segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Dezembrando...

E eu não poderia deixar de vir aqui (não justamente em dezembro).
É tempo de sentimento bom. Das melhores energias amontoadas. De sorriso no rosto.
 
É tempo de permissividade para o melhor que temos. É tempo de multiplicar o melhor que somos. Tempo de perceber o outro. De plantar bons frutos. De colher abraços e de multiplicar amor.  
 
Esse tempo... Que está representado em cada olhar infantil. Nas melhores confraternizações em família. Em cada deslocamento justificado para receber um afago. Na oportunidade em aproximar-se do outro, e, com sorte, saber um pouco mais da vida de quem não temos oportunidades de encontros.
 
De um modo geral... (deixando o capitalismo de lado, as oportunidades em falso e manipulação em massa para consumo)... Vejo brilho nos olhos de quem tem amor por essa época. Vejo oportunidades.
 
Guardo boas lembranças comigo e os melhores presentes diários. Bons amigos. Conquistas. Um leque novo de sentimentos. De aprendizados. Gratidão.
-
Se possível, Deus... Leve uma brisa de amor para todos aqueles que amo.

sábado, 17 de novembro de 2012

... preciso (!)

Precisando de um abraço e de uma coxa pra encostar minha nuca.
Precisando olhar pra o céu e divagar sobre as infinitas desordens que organizam o mundo.
Precisando - urgente - do melhor que há de mim espalhado por todos os cantos meus.

... novembrando.

Outubro por aqui passou despercebido... e é uma pena.
Embora a reflexão e a análise de atitudes tenham feito parte dos meus dias e dos momentos de cabeça no travesseiro, escrever é uma das partes que coloca as coisas no lugar.
Precisando alinhar diversos pontos, vírgulas e reticências. Precisando virar algumas páginas, administrar as inúmeras informações surgidas, e traçar capítulos novos. E como todo brasilerio que se preze, preparar o terreno para começar mais um ano fazendo uma retrospectiva de tudo que foi aprendido até agora.
As coisas tem acontecido numa intensidade absurdamente estranhas. O tempo passou numa velocidade que me deixou com exaustão. Lembro que há exatamente um ano atrás estava me despedindo de pessoas, traçando novas metas e recalculando o percurso. Não parece, mas já faz um ano (ao mesmo que me assusto com a rapidez, a estranha sensação de que vivi uns 05 anos não sai de mim)... é no mínimo pouco convencional. Aprendi tanto e vivi sensações tão incríveis que me deparei com uma Amanda que não conhecia. Conheci sentimentos inexplorados em mim mesma, e foi uma viagem fantástica de descobertas.
Talvez tenha sido o ano que mais naveguei por mim mesma. Que mais percorri em mim, e ao qual tive mais surpresas. Aprendi a lidar com renúncias. Olho para ciclos e encaro a mudança com mais naturalidade. Suportei a saudade. Velhos paradigmas foram quebrados e preconceitos encarados. Sigo passos de quem quer viver com lucidez e sorrisos abertos [escancarados].
Estou diferente. Me sinto diferente. E embora eu às vezes sinta que as pessoas não acompanham as mudanças, começo a senti-las cada vez mais - e com mais intensidade.
De todos os momentos, tive prazeres desconhecidos e surpresas não quistas também. Provei de alguns amargos. Nem sempre aprovei as sensações surgidas e a vontade de fazer diferente esteve presente por vários momentos. Mas vamos aprendendo que nem sempre as coisas são da forma como gostariam que elas fossem... assim como as escolhas nem sempre dão bons frutos como gostariamos que dessem.
Mas estou treinando. Plantando. Frutos que dentro de mim, são os melhores.
E das certezas que carrego hoje... uma das poucas é de que quero multiplicar sempre... muito amor.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

...

... E que Deus abençoe meus próximos passos.


Introspecção. 

[ Reorganizando a casa ]

Diálogo sobre felicidade.

