quinta-feira, 13 de novembro de 2008

EU SOU DEUS.
Hoje estarei cuidando detodos os seus problemas. Por favor,lembre-se que eu não preciso de sua ajuda. Se o demônio o colocar emuma situação que você não possa resolver, NÃO tente resolvê-la. Por favor, coloque-a na caixa APJF (algo para Jesus fazer ). Ela me será entregue no MEU tempo,não no seu. Uma vez colocado o problema na caixa, NÃO pense mais nele, ou tente removê-lo. Pensar nele ou removê-lo da caixa, só atrasará a solução de seu problema. Se for uma situação quevocê se julga capaz de resolver, por favor, consulte-me em oração, para ter certeza da melhor solução. Porque EU não durmo, nem mesmo cochilo, não há necessidade de vocêperder o seu sono. Descanse, meu filho. Se você precisar falar comigo, EU estou apenas a umaoração de distância.

SEMEAR...

Quem planta árvores, colhe alimento.
Quem semeia flores, colhe perfume.
Quem semeia o trigo, colhe o pão.
Quem planta amor, colhe amizade.
Quem semeia alegria, colhe felicidade.
Quem planta a vida, colhe milagres.
Quem semeia a verdade, colhe confiança.
Quem planta fé, colhe a certeza.
Quem semeia carinho, colhe gratidão.
No entanto, há quem prefira,
semear tristeza e colher desconsolo,
plantar discórdia e colher solidão,
semear vento e colher tempestade,
plantar ira e colher desafeto,
semear descaso e colher um adeus,
plantar injustiça e colher abandono.
Somos semeadores conscientes,espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor.
Que possamos escolher sempre as melhores, para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Dependência humana.

É tão difícil se permitir dependendo da permissão dos outros. Parece contraditório, mas cada vez mais que procuro saída pra algumas coisas, mais dependo das outras pessoas. É um ciclo interminável. Não sei qual a pior forma. O novelo de linha fica cada vez maior. É um sonho de uma grande parcela da população viver independentes de tudo e de todos. Mas aí é que está: A vida é feita com outras pessoas. O elo e a interdependência nunca vão deixar de existir para com alguém. A diferença, é que em alguns casos essa dependência é boa. Em outros, não. Sempre, em qualquer momento dela, você dependerá de alguém, sejam pra opiniões, serviços prestados, críticas (construtivas ou não). Opiniões são construídas em cima das experiências dos outros (em parte). Você é capaz de saber o peso que vai suportar durante toda ela, mas antes disso você tinha sua opinião formada com a experiência de outra pessoa. É mais fácil julgar, reprimir, quando não se é com você.
Quantas e quantas vezes sentimos isso na pele... Pessoas que pelo contexto de vida, abominam determinado comportamento, julgam, já tem seus “pré-conceitos” formados. E depois a vida roda tanto, que elas próprias acabam por passar por uma situação parecida. E agora? Essa pessoa já feriu tanto com seus julgamentos e agora se vê numa situação propícia pra ser julgado. Não é bom. E cada dor é própria, intransferível. Cada cabeça, mente, coração, sabe o que verdadeiramente passa consigo mesmo, o que são capazes de carregar, experiências a trocar, quanta humilhação vai passar, até onde deve ir.
Não, decididamente, não seria normal nem aceitável pra necessidade humana viver em conflito constante e solitário pra o resto da vida. Sem uma pessoazinha sequer pra dividir momentos. A diferença é o limite do outro. Até onde “adentrar” no que a outra pessoa deve fazer. A opinião daquela pessoa que você confia tanto sempre será necessária. Mas, o que acontece se essa pessoa viveu em outro momento, um contexto diferente? Normalmente, ela passar a experiência de vida dela, com seus próprios personagens. Ambas em momentos diferentes. Essa pessoa de certa forma vai acabar expondo a opinião dela adquirida perante a experiência passada por ela (podendo ser positiva ou negativa).
Daí e você? Seguiria os conselhos desenfreados de uma situação própria dela ficando tão absolutamente preso (a) a situação imposta? Ou tentaria avaliar os prós e contras para você mesmo (a) conseguir um denominador dessa história? A resposta parece óbvia, não é? Mas nem sempre é tão fácil. Se ver envolvida em meio a tantos julgamentos e pessoas dizendo como você tem que agir o tempo todo não é o mais agradável de estar envolvido. O necessário é ter a maturidade pra aprender a lidar com isso. E não deixar de viver determinado momento ou situação por que a sociedade, seus amigos, seus parentes, seus vizinhos, seu chefe, seus clientes acham o contrário. É muito difícil lidar com o mundo que existe dentro das pessoas, de cada uma delas então, é morte cerebral!
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Amanda Negreiro.

