quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ciclos.

E o tempo passa [rápido].
Com ele chegam novos ventos, novas aspirações, desejos, planos. O caminho vai mudando, se adequando: às limitações, às energias, às expectativas e tantas possibilidades. Ajustes necessários são realizados, redirecionamentos efetuados, planejamentos ganham novo formato. 
Embora eu sempre tenha tido pressa, no momento, tentando respirar e colocar a casa em ordem. (Re) desenhando, dando um tempo, me permitindo aspirar e sentir a melhor sincronização de tudo: cabeça, coração e sentidos. 
Tenho consciência que cada ser humano é completamente responsável por aquilo que cativa, assim como pelas tantas escolhas feitas, em todos os aspectos, e é exatamente por isso que no momento estou assimilando os mais variados sentimentos obtidos, e eles todos assumindo as mais variadas formas.
Tentando encontrar em cada uma delas a que melhor se encaixa com as descobertas que faço todos os dias.

"Um novo começo de era, com gente fina,
e sincera. O que mais se pode querer?
Gente fina não esnoba, não humilha,
não trapaceia, não compete e, como
o próprio nome diz, não engrossa.
Não veio ao mundo pra colocar areia
no projeto dos outros.
Gente fina é que tinha que
virar tendência.
Porque, colocando na balança,
é quem faz a diferença. "

(Martha Medeiros)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

...

"Ela queria, não a promessa, mas a vontade. Ele queria não a obrigação, mas a sorte. Eles queriam estar sempre começando de novo."

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Palavras soltas, e belíssimas.


Hoje eu não quero conversas vestidas de uniforme. Diálogos impecavelmente arrumados que não deixam o coração à mostra. As palavras podem sair de casa sem maquiagem. Podem surgir com os cabelos desalinhados, livres de roupas que as apertem, como se tivessem acabado de acordar. 
O único requinte deve ser o sentimento. É desnecessário tentar entender qualquer coisa. Tentar solucionar qualquer problema. Buscar salvamento para o quer que seja.
Hoje, se quiser, se puder, se souber, me fala de você. 
Dos momentos em que a vida lhe doeu tanto que você achou que não iria aguentar.
Senta perto de mim e mesmo que estejamos rodeados por buzinas, gente apressada, perigos iminentes, faz de conta que a gente está conversando no quintal de casa, descascando uma laranja, os pés descalços, sem nenhum compromisso chato à nossa espera. 
Fala da sua família, a de origem ou a que formou. Das pessoas que não têm o seu sobrenome, mas são familiares pra sua alma. Fala de quem passou pela sua vida e nem sabe o quanto foi importante. Daqueles que sabem e você nem consegue dizer o tamanho que têm de verdade.
Não precisa ter pauta, seguir roteiro, deixa a conversa acontecer de improviso, uma lembrança puxando a outra pela mão, mas conta de você e deixa eu lhe contar de mim. Dessas coisas. De outras parecidas. Ouve também com os olhos. Escuta o que eu digo quando nem digo nada: a boca é o que menos fala no corpo. Não antecipe as minhas palavras. Não se impaciente com o meu tempo de dizer. Não me pergunte coisas que vão fazer a minha razão se arrumar toda para responder. 
E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. 
Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.

Ana Jácomo.