- E o que é felicidade para você?
Surpreendendo-a, ele a assustou, dizendo:
- A felicidade não existe, Anna...
Apreensiva, ela subitamente inquiriu:
- Você me amedronta! Qual é a esperança para os que vivem na miséria emocional? O que posso esperar da vida, se tive tanta riqueza exteriormente e tão pouco dentro de mim?
Marco Polo completou:
- A felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta ou camada social. A felicidade é uma eterna construção.
- Como contruí-la? - respirando, aliviada, ela indagou.
Como um contador de histórias que passeia pela psicologia, ele fitou seus olhos e discorreu:
- Reis procuraram aprisionar a felicidade com seu poder, mas ela não se deixou prender. Milionários tentaram comrá-la, mas ela não se deixou vender. Famosos tentaram seduzi-la, mas ela resistiu ao estrelato. Sorrindo, ela sussurrou aos ouvidos cada ser humano: "Ei! Procure-me nas decepções e dificuldades e, principalmente, encontre-me nas coisas anônimas da existência." Mas a maioria não ouviu sua voz, e os que a ouviram deram pouco crédito. Ser feliz é capaz de dizer "eu errei", é ter sensibilidade para falar "eu preciso de você", é ter ousadia para dizer "eu te amo".
-
E esse foi um dos trecho mais belos que li do livro "O futuro da humanidade", de Augusto Cury.

domingo, 2 de setembro de 2012

Setembro.

Postagens mensais parece que ficaram frequentes. Administração do tempo para idéias, trabalho, aprendizado, estudos e viagens me deixam cada vez mais distante de um hábito que adoro: divagar e escrever sobre as variadas sensações cotidianas (e experiências amontoadas).
 
No momento, com um turbilhão de coisas e sentimentos me corroendo por dentro - se estivesse no lugar de uma balão de festa, gostaria que alguém me estourasse (e paft!) - encerrada sessão confusão.
 
Com saudades. Com desejos. Com carências. E querendo tanto da vida... Com imediatismo, com amor... E transcendendo verdade. Difícil? Não deveria ser, se assim fosse algo natural e normalmente conduzido pelas pessoas com fluidez. Porém, dos resultados que obtemos hoje em dia, naturalidade, verdade e valores não é de longe... Fácil de encontrar em qualquer esquina.
 
Precisando do lado mais belo da vida. Precisando da arte, da verdade, da poesia. Querendo ouvir o canto, a sintonia de melodias, a fluidez de passos de dança. Querendo [e necessitando] do melhor que podemos produzir. Do melhor que podemos ser.
 
(Suspiro)
 
Querendo amor.
 

domingo, 5 de agosto de 2012

O que me faz amar um homem.

Eu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.
É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.
Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.
Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.
Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.
Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisantes e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir. Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.

Simples assim.

(Ailin Aleixo)

Liberta.

"Até alguns anos atrás, eu costumava dizer frases como “eu jamais vou fazer isso” ou “nem morta eu faço aquilo”, limitando minhas possibilidades de descoberta e emoção. Não é fácil libertar-se do manual de instruções que nos autoimpomos. Às vezes, leva-se uma vida inteira, e nem assim conseguimos viabilizar esse projeto."

E este pequeno trecho de Martha Medeiros me caiu como uma luva em plena noite de domingo. Com milhões de pensamentos e sentimentos explodindo por dentro, e uma confusão que por si só me deixa sem ação (e sem palavras).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

...


Tempo de casa cheia e coração habitado; tempo de sentimentos dançando do lado de dentro. Tempo que renova os nossos desejos e clareia a nossa intenção com relação a tudo aquilo que existe em nós. O tempo! Único capaz de se sobrepor aos fatos e ganhar o exaustivo embate entre razão e sensibilidade.
[Érica Gaião]

E isso não é lindo de ser dito?

Querendo...

...Mais música, mais dança, mais arte. 
Querendo mais presença, mais palavras, mais abraços. 
Querendo mais.
Dizem que quando se quer muito a vida acaba se encarregando de nos retribuir com pouco, mas não acredito. Quando se quer muito tudo que nos faz bem e nos dá sorrisos, não há como ter retribuição de menor felicidade se for para o bem de todos. Se for para o melhor do coração de todos. Se for para nossa contribuição de bem estar pessoal que é intransferível, única e todinha nossa (sendo bem redundante).
Quero mais sentimentos recheados de desejos. Quero transparência, conversas sem uniforme, quero mais leveza. Quero que no dia a dia o caminhar seja mais ameno, que os pés atrás deem passos a frente, que os olhares sejam sinceros.
Não quero muito.
Quero o meu suficiente pra ser feliz, e isso, não canso de querer.
-

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Útil.


Frio.