sábado, 27 de setembro de 2008

Saudade tua

Trancar o dedo na porta dói; Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói; Uma tapa, um soco, Um dedo no olho, também dói. Dói meter a canela na quina da cadeira, Dói morder a língua, Doem cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que não fala com a gente, Saudade de uma cachoeira em bonito. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, Do amigo imaginário que nunca existiu, Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da sua pele, do seu cheiro, dos seus beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar no computador estudando e eu no terraço esperando, Sem nos vermos, mas sabíamos que estávamos lá. Eu podia ir para o trabalho, E você para a faculdade, mas sabíamos onde estávamos. Eu podia ficar o dia sem vê-la, Você o dia sem me ver, Mas sabíamos que amanhã, nos veríamos. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Não saber mais se ela continua fungando quando acorda pela manhã. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda continua usando aquele vestido, Não saber se ele foi à consulta com o oftalmologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem no intervalo da aula sempre corrida... Se ele aprendeu a entrar na internet... e encontrar aquele programa que não sabe mexer. Se ela aprendeu a uma nova receita inventada, (rsrsrs) e se ele continua preferindo tomar uísque com red bull. Se ela continua preferindo suco... se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados... Se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor... Se ele continua cantando tão bem Fábio Júnior. Se ela continua gostando do maltine da bob’s, cheddar da Mcdonalds, Ou se continua chorando de rir das comédias. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, Não saber como frear as lágrimas diante de uma determinada música, Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, E ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, E ao mesmo tempo perguntar aos amigos dele por isso… É não querer saber se ele está mais magro, Se ela esta mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo, E o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler… (Autor CONHECIDO).

domingo, 14 de setembro de 2008

O vendedor de tomates (!)

É incrível como não percebemos coisas tão óbvias e certas, que estão bem na nossa vista! Não temos tempo pra perceber coisas tão fáceis. Por que estou dizendo isso? Sempre que ia para as martirizantes e incansáveis aulas da faculdade... Passava por um homem. Ele, sempre na hora certa, na mesma esquina cruzando o sinal, com enormes tomates vermelhos! Muito bonitos, dava gosto de vê-los todas as vezes logo cedo. Imaginava: tomates como esse não se vê em todas as hortas, ele deve ter uma especial. Ou então, colocar algum adicionante químico. Bem, mas isso não importava. Eu, como sempre, muito apressada, e atrasada! O homem ficava com os tomates impecáveis na esquina do sinal o dia todo. Mas... E se ele não conseguisse vende-los? Eram caixas e mais caixas... Pensava: vão apodrecer, e ele amanhã vem com tomates estragados pra não perder a colheita! Me enganava! No outro dia, eram ainda mais belos os tomates! Certo dia, ao voltar pra casa pensando no almoço nunca feito por mim... Imaginei que seria uma ótima comprar alguns daqueles tomates para impressionar amigas que iriam me fazer companhia. Não sabia o preço, mesmo passando todos os dias por uma placa explicativa indicando o peso e a quantia. Ao me referir para o homem, vendedor de tomates, descobri: eram caquis! Fruta doce e muito vermelha, sem sementes. O melhor, é que, com a ânsia de comer daqueles “tomates”, não vi uma placa enorme que dizia: CAQUIS - R$1,00 – 4 unidades! Essa informação não saia mais da minha cabeça. Desentendido desfeito, me tornei apreciadora dessa fruta maravilhosa. E... O almoço? Ficou na esperança de tomates tão vermelhos intensos como aqueles que em alguma dia eu via. Antes, olhasse com mais calma os detalhes do dia-a-dia. Seria e tornaria meus hábitos alimentares mais saudáveis antes que um impulso me obrigasse a perceber coisas tão gritantes aos olhos. Amanda Negreiro – 18 de abril de 2007.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

7 coisas para se aprender.

1- Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
'Ah, terminei o namoro...
''Nossa,quanto tempo?''
"Cinco anos... Mas não deu certo... acabou!''
"É não deu..."
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
2- Hoje, não acredito muito nos 'opostos se atraem'. Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita. Acredito mais em quem tem interesses em comum. Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta, se voce gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste. Frequentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus. A extrovertida e o caretão anti social é complicado e depois, entra naquela questão de 'um querer mudar o outro, ui..'. Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora!
3- Cama é essencial! Aliás pele é fundamental. E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranquilas. O garanhão insaciável e a donzela sensível, acho meio estranho. Isto causa muitas frustrações e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo. Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual. Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.
4- Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoasque se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa. As vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ela é carinhosa, mas não é fiel. As vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
5- Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
6- Se ele ou ela não te quer mais, não forçe a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos. Mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
7- Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio , frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, voce não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsivel !!!Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar.
Ou se apaixonar. Ou se culpar. Enfim... quem disse que ser adulto é fácil?
(Autor desconhecido)

Sexo.


Ter uma boa relação com a pele do outro é fundamental. Sentir o toque, se estimular com ele, se agraciar do cheiro, dar vazão ao desejo, gostar do beijo. Inclusive, esse, o silêncio das bocas, a parte mais íntima de uma relação, a visualização de uma chegada mais próxima à região da outra pessoa, popularmente chamado de “desentupidor de pia”, “selinho”, “salada mista”...
É o primeiro passo de uma avaliação para saber a intensidade do “quero mais” posterior ou do conseguinte “fora” na pior das hipóteses. Esse: se começa devagar ou rápido, se já começa com ou sem timidez, na evolução do seu ritmo, na identificação da freqüência, e com a letra que toca no seu ouvido, diz exatamente a relação com o restante do corpo da outra pessoa.
Quem já viu transa ter graça sem beijo? Sem a química, o desejo, a entrega? É o iniciador.
(Com algumas exceções de mulheres, obviamente, que por opção fazem sexo por fazer e sem sentir prazer, apenas com a preocupação de dar esse prazer ao outro. Ou até mesmo negligenciando-o.) Não há uma fórmula ideal para bons momentos com outra pessoa. Dependem da percepção, sensibilidade, identificação, segurança passada, objetivos claros, abertura de ambos, fetiches, manias, sintonias e desenvolturas de cada um. Todo o contexto é facilitador para aproximar duas pessoas. Expectativa, toque, silenciador de lábios, intensidade, atração e até quem sabe despreocupações. Há quem fique ansioso pela avaliação do outro, pelos pensamentos advindos de atitudes. “Não posso ser assim”, “Não posso agir assim”, “O que a outra pessoa vai pensar de mim?”... Seria mais fácil simplesmente ser o que são. E pronto! Evitar-se-iam as frustrações. Ninguém tem que ser necessariamente o que as outras pessoas querem que ela seja. Há homens que são insaciáveis, já existem outros que são mais tranquilos. Há ainda os preconceituosos, caretas, machistas, e há ainda aqueles que gostem da naturalidade e expressão verdadeira dos sentimentos, aqueles que não julgam a pessoa com que estão, simplesmente deixam elas serem.
E há também diversas formas de mulheres: existem as sensíveis, as mais despreocupadas, as insaciáveis, as tranqüilas, as pornográficas, as selvagens, as doces, as românticas, as quietinhas, e tantas outras... Tantas outras que se encaixam em outros diversos tipos de formas, carências, sentimentos e reações...
Ninguém é igual. E existem várias maneiras de ser diferente, de se fazer o prazer. E se dar também. O que é dito, as expressões realizadas, o que é agradável e as fantasias quistas é de um grau de complexidade enorme. Na cama, os valores se adaptam. Modificam-se temporariamente, encaixando-se a momentos únicos, e entre quatro paredes. [Ou não] Há ainda aqueles que pensam que o comportamento no sexo define sua forma de agir perante outras coisas, outras situações, e ainda os moldam para estereótipos. Há mulheres, por exemplo, que acham que se soltar um pouco mais já pode caracterizá-la como uma profissional. Que se gemer mais alto já é interpretada erroneamente. Ou até que sentir prazer demais no primeiro encontro é demasiadamente promíscuo. É, o ser humano é uma máquina carregadora de experiências. Já nesse nível, foram estabelecidos tabus, medos, preconceitos. Visão errônea de um exercício extremamente saudável para mente e corpo do ser humano.
De suas diferentes formas.
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Amanda Negreiro

