segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mais uma, por favor!

Só mais uma, por favor. Umazinha só. Aqui, à mesa. Eu estou com sede. Estou de fogo. Estou carente. Traga, urgente. Está me ouvindo? Eu pago o que for preciso. Quanto é, meu amor? Sei que você já fechou as portas. Do seu coração. O seu juízo em combustão. Tanta confusão na cabeça. Eu entendo. Mas suplico. Uma única, juro. Para entrar num susto. Num gole, num fôlego. Um sentimento gostoso. A derradeira força. Eu peço. Como se pede um abraço. Um afago. Um beijo. Cavalheiro, prometo. Será a última. E não volto mais. Não encherei o seu saco. Desaparecerei do pedaço. Você não me verá depois dessa. Rastejar para quem quer que seja. Essa agonia. Essa ladainha. Essa peleja. Mas hoje eu necessito. Para alegrar o meu inferno. Pessoal. O trânsito que tem atropelado. O meu astral. Uma paixão que foi embora. Na boca da estrada. Essa lembrança que me mata. Feito vício. Deixa tonta a minha memória. Agora, já. Por que essa demora? Este desprezo? Estou com medo. Tenho pavor. O mundo derretendo. As camadas de gelo. O sol cinza. Desta cidade de São Paulo. Ave! Umazinha só, repito. Aqui, ó. Sou eu. Este farrapo humano, perdido. Em que nos tornamos. Todos juntos. A caminho do mesmo abismo. Moço, mocinha. Faz de conta de que sou um enforcado. À beira da sarjeta. Um calabouço aberto. Um buraco no concreto. Eu peço: misericórdia! Eu tenho direito. Venha olhar você no meu olho. Esquerdo. Estou no escuro do fundo do poço. É agora ou nunca. Um gesto só. Solidário, para sempre. Você me entende? Nem precisa ser a mais forte. Daquelas que a gente recebe. Direto da fonte. A mais gostosa, a mais quente. Não precisa ser a melhor. De repente, aquela que você tiver. Aí, jogada. Sem valor. Esquecida na estante. Ela me serve. Na prateleira, ela me serve. Em qualquer chão de bandeja. É essa que eu quero. Sério. A única. Chame o Marquinhos, o dono do bar. Eu falo com ele. Da importância que será. Neste momento em que tento escapar. De uma hecatombe. Em que tento me sustentar. Levantar os ossos. Para continuar. A luta. Essa vida que não tem cura. Difícil de equilibrar. Eu espero. O tempo que for. E aí? Vai dar ou não vai dar? Que porre! Para a minha alma bêbada, pô! Uma palavrinha só resolve. . Marcelino Freire, escritor pernambucano

Keep Walking.

Se a luz de repente falha e o ar parece faltar....
Lembre que seus pés sabem a saída, assim como souberam por onde entrar.
É com os passos marcando o ritmo que a sua cabeça pode voar mais alto!
São os pés firmes no chão que começam todo salto.
Por isso deixe que critiquem, que analisem, que falem...
Tudo que você precisa fazer é...
Keep Walking (Continuar caminhando...)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Saúde: física e mental.