Daqueles bons de sentir. 
Um friozinho no pé da barriga daqueles que só sentimos quando algo de bom está para acontecer em curto espaço de tempo, para tão logo nos fazer feliz.
Daquele tipo de frio que nos dá vontade de chegar cada vez mais junto, para se aquecer mais rápido, com vontade imediata de se fazer presente.
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Um frio... que quero que permaneça tempo suficiente para retirar bons sorrisos do rosto, beijos amontoados e abraços demorados.
Como vai ser bom tê-lo novamente perto.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ao meu lado.


Sim. Estamos juntos. 
Era difícil imaginar manter a chama acesa com a distância. Era difícil crer que o sentimento podia durar com tantos quilômetros bem ali, no meio, fazendo-se mais presentes que o abraço quente do pessoalmente e com tanto desejo de quero mais nos lábios. 
Ele foi meu aconchego mais certo. Meu colo mais amigo. Minha reinvenção mais adorável. Foi minha melhor descoberta dos últimos tempos e eu estava ali... prestes a dizer um adeus doloroso e seguir outros caminhos.
Carreguei de volta toda a vontade de dar certo. Carreguei também todas as incertezas possíveis e um  desejo enorme de reencontro. Fomos alimentados diariamente por doses de companheirismo, preocupação, sincronização, divisão de momentos e continuidade de afeto que por si só, falaram mais alto - e ainda gritam. 
As saudades doem, sim. A vontade do abraço apertado e da pele colada à dele, cresce todas as vezes que nos falamos, que contamos um do outro, que nos aproximamos mais da realidade de ambos e desejamos fervorosamente o toque, o beijo, reviver todos os bons momentos vividos.
Hoje, carrego as incertezas normais que a vida nos faz sentir, mas carrego também o tão mais intenso desejo de tê-lo novamente próximo, fazendo de mim melhor por estar ao seu lado, e de desfrutarmos incansavelmente todos os mais belos presentes diários da convivência.
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Feliz pela surpresa. Pela reafirmação da presença. Pelo carinho.
Um anjo - que chegou na hora certa.

Reflexiva...

... e praticando a arte da introspecção. 
Hoje analisando as voltas - diversas voltas - que o mundo nos faz dar e o quanto a viagem longa nos faz parar diversas vezes em lugares diversos, adquirindo mais pessoas, mais momentos, mais imagens guardadas, mais sentimentos. 
Pensando na quantidade de caminhos que temos. No que nos faz fazer escolhas cotidianamente, no que nos faz feliz e distribuir sorrisos, abraços... Paz.
Refletindo sobre o que nos faz permanecer em missões, no que nos incentiva a continuar persistindo, nos motivos que carregamos para trilhar o melhor caminho e nas ações que nos faz ter encontros com nós mesmos sempre. 
Esses dias também me perguntei se por acaso me arrependera de algo em situações diversas (que surgem como retrospectiva rápida e intensa na memória sem pedir permissão)... Acabei concluindo...
Que já me arrependi de não dizer "eu te amo" por medo de não receber um "eu também";
De não dar um abraço forte em alguém que amava muito com receio de parecer frágil;
De ter sido dura, por vezes ácida, por não compreender em altura que cada pessoa tem seu limite próprio e intransferível de evolução;
Já me arrependi de não estar mais presente em tardes coloridas com a família por ter outras prioridades;
De muitos "me perdoe" não dados; de palavras jogadas sem pensamento prévio; de reflexões não feitas. 
...
Mas também descobri que ao mesmo tempo que me veio o sentimento de arrependimento desses e de tantos outros momentos, que também chegaram aprendizados mais sólidos. Posições mais leves. Posturas mais flexíveis e olhares mais amenos para as várias paradas que a vida nos faz dar.
Hoje, sem precisar dar mais explicações, valorizo com maior intensidade abraços - encontros - sorrisos - peito aberto - simplicidade - conversas sem uniforme - gargalhadas sem (pré) conceitos e pés no chão bem mais que antes.
Hoje permito me despir de energias não quistas, de pessoas non gratas, de situações que não me libertem. 
Hoje, grito possibilidades.
A esse processo, dou o nome de aprendizagem.

domingo, 27 de maio de 2012

Nota.