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Presente... (de um beija-flor)

Em meio a tantos tumultos... Uma surpresa agradável. Uma linda flor. Significado único. Paz interior. (...)
Que Deus conserve e guarde o coração dos humanos que choram, que sofrem, que se atormentam. Que Ele reserve em cada amanhecer um novo olhar diante a vida dos que lamentam. E que, diante todas as lágrimas, a esperança de dias melhores ainda surjam como a graça de receber a simbologia de um lírio... Em meio a tantos tumultos... Sendo uma surpresa agradável... (...) É uma linda flor.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Acaso - Álvaro de Campos

No acaso da rua o acaso da rapariga loira. Mas não, não é aquela. A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro. Perco-me subitamente da visão imediata, Estou outra vez na outra cidade, na outra rua, E a outra rapariga passa. Que grande vantagem o recordar intransigentemente! Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga, E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta. Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso! Ao menos escrevem-se versos. Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar, Se calhar, ou até sem calhar, Maravilha das celebridades! Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos... Mas isto era a respeito de uma rapariga, De uma rapariga loira, Mas qual delas? Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade, Numa outra espécie de rua; E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade Numa outra espécie de rua; Por que todas as recordações são a mesma recordação, Tudo que foi é a mesma morte, Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã? Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional. Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas? Pode ser... A rapariga loira? É a mesma afinal... Tudo é o mesmo afinal ... Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal. . . Álvaro de Campos

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho! Já nem penso mais em ti... Mas será que nunca deixo De lembrar que te esqueci? Mario Quintana - Espelho Mágico

domingo, 10 de agosto de 2008

Aos pais.

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família. E por que surgiu essa necessidade de comemoração? Pergunta com algumas hipóteses... Uma seria inveja de reconhecimento das mães, já que tiveram sua data comemorativa criada oficialmente em 1932. Essa “briga” frenética de anos. Outra mais simples seria tornar o comércio mais intenso nesse período: tudo girando em torno do capitalismo. Afinal de contas, atualmente temos dia pra tudo (!) E para vendas. Ainda, para os mais sentimentais, necessidade de agradecimento, participação entre famílias, reconhecimento e reserva de UM dia do ano para essas homenagens específicas. Parece que tudo é permitido nesses dias: acordar com um eu te amo, cartões sentimentais, presenteios, café na cama, ou seja, um dia para ser feito tudo que não é costumeiro fazer. Mesmo não tendo uma boa experiência paternal, hoje, em especial aos homenageados, gasto algumas linhas para descrevê-los. Indo contra as afirmações populares e feministas dizendo que “todos os homens são iguais” com algumas características distinguíveis... Nenhum pai é idêntico. Assim como todo ser humano também não é. Cada um com seus defeitos próprios, qualidades, formas de amar, acariciar suas crias, dizer como os ama, enfim, de exercerem os deveres e direitos de serem pais, por que existem incontáveis formas. Dos que estão espalhados por aí... (...) Existem aqueles que amam deliberadamente, que esperaram tanto por aquele momento de exercerem sua função que ficam eternamente abestalhados diante sua participação de criação. Existem os que não amam. Que não fazem a mínima questão de serem apresentados e de trocarem afetos. Existem pais por acaso, que não querem, mas aprendem a gostar. Têm aqueles que não gostam nunca! Aqueles que depois de um tempo, não se sentem mais responsáveis e passam a “obrigação” para outrem. E aqueles que fazem de seus filhos eternas crianças. Existem ainda aqueles outros que não podem ser pais. Não são biológicos, mas têm simplesmente o prazer do cuidado e execução dos direitos por anos (adotam). Existem aqueles que só dão presentes e a ausência. E, existem os que são sempre presentes e fazem da presença eternos momentos de amor. Aqueles que abandonam, e não sentem o menor prazer de terem procriado, deixando seus filhos não saberem que têm pai. Ainda há aqueles que não sabem que são pais. Têm pais que brigam, que discutem, que dialogam, que não falam. Têm aqueles que só olham. Existem os que seguram, que são amigos, que sabem respeitar. E ainda aqueles que não sabem fazer nada disso, mas estão lá! Existem pais de todas as formas, de todos os tamanhos, de todos os amores, de todos os enganos. Existem: muitos (!)... Incontáveis. Os homens podem ser iguais, mas os pais... Os pais: Ah, os pais não! Se todo homem tivesse consciência do seu material genético deixado, a responsabilidade de cuidar, se ser exemplar e de presenciar, saberiam estar cuidando atenciosamente do precioso grão dado por Deus para criarem suas árvores (e para seu próprio sustento mais tarde).
Aos que cuidam, aos que já foram fazer sua viagem eterna, aos que amam, aos que não são presentes, aos que não fazem por merecer, aos que se esforçam para merecerem... A todos os homens que deixaram suas marcas, segurança, e foram presenteados por Deus com essa graça, meus Parabéns! Tenham não só um, mas dias de afeições e homenagens simples e eternas. Que o dever de estar presente não só seja em um dia específico, mas que faça parte de uma rotina interminável para com seus filhos. Que sejam amigos, mesmo sendo diferentes. Que sejam eternos, mesmo quando não se pode estar junto. Que não esqueçam de amar, e do que têm para dar.
Amanda Negreiro