Falta de dinheiro, desemprego, violência, pressão ambiental, barulho, problemas no trabalho, problemas na família, saúde, solidão, desencanto, desarmonia, angustia, ansiedade, desamor, desilusão…
Quem já não sofreu ou sofre com algumas dessas coisas? (...) É muito complicado manter o equilíbrio mental o tempo todo frente a tanta coisa deteriorante que nos acomete no dia-a-dia. Em alguns casos o problema fica tão extremado que somente ajuda profissional pode resolver.
Por isso, preste atenção!
Você não pode controlar tudo e todos, e até mesmo manter o perfeito equilíbrio o tempo todo, mas existem algumas coisas que podem ajudar muito no dia-a-dia. Pequenas mudanças de comportamento podem ajudá-lo(a) a enfrentar o estresse diário, já que não é recomendável aniquilá-lo, pois não teríamos mais o por que de continuarmos vivendo. Um bom enfrentamento e um organismo bem gerenciado continuam sendo ainda as melhores recomendações. Aqui não há espaço suficiente para discutirmos sobre as teorias e os tratados realizados sobre estresse e ansiedade. Vamos à prática. Leia com atenção e experimente colocar em prática as dicas. Tenho certeza que terá uma vida bem melhor. Se você não pode resolver um problema na hora, não lute contra ele. Mantenha a calma, fique tranquilo(a) e espere a melhor oportunidade para resolvê-lo e superá-lo. - Cultive boas amizades. Falar com amigos sobre amenidades, rir um pouco e jogar conversa fora ajuda a relaxar. Talvez você possa até mesmo falar sobre seu problema se sentir que há espaço para isso, e que confia na outra pessoa o suficiente para se expor. Ouvir outras opiniões pode ajudá-lo(a) a ver as coisas de um modo diferente. - A solidão leva ao tédio. Verifique se há atividades por perto que possa participar. Verifique se em seu bairro ou comunidade há algo que você possa fazer em benefício de alguma outra pessoa ou pessoas. Ajudar os outros ajudará a si próprio. - Atividades físicas são importantes. Correr, caminhar, jogar, arrumar o jardim entre tantas outras atividades ajudarão a relaxar quando você estiver nervoso, chateado ou com raiva. Nesses momentos, caso não tenha outra coisa a fazer, dê uma volta na quadra. É certo que ajudará muito. - Cuide de si próprio. É fundamental para manter o bem estar. Respeite seu corpo, cuide e adorne-o conforme seu gosto. Nada de passar o dia todo de pijama ou camisola porque vai arrumar a casa mesmo. Dê-se o direito de ficar bonito(a), cheiroso(a), etc.… Você merece. Sempre faz isso para os outros não? Faça para você mesmo(a) em primeiro lugar. - Durma e coma bem. Isso não significa durma e coma muito, mas bem. Seu corpo sabe o limite do seu sono, e te acorda sempre quando o limite chega (a não ser quando a vida é muito ruim e não há interesse ou motivação para voltar ao mundo da realidade). Quanto à comida, coma somente o suficiente para que ao terminar ainda fique um pouquinho de fome no fundinho. Coma alimentos saudáveis, o mais frescos possíveis, muita fruta, muito vegetal, e não deixe de tomar água regularmente. Verá como além de sentir-se melhor, seu corpo ainda perderá alguns quilinhos que estão sobrando, devolvendo inclusive a auto-estima. - Lazer é tão importante quanto o trabalho. Tenha momentos livres onde possa fazer o que gosta. Assim eliminará tensões e produzirá hormônios de saúde. Sua energia também será renovada. - Organize-se nas atividades do dia-a-adia. Comece pelo mais importante e faça uma coisa de cada vez. Verá que é possível dar conta de tudo. - Aceite o fato de que as pessoas não são iguais e podem ter idéias e opiniões diferentes das suas. O importante é não se aborrecer com isso. Afinal, você não precisa estar sempre certo, ninguém precisa. Faça opções diárias entre ser feliz ou ter razão e verá que nem sempre precisa ter razão. - Atividade artísticas como música, teatro, dança, desenho, pintura, bordado, tricô, choche, cerâmica entre tantas outras também fazem muito bem. - Mantenha seu espírito abastecido. Abasteça-se de boas leituras, de histórias inspiradoras, e exemplos saudáveis de vida. Creia em alguém ou em algo. Olha para o universo e veja que não está sozinho e que tudo funciona. Acredite que existe um ser organizador da vida, e acima de tudo acredite que você é uma fagulha de um Deus. Se ainda assim, seu mundo parece cinza e a vida sem sentido, procure ajuda profissional.
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Texto retirado do blog do psicólogo Roberte Metring, sendo de sua própria autoria.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Nada é fácil e o medo é natural.

Nada neste mundo é dado de presente: tudo precisa ser aprendido com muito esforço. Um homem que vai a busca do conhecimento deve ter o mesmo comportamento de um soldado que vai para a guerra: bem desperto, com medo, com respeito, e com absoluta confiança. Se seguir esses requisitos, pode perder uma batalha ou outra, mas jamais irá lamentar-se do seu destino. O medo da liberdade que o conhecimento nos traz é absolutamente natural; entretanto, por mais terrível que seja o aprendizado, é pior viver sem sabedoria.
(Carlos Castañeda)

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados.

"Fica-se enamorado quando se dá conta de que a outra pessoa é única." (Jorge Luis Borges)
. "Depois do ridículo, o melhor do namoro são as brigas. E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe." (Luiz Fernando Veríssimo)
. "Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar" (Carlos Drummond de Andrade)
. "Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia." (Carlos Drummond de Andrade)
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sócrates no Shopping Center.

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!' Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa? Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais... A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis,­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse. Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald... Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: - "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"
. Frei Betto (Carlos Alberto Libânio Christo)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Naquele dia... (Walt Disney).

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar.
Decidi não esperar as oportunidades, e sim eu mesmo buscá-las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução. Decidi ver cada deserto, como uma possibilidade de encontrar um oasis. Decidi ver cada noite como um mistério a resolver. Decidi ver cada dia como uma oportunidade de ser feliz. Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações, e que enfrentá-las é a única e melhor forma de superá-las. Naquele dia descobri que eu não era o melhor, e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde. Agora me importo simplesmente em saber melhor o que fazer. Aprendi que o difícil não é chagar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo. Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento.
O amor é uma filosofia de vida. Naquele dia deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados, e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar os caminhos dos demais. Naquele dia decidi trocar tantas coisas …… Naquele dia aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidades.
E desde aquele dia já não durmo para descansar… Simplesmente……. durmo para sonhar!

