve fazer. A opinião daquela pessoa que você confia tanto sempre será necessária. Mas, o que acontece se essa pessoa viveu em outro momento, um contexto diferente? Normalmente, ela passar a experiência de vida dela, com seus próprios personagens. Ambas em momentos diferentes. Essa pessoa de certa forma vai acabar expondo a opinião dela adquirida perante a experiência passada por ela (podendo ser positiva ou negativa).
Daí e você? Seguiria os conselhos desenfreados de uma situação própria dela ficando tão absolutamente preso (a) a situação imposta? Ou tentaria avaliar os prós e contras para você mesmo (a) conseguir um denominador dessa história? A resposta parece óbvia, não é? Mas nem sempre é tão fácil. Se ver envolvida em meio a tantos julgamentos e pessoas dizendo como você tem que agir o tempo todo não é o mais agradável de estar envolvido. O necessário é ter a maturidade pra aprender a lidar com isso. E não deixar de viver determinado momento ou situação por que a sociedade, seus amigos, seus parentes, seus vizinhos, seu chefe, seus clientes acham o contrário. É muito difícil lidar com o mundo que existe dentro das pessoas, de cada uma delas então, é morte cerebral!
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Amanda Negreiro.

sábado, 27 de setembro de 2008

Saudade tua

Trancar o dedo na porta dói; Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói; Uma tapa, um soco, Um dedo no olho, também dói. Dói meter a canela na quina da cadeira, Dói morder a língua, Doem cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que não fala com a gente, Saudade de uma cachoeira em bonito. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, Do amigo imaginário que nunca existiu, Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da sua pele, do seu cheiro, dos seus beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar no computador estudando e eu no terraço esperando, Sem nos vermos, mas sabíamos que estávamos lá. Eu podia ir para o trabalho, E você para a faculdade, mas sabíamos onde estávamos. Eu podia ficar o dia sem vê-la, Você o dia sem me ver, Mas sabíamos que amanhã, nos veríamos. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Não saber mais se ela continua fungando quando acorda pela manhã. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda continua usando aquele vestido, Não saber se ele foi à consulta com o oftalmologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem no intervalo da aula sempre corrida... Se ele aprendeu a entrar na internet... e encontrar aquele programa que não sabe mexer. Se ela aprendeu a uma nova receita inventada, (rsrsrs) e se ele continua preferindo tomar uísque com red bull. Se ela continua preferindo suco... se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados... Se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor... Se ele continua cantando tão bem Fábio Júnior. Se ela continua gostando do maltine da bob’s, cheddar da Mcdonalds, Ou se continua chorando de rir das comédias. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, Não saber como frear as lágrimas diante de uma determinada música, Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, E ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, E ao mesmo tempo perguntar aos amigos dele por isso… É não querer saber se ele está mais magro, Se ela esta mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo, E o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler… (Autor CONHECIDO).

domingo, 14 de setembro de 2008

O vendedor de tomates (!)

É incrível como não percebemos coisas tão óbvias e certas, que estão bem na nossa vista! Não temos tempo pra perceber coisas tão fáceis. Por que estou dizendo isso? Sempre que ia para as martirizantes e incansáveis aulas da faculdade... Passava por um homem. Ele, sempre na hora certa, na mesma esquina cruzando o sinal, com enormes tomates vermelhos! Muito bonitos, dava gosto de vê-los todas as vezes logo cedo. Imaginava: tomates como esse não se vê em todas as hortas, ele deve ter uma especial. Ou então, colocar algum adicionante químico. Bem, mas isso não importava. Eu, como sempre, muito apressada, e atrasada! O homem ficava com os tomates impecáveis na esquina do sinal o dia todo. Mas... E se ele não conseguisse vende-los? Eram caixas e mais caixas... Pensava: vão apodrecer, e ele amanhã vem com tomates estragados pra não perder a colheita! Me enganava! No outro dia, eram ainda mais belos os tomates! Certo dia, ao voltar pra casa pensando no almoço nunca feito por mim... Imaginei que seria uma ótima comprar alguns daqueles tomates para impressionar amigas que iriam me fazer companhia. Não sabia o preço, mesmo passando todos os dias por uma placa explicativa indicando o peso e a quantia. Ao me referir para o homem, vendedor de tomates, descobri: eram caquis! Fruta doce e muito vermelha, sem sementes. O melhor, é que, com a ânsia de comer daqueles “tomates”, não vi uma placa enorme que dizia: CAQUIS - R$1,00 – 4 unidades! Essa informação não saia mais da minha cabeça. Desentendido desfeito, me tornei apreciadora dessa fruta maravilhosa. E... O almoço? Ficou na esperança de tomates tão vermelhos intensos como aqueles que em alguma dia eu via. Antes, olhasse com mais calma os detalhes do dia-a-dia. Seria e tornaria meus hábitos alimentares mais saudáveis antes que um impulso me obrigasse a perceber coisas tão gritantes aos olhos. Amanda Negreiro – 18 de abril de 2007.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

7 coisas para se aprender.

1- Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
'Ah, terminei o namoro...
''Nossa,quanto tempo?''
"Cinco anos... Mas não deu certo... acabou!''
"É não deu..."
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
2- Hoje, não acredito muito nos 'opostos se atraem'. Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita. Acredito mais em quem tem interesses em comum. Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta, se voce gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste. Frequentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus. A extrovertida e o caretão anti social é complicado e depois, entra naquela questão de 'um querer mudar o outro, ui..'. Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora!
3- Cama é essencial! Aliás pele é fundamental. E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranquilas. O garanhão insaciável e a donzela sensível, acho meio estranho. Isto causa muitas frustrações e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo. Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual. Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.
4- Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoasque se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa. As vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ela é carinhosa, mas não é fiel. As vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
5- Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
6- Se ele ou ela não te quer mais, não forçe a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos. Mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
7- Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio , frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, voce não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsivel !!!Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar.
Ou se apaixonar. Ou se culpar. Enfim... quem disse que ser adulto é fácil?
(Autor desconhecido)

Sexo.


Ter uma boa relação com a pele do outro é fundamental. Sentir o toque, se estimular com ele, se agraciar do cheiro, dar vazão ao desejo, gostar do beijo. Inclusive, esse, o silêncio das bocas, a parte mais íntima de uma relação, a visualização de uma chegada mais próxima à região da outra pessoa, popularmente chamado de “desentupidor de pia”, “selinho”, “salada mista”...
É o primeiro passo de uma avaliação para saber a intensidade do “quero mais” posterior ou do conseguinte “fora” na pior das hipóteses. Esse: se começa devagar ou rápido, se já começa com ou sem timidez, na evolução do seu ritmo, na identificação da freqüência, e com a letra que toca no seu ouvido, diz exatamente a relação com o restante do corpo da outra pessoa.
Quem já viu transa ter graça sem beijo? Sem a química, o desejo, a entrega? É o iniciador.
(Com algumas exceções de mulheres, obviamente, que por opção fazem sexo por fazer e sem sentir prazer, apenas com a preocupação de dar esse prazer ao outro. Ou até mesmo negligenciando-o.) Não há uma fórmula ideal para bons momentos com outra pessoa. Dependem da percepção, sensibilidade, identificação, segurança passada, objetivos claros, abertura de ambos, fetiches, manias, sintonias e desenvolturas de cada um. Todo o contexto é facilitador para aproximar duas pessoas. Expectativa, toque, silenciador de lábios, intensidade, atração e até quem sabe despreocupações. Há quem fique ansioso pela avaliação do outro, pelos pensamentos advindos de atitudes. “Não posso ser assim”, “Não posso agir assim”, “O que a outra pessoa vai pensar de mim?”... Seria mais fácil simplesmente ser o que são. E pronto! Evitar-se-iam as frustrações. Ninguém tem que ser necessariamente o que as outras pessoas querem que ela seja. Há homens que são insaciáveis, já existem outros que são mais tranquilos. Há ainda os preconceituosos, caretas, machistas, e há ainda aqueles que gostem da naturalidade e expressão verdadeira dos sentimentos, aqueles que não julgam a pessoa com que estão, simplesmente deixam elas serem.
E há também diversas formas de mulheres: existem as sensíveis, as mais despreocupadas, as insaciáveis, as tranqüilas, as pornográficas, as selvagens, as doces, as românticas, as quietinhas, e tantas outras... Tantas outras que se encaixam em outros diversos tipos de formas, carências, sentimentos e reações...
Ninguém é igual. E existem várias maneiras de ser diferente, de se fazer o prazer. E se dar também. O que é dito, as expressões realizadas, o que é agradável e as fantasias quistas é de um grau de complexidade enorme. Na cama, os valores se adaptam. Modificam-se temporariamente, encaixando-se a momentos únicos, e entre quatro paredes. [Ou não] Há ainda aqueles que pensam que o comportamento no sexo define sua forma de agir perante outras coisas, outras situações, e ainda os moldam para estereótipos. Há mulheres, por exemplo, que acham que se soltar um pouco mais já pode caracterizá-la como uma profissional. Que se gemer mais alto já é interpretada erroneamente. Ou até que sentir prazer demais no primeiro encontro é demasiadamente promíscuo. É, o ser humano é uma máquina carregadora de experiências. Já nesse nível, foram estabelecidos tabus, medos, preconceitos. Visão errônea de um exercício extremamente saudável para mente e corpo do ser humano.
De suas diferentes formas.
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Amanda Negreiro