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

"PRECISA-SE"

Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilarecerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar. Clarice Lispector

"Mulher, dê valor ao sutiã que usa!"

Resolvi escrever sobre essa afirmação que freqüentemente recordo em uma expressão simples, e que ao mesmo tempo, diz tanto. Seria valorizar o preço ou marca da peça que segura suas mamas para deixá-la mais belas ou atraentes?
(...) A expressão, partida de um homem ao qual participava de uma conversa onde várias mulheres se lamentavam sobre problemas pessoais e íntimos, sejam eles: maridos, filhos, trabalho, casa, roupa e família pra dar conta, caiu como uma luva para reflexão de muitas delas. Ele, atento aos vários comentários e até fazendo parte (oposta) de alguns deles, levantou a voz e soou numa voz firme e alta: “Mulher, dê valor ao sutiã que usa!”... Não poderia ser outra a reação dos que estavam presentes, do que a surpresa e indagação daquela afirmação. Logo veio sua calma e simplicidade ao explicar que, mesmo diante dos diversos problemas que cada uma ali passara, seja qual fosse: desvalorização, decepção, sentimento de impotência, auto-estima prejudicada, amor próprio diminuído, problemas financeiros, estéticos, emocionais, enfim... Antes de tudo pensassem que nasceram mulheres. Isso mesmo! Mulheres... Esses seres que carregam consigo o poder de gerar, dar sustentação, abrigo, saciar sede e fome de uma nova vida humana. Um ser criado para reproduzir amor, para acalentar em seu peito qualquer frustração de outrem, para acariciar e dar carinho com simples palavras oferecidas... E ainda, o gênero que oferecendo coxa, ombro e abraço apenas para um mero descanso, poderiam amenizar qualquer problema visto! Foram agraciadas com doçura para amigos, compreensão aos filhos, inteligência para brigarem por seu espaço, organização para sua casa e sensualidade ao seu prazer. Cada uma com sua particularidade, sofrimentos, culturas, valores. São únicas! E capazes de dirigir suas vidas para o caminho que quiserem, por que a vida tem um leque e tanto para escolhas.
Por isso mesmo nasceram almas dignas de serem MULHERES.
Amanda Negreiro

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Palavras de um cérebro ativo.

"A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente da sua independência."
"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."
"A luta pela verdade deve ter precedência sobre todas as outras."
"A tradição é a personalidade dos imbecis."
"Quero conhecer os pensamentos de Deus...O resto é detalhe."
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal."
"Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos."
"Época triste a nossa... mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito."
"Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medí­ocres."
"O primeiro dever da inteligência é desconfiar dela mesma." Albert Einstein (...)
O mundo seria melhor se cada um pensasse por si mesmo. Tivesse a mínima capacidade crítica independente para analisar o que é melhor pra si, e não para os outros. Moralmente, progrediríamos sendo independentes de opiniões, e não baseados em tradições.
Seja fiel e verdadeiro consigo mesmo e com seus pensamentos, que não serás falso a mais ninguém. Por que seguir uma vida já pré-estabelecida desde sempre? Se a graça de viver está na independência de atitudes, e nas criações de momentos?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Paz...