A porta do Inferno - Roberte Metring.

Jornal Nacional, Jornal da Band, Jornal disso e daquilo. E cada um deles apontando para jornais internacionais que retratam as mesmas notícias, como se a criatividade jornalística já tivesse sido substituída por um marasmo intelectual fora do comum para qualquer mortal que uma vez na vida tenha sentado num dos bancos escolares. Sinto como se os editores tenham desenvolvido a competência para separar o joio do trigo e publicar o joio. Li isso em algum lugar, e julgo tratar-se de uma verdade. Desastres naturais e artificiais (!?), catástrofes, miséria, morte em massa, à rodo, aos cântaros, à granel, de todas as formas. Doenças velhas substituídas por doenças novas: tratamentos, remédios, químicas, vacinas... Hoje assisti ao jornal que dizia que a culpa da obesidade é de uma bactéria. Fora os transtornos metabólicos, sempre acreditei que era culpa da boca, da qualidade de vida, do estresse. Que bom, agora já posso culpar minhas bactérias intestinais pelo efeito sanfona (confortem-se gordinhos e gordinhas, vocês também podem culpar, e se quiserem, até contratar um investigador particular para encontra-las e chacina-las). Por falar em chacina, todos os dias mortes violentas provocadas por pessoas que se dizem vingadoras de Deus, como se Deus, fosse um mafioso que precisasse contratar capangas para resolver seus problemas. Ele simplesmente ativa um vulcãozinho aqui, um Tisunamezinho ali, talvez um ventinho mais forte em alguma costa, quem sabe até ele não quebra um caninho que tira petróleo do fundo do mar, não seria mais fácil para ele que ter capangas vingadores? Fora isso, as depressões, as angústias, as tristezas e ansiedades. Os amores não resolvidos ou não correspondidos, as possessões amorosas, o ciúme, a grosseria e falta de tato ou gentileza. Pessoas sendo tratadas como objetos, e objetos sendo tratados como pessoas. Felizes os animais, que acabaram ganhando o status privilegiado de filhinho da mamãe, filhinho do papai, irmãozinho da família, onde a criança em casa é um animal, e o animal uma criança. Os profissionais da educação deseducam, os profissionais da saúde promovem doenças, o governo não governa, a segurança é feita por bandido, e a bandidagem pelo pessoal da segurança. Policiais se protegem dentro das delegacias e cubículos bem reforçados, contra bandidos. Os bandidos agem à luz do dia, de cara limpa, assaltando policiais. Ah que saudades do tempo em que a gente não temia a polícia, a respeitava, mesmo em pleno AI5, para os menos reacionários. A paixão acaba e é substituída pela sensualidade, Deus é um objeto de consumo, um amuleto contra mal olhado. ao qual recorremos para conseguir algumas coisas uteis à nossas vidas. Excesso de religião e falta e de religiosidade. Esquecimento do templo da vida, o corpo e a alma humanas, e a construção de cada vez mais templos de pedra e deuses de ouro. O amor, ahhhh o amor. O que é isso afinal? Como está fácil complicar a vida, e difícil vive-la de forma simples. Temos o consumo tomando o lugar do insumo, o objeto tomando lugar do sujeito, o amor às coisas e o uso das pessoas. Por que tudo isso???? Por que uma reflexão tão estranha aos meus moldes de pensar??? Porque me peguei perguntando: se nesse momento eu encontrasse a porta do inferno, será que iria ler nela ENTRADA ou SAÍDA? Melhor tomar cuidado, pois já dizia Dante: O que tua mente espera logo surgirá à tua visão (e é sempre assim.....).
Roberte Metring
- Graduado em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná, e espelizalista em Psicopedagogia.

"Ser feliz, ou ter razão?"