É... Eu não estou bem. Não me sinto. Não me toco. Não me vejo. Não me escuto.
[confusão]
Naqueles dias em que o que mais se quer é sentir-se compreendida sem falar nada, sem pedir nada... 
Sem dar explicações.
Naqueles dias em que um cafuné sem pressa, a presença da intimidade legítima, a delicadeza do improviso e o olhar com amor faz falta. 
-
Sem mais pra hoje.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Palavras perfeitas, para quem transborda amor.


Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles que mais sofrem, seja lá por que sofrem. Desejo que os nós que apertam o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias até encontrar o seu tesouro. Que quando encontrá-lo, não seja avarento. Que descubra maneiras para compartilhar a sua felicidade, o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, e sentir medo de ser carregado junto com tudo o que parecerem arrastar, você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-lo. Que já saiba maneiras de respirar mais macio, quando as circunstâncias lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante para nunca desistir de você.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia da poesia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia que cada onda diz. Que, ao experimentar um caixote ou outro, não se arrependa por ter entrado na água, nem desista de brincar. Todo mundo experimenta um caixote ou outro, às vezes um monte deles, quando se arrisca a viver. O outro jeito é estar morto. O outro jeito é não sentir.

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos, nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para ser feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, mais partilhe, com medo cada vez menor, a beleza que desde sempre você é. Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir.

Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. Amor incondicional, exatamente como neste instante. Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, isto que sinto por você, eu sei, não muda nunca mais.

(Ana Jácomo)

Ausência.

Minha ausência por aqui se fez sentir (em mim).  
Tenho lido palavras com essência, texto que edificam e tenho excedido minha cota de sentimento, mas a interiorização está se fazendo presente cotidianamente. 
Em transição e com vontades transbordando. Com confusões e com amontoados de desejos íntimos, só meus. Crescendo, brigando, errando e sendo humana na maior parte das vezes (por que a outra parte não me identifico). Sofrendo e cantando em dias como hoje. Em conflito e querendo gastar toda a energia acumulada guardada comigo. Expectativas crescendo, ansiedade se intensificando - e eu, querendo (querendo, querendo...). Ainda aprendo a domar essa intensidade toda que excede em mim.

Deixo para leitura o poema abaixo, que instantaneamente se faz um dos mais lindos que já li sobre a natureza da saudade, retirada do blog da Ana Jácomo. 

"Estava na casa do irmão, quando a sobrinha, criança na época, demonstrou tristeza no momento em que a tia comentou que havia chegado a hora de ir embora.

- Você vai me deixar sozinha? 
- Não, querida, você não vai ficar sozinha, vai ficar com a sua mãe e com o seu pai...

A menina, numa dessas sábias tiradas amorosas que criança diz sem cerimônia, e adulto, por mais que sinta tão sinceramente, tantas vezes fica encabulado pra dizer, mandou esta:

- Eu sei, mas eu vou ficar sozinha de você!"
(...)
Perfeito, não?

domingo, 29 de abril de 2012

E quando a saudade doer?

E quando tudo que se quer é abraçar e ter novamente tudo aquilo que um dia se fez sentir?

domingo, 15 de abril de 2012

... aprendizados sutis.


"Porque a vida ensina o valor de cada coisa, e com o tempo a gente aprende… Aprende a sentir com suavidade e delicadeza o seu encanto; aprende a não desperdiçar nenhum instante de ternura e abraçar com coragem, tudo aquilo que ela derrama sobre a nossa existência, como um ato de amor e generosidade."


domingo, 8 de abril de 2012

Palavras soltas.