A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou...
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama...
(...)
A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio. Lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência te procura.
Quando a ofensa te golpeia.
Quando alguém se encoleriza.
Quando a crítica te fere.
Quando escutas uma calúnia.
Quando a ignorância te acusa.
Quando o orgulho te humilha.
Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Psicografia 2007

(...) "Saber utilizar todos esses artifícios lhe custará a humildade de reconhecer todos os seres à sua volta, identificar as fraquezas e os pontos chaves dos menores a você. A supremacia foi dada. Cumpra-a, liberte-a. Você tem em suas mãos armas importantes para o sucesso, faça-a valer, não se pegando as coisas de pequeno calibre. Faça valer a pena, não desperdice as oportunidades. Prender-se a pessoas que já tiveram sua parcela para o seu crescimento não vale à pena. Abra os olhos, para não interferir no seu crescimento. Ajude, será ajudada. Liberte-se, será compreendida. “Não se importe com o vaso que cairá da mesa, junte os cacos, varra o chão, ele não era bonito nem enfeitava sua mesa.” Participe! Compreenda. Amor... Evolua! Tenha tato para viver, sentir e dar a verdadeira importância às coisas que acontecem com você: é de suma importância. De tudo, ficam várias coisas na vida, você é especial, vá à procura do que realmente lhe interessa. Meu amor haverá curvas perigosas, paciências precisas, perdões necessários, vivências e perdas necessárias, tristes, mas aliviantes. Quando se sentir sozinha, segure e olhe para dentro de você, não desvalorize quem também estará precisando da sua ajuda. Conhecerás pessoas importantes, que ajudarão você na evolução que precisa. Depois de conhecer o amor, aprenderás o perdão e as lágrimas não retornarão. Amo você, siga sempre confiante. O trabalho e as portas que estão sendo abertas agora estão sendo de boa valia, Ele terá a recompensa que merece."

Poema.

Não seja rude e impertinente. Só coloque em sua boca palavras doces e tranqüilas. É muito mais prudente, Para o caso de ter de engoli-las. Silvio Ribeiro de Castro

Meditação (ou “Pára cabeça, assim cê me atrapalha!”).

Não é nenhum segredo: o pensamento tem uma força enorme. Quem nunca ficou preso a pensamentos recorrentes de mágoa, inferioridade, medo ou desejo? Parecem ter vida própria, não respeitam nosso bom-senso, impõem-se e ditam nosso cotidiano. A cultura ocidental produziu pouco no que tange à dinâmica do pensamento: fixamo-nos naquilo que pensamos, não em como pensamos. Toda meditação é um exercício de acalmar a mente, de voluntariamente dar um tempo nesta gerência doida que fazemos de todas as variáveis que nos cercam. Acredita-se que desligar este “grande supervisor” aumentará a percepção da real natureza das coisas, equilibrará a energia do corpo e nos ajudará a discernir quais esforços são realmente necessários. Décio Melo
Vem, deus da embriaguez,
Me acende, me põe tonta,
Me encanta e canta
Versos em meu ouvido.
Sussurra desejos, segredos,
Me toma em teu corpo,
Entranha nas minhas veias,
Me liberta das âncoras
E do espanto, que eu danço
No altar de teu templo
Ao sabor do vinho,
Da vertigem e dos ventos.

Denizis Trindade

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Heart Juice



Ingredientes: um coração cansado, de tamanho médio.
Modo de preparo: corte o coração ao meio, separando duas metades iguais. Encaixe no espremedor adequado, aperte, gire e comprima até extrair todo o caldo. Não é aconselhável adicionar açúcar! Ao final, é importante resgatar as sementes inteiras presas no filtro do espremedor. Com um pouco de sol e cuidado, muita paciência e um jardineiro dedicado, é possível cultivar um novo coração novinho em folha e cheio de sumo, pronto para ser novamente utilizado.