Indiscutivelmente, sempre existiram dúvidas. Dúvidas no agir (ou reagir), em pensamentos, nas escolhas, nos conhecimentos dados, nas reações humanas, sobre comportamentos, sobre direções... Dúvidas, dúvidas, dúvidas! E as respostas? Cabem em você? (...) Não cabem em mim. Tive uma aula reflexiva no final de semana que, inclusive, aumentaram o tamanho e a complexidade das mesmas. Mas, como já disse o próprio professor do final de semana, que no momento em que ele tinha as respostas, todas as perguntas já haviam mudado, então, mais vale ter uma boa pergunta do que perder tempo tentando encontrar uma resposta, apenas! Tudo muda, constantemente, e as perguntas, que surgem desde "ser ou não ser?" até as mais variadas possíveis, habitam o (in)consciente e retiram nossa energia em diversos momentos.
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O que o ser humano busca, no que realiza? O que faz uma pessoa estudar, trabalhar, dançar, cantar, investir nisso, ou naquilo, continuar num relacionamento vicioso, alegre ou triste, o que impulsiona os seres humanos? O que lhe dá prazer, atualmente? Onde é o depósito de felicidade, em você mesmo? Quem é a pessoa mais importante no mundo em que você vive? Quem você é, hoje? E como o que aconteceu ontem, influenciou você de alguma forma hoje?
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Já respondeu a estas perguntas em algum momento? Já fez uma íntima reflexão sobre o que elas representam diariamente, e o que elas podem significar em você mesmo? --
Desde crianças, estabelecemos uma relação de aprendizado e imposições impostas por famílias, cultura, religião, que cresce conosco e nos dá direções, limites e em que acreditar - Seja lá como isso deva-se chamar! - Somos treinados para pensarmos a respeito daquela profissão sempre falada no meio familiar, no sonho não realizado ou frustrado de alguém, com quem se relacionar. Daí crescemos com estes "programas", estabelecemos determinada ordem de importância entre eles, e, sem percebermos, somos instruídos a nos tornarmos o que a sociedade deseja e espera de nós mesmos. Em um sentido mais amplo, temos a definição de que razão significa "Faculdade de avaliar, julgar, ponderar idéias, raciocinar, inteligir; Quociente, divisão; Causa de algo". Ou seja, a "razão" que carregamos, neste ponto, traz o significado de termos regras já pré-estabelecidas que devemos seguir, impostas muito antes de que pudéssemos considerar isso inapropriado, ou não. E o "ser feliz"? ... Definição: "Estado de satisfação que experimentamos pela posse, real ou em esperança, daquilo que amamos." - Gênesis 30:13. E ainda posso acrescentar: em ter nas mãos tudo aquilo que nos dá prazer. Prazer em relacionar-se, em conversar, estudar, pintar, telefonar, cantar, escrever, correr, se maltratar, consumir, comer... e tudo o mais que os seres humanos encontram uma resposta feliz e prazerosa no que gasta energia. Ninguém sustenta um sofrimento se não encontra prazer em algo ou alguma coisa, ao realizá-lo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Amor.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes o amor.
. 1ª Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 13 (1-13)

Relações.

Você estava apaixonada (o) por alguém e levou um fora. Ou você amava alguém, mas mesmo assim não estavam bem juntos e decidiu acabar. Ou se decepcionou e pulou fora. Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça (ou mulher). Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios?
Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação.
Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, não quero mais saber daquele prepotente, desapareça, um, dois e já! Parece que funcionou. Você sai na rua para testar. Sim, você conseguiu: olhou vitrines, comeu um sorvete e folheou duas revistas sem derramar uma única lágrima. Até que começa a tocar uma música no rádio e desanda a maionese. Você não tirou coisa alguma da cabeça, ele ainda está lá, cantando baixinho pra você. Táticas. Não ficar em casa, pensando. Descole uma festa e produza-se. Você bem que tenta, mas nada sai como o planejado. Os casais que se beijam ao seu lado são como socos no estômago. Você se sente uma retardada na pista de dança. Um carinha puxa papo com você e tudo o que ele diz é chato. Você não suporta ninguém. Chamem o EccoSalva. Livros. Um ótimo hábito, mas em vez de abstrair, você acha que tudo o que o escritor escreve é para você em particular, tudo tem semelhança com o que você está vivendo, mesmo que você esteja lendo sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia. Viajar. Quem vai na bagagem? Ele. Você fica olhando a paisagem pela janela do ônibus e só no que pensa é onde ele estará agora, sem notar que ele está ali mesmo, preso na sua mente.
Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai. Acreditem, uma hora você ACORDA e percebe que já passou.
(Autor desconhecido)

Bom de ler.

Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere... Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km. Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha. Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos. Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago. Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano. E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda! Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca! Conversa é melhor do que piada. Exercício é melhor do que cirurgia. Humor é melhor do que rancor. Amigos são melhores do que gente influente. Economia é melhor do que dívida. Pergunta é melhor do que dúvida. Sonhar é melhor do que nada! (Autor desconhecido)

terça-feira, 1 de junho de 2010

June... Welcome!

E... Que venha o mês de junho! A fartura de comida, as quadrilhas, as cores vibrantes, o casamento matuto, e muito forró! Aquele forró bom de ouvir, de dançar, de curtir (!) Que Santo Antônio ouça as simpatias das mulheres solteiras, que as saias sejam sempre muito coloridas, que ninguém esqueça o chapéu de palha, e que os balões (sempre seguros) brilhem nas noites de fogueira! Mês que decididamente eu espero ansiosamente, ainda traz energias verde e amarelas com ele... Anavantur Brasil (!)