Fala-se muito no aprendizado que o tempo e que as tantas experiências de vida acrescentam à nossa jornada neste mundo. Mas o que de fato tenho comprovado ser de extrema verdade é que com ele (o tempo) as coisas se tornam mais palpáveis. Por hora, nostálgica e avaliando as tantas intervenções e momentos já vividos. 
Tenho analisado o que de verdadeiro fica nas nossas lembranças. O que se torna dispensável recordar, e o que queremos indispensavelmente não esquecer.
Permito-me viajar nas lembranças e me encontro cada vez mais com a menina que fui em tantas opções e falas fartas de razão. Permito-me crescer e me encontrar com o sonho imposto, com o quisto, com o solto, com o indispensável. Criticando nossa frequente justificativa de falta de tempo que nos absorve e nos abstém de momentos preciosos. Sabe aqueles trechos de filme em câmera lenta que nos permite uma breve visualização de recordações? Se fazem cada vez mais presentes. 
Hoje sei do que é composto a saudade. Do quanto de sentimentos bons o momento de reencontro tem. E do quanto o coração dói quando não podemos dar um último adeus à alguém que amamos. 
-
A tristeza de um luto não consentido vem se fazendo presente. E quando se perde alguém que fez parte dos seus melhores momentos enquanto criança e adolescência e unido ao luto carrega-se a culpa de não ter dado o último abraço a tristeza parece que judia. Com sua ida se foi a referência de pai, as lembranças das travessuras infantis e dos melhores anos da minha vida. Gostaria de olhar nos seus olhos novamente e pedir-lhe desculpas pelas vezes que com tanta urgência da vida não tive paciência para seus conselhos ou necessidades. Gostaria de ter me despedido. De olhar nos seus olhos pela última vez e dizer-lhe o quanto o amava e o quanto era grata pela sua interferência na minha vida. 
Com um luto só meu e que ainda não cicatrizou. Que dói, sufoca, aperta. 
Vô: de onde quer que o senhor esteja, perdoe-me pela distância que me colocou longe nos seus últimos meses de vida e pela correria que nos afastou mesmo quando eu estava perto.
Senti muito sua partida e estou sentindo sua falta.



terça-feira, 27 de março de 2012

Nota.

Sabe quando tudo parece fazer sentido? Quando as respostas aparecem sem a menor pretensão? 
A sensação é um quebra-cabeça sendo montado peça a peça na sua frente em perfeita sincronização. 
Olhei para o meu passado hoje e senti orgulho do que vi. Da história construída, dos investimentos feitos, das dificuldades passadas, dos tantos erros cometidos e principalmente... Das pessoas que tive. Me permiti respirar fundo para começar a tecer uma nova história novamente, e baseada nas lições aprendidas em tantas situações passadas me senti responsável pelos frutos colhidos favoravelmente ao meu favor atualmente. 
Uma história com tantos altos e baixos, com tantos exemplos de vida, com tantas escolhas, renúncias e abraços fartos. Com tanto amor, simplicidade, esforço, dedicação. Nem sempre se tem noção do quão importante são as pessoas que foram colocadas no nosso caminho. Do quanto elas nos amam. Do que elas seriam capazes de fazer para se ter um mínimo alívio de preocupação da testa. Mas é exatamente na oportunidade de aprender com o passar do tempo o devido valor que cada pedacinho da gente espalhado por aí tem, que nos faz ser melhores a cada dia. 
Fazendo um balanço hoje de tudo o que Deus me presenteou em contribuição para me tornar a pessoa que sou hoje, só tenho a agradecer pelo carinho com que Ele me destinou cada vírgula. E o agradecimento também se estende às reticências, às interrogações sem respostas, às surpresas e aos tantos pontos finais dados sem explicação. De todo o t-e-m-p-o gasto, investido, usufruído.
Hoje sei que nem sempre é possível voltar para dar o último abraço. Para dizer aquela palavra mais doce. Para dar aquele carinho despretensioso, ou abrir aquele sorrisão desarmado. 
Hoje sei que todo tempo vivido com leveza ainda é pouco, que todo abraço sincero ofertado é o início, e que toda lágrima que derramamos nos acrescenta sempre com algo maior. 
-
É, estou especialmente nostálgica hoje, mas também estou permissiva pra isso. 
Curtindo o momento. Saboreando as lembranças... E me tornando mais humana com elas.


domingo, 25 de março de 2012

Sobre o amadurecimento.

Li estas palavras hoje e posso dizer que me fizeram refletir, além também de me emocionarem por ter me enxergado nas entrelinhas quando faz menção às cobranças internas. Recomendo o saboreio do texto. Nos dias de hoje refletir sobre a pressa e imediatismo a todo custo faz toda a diferença para nós - e para as nossas crianças.
Boa leitura!

"Os jovens de hoje em dia têm muita pressa. Por um lado isso é bom, pois isso representa o oposto do comodismo, mal que afetou muitas gerações passadas. Eles são mais questionadores, querem inovar o tempo todo, nadam de braçada nas novas tecnologias, têm alcançado altos postos nas organizações e patrimônio cada vez mais cedo. 
Mas essa afobação toda traz também uma carga negativa: eles não estão se dando tempo e nem mesmo espaço para um amadurecimento consistente.

