domingo, 22 de janeiro de 2012

... Sobre escrever.

"Depois de tanto lhe ouvir Clarice, descobri que escrevendo vou desconstruindo a minha complexidade interior e transformando a minha essência fragmentada em vida. Descobri que escrever é o bom senso que me dobra e me recupera de dores emocionais, mesmo após revelar minha incapacidade de traduzir alguns dos meus tantos sentimentos; como por exemplo, o amor…  Mas, ainda assim, após tantos questionamentos que sobrecarregam a minha essência, confesso que alguns eu já consigo decifrar. Decifrar e entender! E entendo, porque ao escrever o que sinto, me organizo inteira e volto a ser leve, feito “pétala que voa”."

Palavras de Érica Gaião
-
E eu, em falta com minha desconstrução de complexidade. Estas palavras caíram como uma luva por aqui.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Surpresa [boa]

"O trabalho move o mundo. Sustenta pilares. Envolve emoção, energia, razões sociais. Influencia seu humor, seu relacionamento, sua capacidade de superação e de liderar a si mesmo. Determina classes econômicas, influencia a auto-estima e o bom reconhecimento social. A saúde é a base principal e sustentadora de todas as pontuações acima. E eu: apaixonada pelo que faço."

Encontrei esta descrição em alguns arquivos meus. Escrevi a um tempo para um determinado trabalho feito e para minha surpresa, acabo me reencontrando comigo mesma. Acabo reafirmando respostas em pleno domingo e posso dizer: bom de ter.

"Seja a mudança que quer ver no mundo"



sábado, 7 de janeiro de 2012

Idade - idosa (desabafo)

A uma semana do meu aniversário. Este, a ser comemorado dia 14. Não sou adepta à tristeza de ficar mais velha (pelo menos não agora, no auge da juventude), mas de fato, minha idade demasiadas vezes me incomoda. Denuncia meu caos interno, mexe com minhas expectativas, agita meus planos - e definitivamente me contradiz. 
Costumamos rotular muitas coisas, e entre elas, o quão uma pessoa pode assumir responsabilidades pela sua idade - não só pela pouca, como pela sua demasia. Associamos à padrões: rotulamos mulheres e homens com seus 20 e poucos anos, com seus 30, com seus 40, 50, 60... cada um com sua especificidade e características do gênero. 
E com isso, acabo tendo que conviver com a rotina de ouvir de todos os lados que não pareço ter a idade que tenho: relacionamentos, amizades, chefias, profissionalmente - e posso dizer com toda a certeza: cansa. 
E por Deus, juro que se eu não tivesse trabalhado mentalmente o bombardeio com a responsabilidade desde cedo de tomar decisões, acabaria acreditando que não tenho mesmo grandes capacidades de decisões sensatas [e maduras].
Tenho minhas confusões, minhas tão variadas dúvidas, inseguranças, medos, com meus tão poucos e palpáveis 20 e poucos anos, e tenho muito, mas muito o que aprender ainda. E digo que é na tentativa de acertar e de aprender com o outro que se escreve o livro recheado de histórias, de aprendizados, erros, acertos, vitórias e muitos sorrisos distribuídos. Não são os 20 e poucos anos que faz de alguém imaturo, ou sem articulação para tomada de decisões. São os exemplos, as metas, os objetivos e onde se quer chegar na vida. São as experiências vividas, a paciência para ser bom ouvinte, a capacidade de aprender com erros dos outros, a lição que é retirada de todas as oportunidades dadas (e retiradas). É a vontade de superação, de crescimento, e saber exatamente o seu lugar no mundo. 

Enquanto isso, sigo meu caminho árduo até meus 40, ouvindo frases como estas abaixo:
"Confesse, você é uma quarentona disfarçada e conservada"
"Não é possível que eu, no meus 50 anos esteja pedindo conselhos a uma menina"
"Você tem mesmo a idade que tem?"
"Você já fez isso tudo mesmo?"
"Como você é velha mentalmente"...
(...)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Avaliações,

... e reflexões necessárias. Querendo colocar ordem na casa, redesenhar os planos, repensar as ações e as tantas consequências de escolhas feitas para o resto da vida. Querendo provar outros sabores, aprimorar qualidades, aproveitar a idade, começar de novo. 
Realinhando objetivos. 


F e c h a d a - p a r a - b a l a n ç o.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que mais você quer?

"(...)
É quase um pecado confessar: sim, quero mais.
Quero não ter condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. A cada manhã exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estréia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.
Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa.
Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito abençoáveis.
Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as coisas que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.
E na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa para mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir.
O que eu quero mais? Me escutar e obedecer meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, maridos, filhos e bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã.
E quero mais tempo livre. E mais abraços. E receber mais flores.
Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem."

Martha Medeiros

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

...

"E sinta-se abraçado, com todo o carinho guardado comigo. Acolhido, com meus dois braços abertos. Confortável, para entrar e espalhar-se pela sala. Sinta-se à vontade, para voltar quantas vezes quiser."



domingo, 1 de janeiro de 2012

2012.

E chega o tempo que é preciso deixar as coisas pra trás. De vibrar com o início de mais um ano. Olharmos pra frente e vermos a oportunidade de traçar novos caminhos, de percorrer os meses todos novamente já vividos, assim como nas tantas possibilidades e mistérios que é marcar mais datas comemorativas, e lembranças. Nos preparamos continuadamente para as novidades. Pensamos em nos dar mais oportunidade. Em fazer diferente - ou continuar fazendo igual. E pergunta-se se o ano que inicia nos trará algo melhor do que o que acabou de passar.
(...)
Mas será que é só isto?
"Feliz Ano Novo" está presente em todas as línguas, de todas as formas, das mais variadas maneiras e expectativas - e com os mais diferentes rituais de espera. 
Reunindo toda a boa energia necessária para construção de mais uma etapa. Com amor, luz e bênçãos - e se não for pedir muito, com muitos sorrisos distribuídos de felicidade. 

Um bom ano para todos - é o que todas as minhas melhores energias desejam!