As pessoas continuam precisando de um conjunto de experiências refletidas para poder amadurecer. Com a pressa que o mundo impõe hoje, muitos pensam que migrar de uma experiência profissional para outra é suficiente. Na minha visão, porém, esse movimento pode não ser um crescimento consistente. Cada transição precisa ser refletida antes que o novo ciclo se inicie e o atual se transforme em efetivo aprendizado. A maturidade ainda está muito ligada ao conceito de envelhecer. Por isso, talvez, o termo apresente alguma resistência.

Certa vez, li um artigo em que o autor dizia que amadurecer não significa perder o encanto, ficar velho. É apenas saborear com menos pressa. Não é perder a vibração, deixar de se encantar com o novo, mas tratar disso com mais responsabilidade. Gosto muito dessa percepção. Antes de expor toda a sua bagagem para o mundo, ela precisa ser interiorizada e isso demanda tempo, dedicação, atenção. Mas, com essa corrida desenfreada, quem encontra tempo? Com tantas cobranças, quem se permite parar?

Nós - e aí incluo os pais, a sociedade e a escola - estamos acelerando ainda mais esse ritmo dos jovens, cobrando como se eles não tivessem o direito de errar, como se eles tivessem obrigação de estar totalmente encaminhados na vida profissional aos 20 anos e sem o direito de fazer alguma mudança aos 28. Se uma criança não tem sua agenda repleta de atividades, sentimos culpa por talvez estarmos "atrasando" nossos filhos ou tornando-os obsoletos para a entrada na sociedade produtiva! O que é isso? Preencher agenda, na verdade, resolve também a falta de tempo para estar com eles.

A cobrança é tamanha que jovens com menos de 30 anos se desesperam se descobrem que não estão contentes com suas escolhas do passado recente e que desejariam mudar de rumo. Nessa sociedade imediatista, eles aprendem que um recomeço a essa altura da vida - que altura? 28 anos? - significa que eles estão fadados a ficar para trás na competição do mundo corporativo. Agora, eu pergunto: quem disse isso? Quem falou que a pessoa não pode mudar sua carreira aos 30, aos 40, aos 50 e ser bem-sucedido? Ou melhor, ser mais feliz, ou feliz novamente com um novo amor?

Percebo, nesse corre-corre, que o movimento está se refletindo também no ensino. Basta ver o perfil dos alunos nos cursos de MBA. Originalmente, a proposta desses cursos era que o profissional voltasse para a escola depois de alguma experiência vivida para e reciclar, aprimorar conhecimentos e, acima de tudo, aprender com a troca entre os colegas de turma.

Hoje, você entra em uma sala de MBA e grande parte é formada por jovens que mal saíram da faculdade e se sentem cobrados por fazer uma pós-graduação imediatamente. Pipocam de um curso a outro para engordar o currículo e nem ao menos avaliam o quanto aquele conhecimento realmente está sendo absorvido ou se os objetivos estão de fato sendo atingidos.

Amadurecer é ter a capacidade de organizar a própria vida. Se você é jovem, não tenha tanta pressa. Nada vai sair do lugar. Crianças continuam nascendo em nove meses (agora se contam em semanas, parece que para acelerar o tempo, não?).

Quanto mais reflexões embasarem as suas decisões, menores serão as suas chances de errar. A maturidade consistente só virá se você souber sugar suas experiências e conseguir, de fato, aprender com elas. Pare, respire. Pense sobre o que aprendeu até aqui, o que te faz bem, o que te realiza. É essencial também identificar aquilo que você não quer fazer. Dê um passo de cada vez. Garanto que você sairá ganhando."

Por Vicky Bloch 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Uma estratégia para vencer


Não importa sua formação acadêmica nem mesmo a experiência profissional. Você pode chegar longe na carreira se prestar atenção nas atitudes dos profissionais de sucesso


1 Ter consciência de suas fortalezas e de suas fraquezas, ou seja, desenvolver apurado autoconhecimento. A percepção que temos de nós mesmos pode ser distorcida, por isso, é necessário frieza e fazer uma autoanálise rigorosa e realmente honesta sobre nossas competências. 
2 Ter dedicação extrema, incansável e eficiente. Muita gente se engana contando a dedicação apenas por horas, e não por eficiência. O tempo investido em um projeto deve ser maximizado para obter resultados, independentemente da quantidade de horas gastas. 
3 Ser criativo para transpor os obstáculos que aparecem pelo caminho. O que distingue o profissional criativo dos outros é sua atitude em relação aos problemas. O criativo direciona sua energia para a solução. Não fica paralisado, lamentando o problema.
4 Ter foco ao definir os objetivos e não confundi-los com sonhos, pois objetivos devem ser coerentes com suas habilidades e limitações. Ao contrário dos sonhos, objetivos são tangíveis, pertencem à realidade e têm características muito claras: são específicos, são mensuráveis, são planejados, são flexíveis e têm prazo para serem atingidos. 
5 Ter a capacidade de identificar oportunidades menores e não deixar as grandes chances passarem por medo de fracassar. Para saber se uma situação pode impulsionar sua carreira ou seus negócios, verifique se a situação leva você para mais perto de seu objetivo. 
6 Desenvolver e manter uma rede de contatos. Se você quiser ficar bem no mundo corporativo, precisará estar rodeado de aliados. Conhecer pessoas-chave é a meta final, o alvo do networking. 
7 Saber se posicionar. A maneira como você se apresenta e se posiciona vai comunicar se você é um vencedor ou um perdedor. Assim como um produto, um profissional precisa ter um posicionamento claro e alinhado com suas fortalezas. Quem tenta ser tudo demonstra um posicionamento confuso. 

Renato Grinberg 

Aprendizagem é como descer uma colina coberta de neve.


A escolha entre o conhecido e o inesperado!
Você está no alto da colina. O dia está claro, o sol brilha e você vai testar sua habilidade em andar de trenó na neve. Fez todas as aulas preparatórias e tem confiança que vai se sair bem, mas até o presente momento você nunca desceu uma colina coberta de neve.
Começou! Inicialmente lento e no momento que começa a ganhar velocidade dentro do trenó, você percebe que está preparado para o desafio. A sensação em descer a colina é maravilhosa e o sentimento é de conquista! Seu traçado na neve foi firme e objetivo. Parabéns, você aprendeu a pilotar um trenó! O mais interessante nessa pequena estória são os próximos passos do seu aprendizado…
A chance de que a cada vez que descer a colina de trenó você repetir o mesmo traçado é progressivamente exponencial. Quanto mais desempenha determinada ação, mais automática ela se torna e é mais difícil mudá-la. Isso é essencial para a nossa sobrevivência, pois é diminuindo o tempo de resposta a cada escolha, que ganhamos produtividade e eficiência. Hábitos estabelecidos há muito tempo requerem muito e intenso esforço para serem alterados. Voltando ao trenó: pode ser necessário que você tenha que partir de um local diferente para evitar cair na armadilha da mesma trilha!
Apenas o aprendizado, por si só, é insuficiente para produzir uma mudança efetiva. Após um curso ou treinamento é preciso garantir a transferência do aprendizado, ou seja, um ambiente onde seja permitido errar, experimentar novas aplicações dos conceitos aprendidos e, principalmente, que o aprendiz receba feedback e reconhecimento pelo seu comportamento. São três os principais fatores que afetam a transferência do aprendizado:
  1. Capacidade de usar (habilidade pessoal, validade do conteúdo);
  2. Motivação para usar (acreditar que o uso irá melhorar o desempenho);
  3. Ambiente de trabalho (gestor, colegas e sistemas de recompensas).
E aqui vai uma dicaduka: quando você voltar ao trabalho, vindo de um treinamento, converse com o seu líder. Conte para ele o que aprendeu; como pode aplicar o que aprendeu; quais os novos comportamentos que irá apresentar e, principalmente, os resultados que espera alcançar. Na nossa analogia do trenó, quando você voltar do curso de condução de trenó, conte para ele sobre a sensação da descoberta quando desceu pela primeira vez a colina e avise que você irá tentar descer de locais diferentes, experimentando novas trilhas. É importante que ele o apoie nessa decisão. Trabalhar com o inesperado em cada descida fará de você um ótimo piloto de trenó!
Mochila nas costas e até a próxima trilha!
Professor Paulo Campos tem 20 anos de experiência em soluções de aprendizagem

Confira mais textos como esse clicando aqui. O site é ótimo, e as dicas, valiosas!

domingo, 18 de março de 2012

... sobre abraçar - por Martha Medeiros


…Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve…






sábado, 17 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Vontades.

E a vontade de viver se torna maior do que qualquer palavra ou frase feita. A vontade de sentir acaba se tornando mais presente do que qualquer fato registrado. 
Sinto. E sentindo eu externo toda essa vontade que contenho. 
Pulso vontade de reviver os sorrisos dados, de trocar novamente o abraço cúmplice, de silenciar as mãos dadas. Fica a vontade da troca, da presença, da música, do toque. Fica o querer, o desejo, e toda a incerteza que rodeia os próximos passos. 
-
E são vontades. Vontades que aumentam ainda mais as saudades. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Despertar (!)

E depois de alguns desencontros finalmente me enxergo. Encontro-me em cenário aberto, limpo e claro, pronta pra começar novamente. Permissiva para dar mais outros tantos passos largos, com fôlego pra aguentar mais outras tantas dificuldades, sem perder o ritmo e o compasso de quem quer sempre superar a si mesma e quem acredita na vida (e nas pessoas).
...
E não importa o tempo que se demore para respirar e se encontrar de novo. O tempo de espera e de silêncio muitas vezes nos acrescenta mais que outros tantos momentos vividos em emoções às pressas. Encher o pulmão de gás e sentir o peito enchendo de novas energias é saber dar o devido valor a que esse intervalo tem. 
E isso, por que é necessário se permitir desacelerar. Perceber o que acontece à sua volta e simplesmente sentir. Sentir as pessoas, as mudanças, as transformações e as tantas surpresas que a vida nos faz.
...
Esses dias um grande amigo, ao qual de uma maneira única sabe fazer com que eu paralise por alguns momentos, me fez perceber o quanto frágil são as reviravoltas da vida, e o quanto que o tempo pode influenciar no caminhar de tudo. Ele com sua forma encantadora de contar histórias, ao contar mais uma de suas experiências vividas durante os anos que a vida o presenteou, me relatou a perda de alguns anos de sua trajetória baseado em suas escolhas diárias e definitivas. Com a sua forma de me silenciar me fez refletir o quão longo (e saboroso) o caminho ainda está para ser vivido. O quanto nós, ao sermos donos e patrões de todas as ordens e demandas colocadas diariamente no nosso colo: escolhendo, decidindo, apostando; somos responsáveis pelo futuro e pelos frutos que serão colhidos posteriormente. Me fez ver que podemos dizer sim a nós mesmos, aos outros, às diversas formas que as oportunidades se apresentam. Que se pode ser mais, incansavelmente. Ele me ajudou a despertar sem sequer saber da importância que suas palavras ecoavam nas experiências contadas ali, naquele almoço rápido e sem pretensão nenhuma de ser eternizado.

“Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade. Porque amigo é a direção… É a base quando falta o chão.” 
- Machado de Assis.




quinta-feira, 1 de março de 2012

Palavras de Érica Gaião.


Inevitavelmente, em algum momento dessa vida incerta e intempestiva, nós nos perdemos. Sim, nos perdemos da gente. E talvez, essa seja a dor mais pungente: Quando a gente não tem a gente. Quando a gente se procura e não se encontra em lugar algum de nós mesmos.
Eu até pensei em guardar meu coração dentro de uma caixa para protegê-lo do mundo. Para protegê-lo de mim, quando movida pela coragem de SER eu mesma, o deixo disponível e vulnerável a qualquer sorriso.  Mas sabe de uma coisa? Só se entrega ao outro quem ainda carrega dentro do peito uma fé irredutível nas pessoas. Talvez a vida nem seja assim tão justa; ou tão encantadora… Talvez a vida até nos molde, quando abala as nossas estruturas emocionais. Quando dobra as nossas pernas ou retém as nossas asas, quando o que mais queremos é voar. Mas uma coisa eu tenho certeza: Nada fica no mesmo lugar. O mundo gira, o tempo passa e as coisas se transformam. E as pessoas também. Isso é esperança.
E aprendi com o incerto, que a coragem de quem ama está justamente nessa possibilidade de driblar o medo até chegar do outro lado da alma de alguém, só para conseguir tocá-la. É aí que a gente segue na direção do novo e recomeça. E aproveita essa esperança bonita para ser feliz.
"Buscadora de si, pisou na areia com pés firmes, abrindo mão dos falsos atalhos que escolhera. Navegou por toda sua vida de antes, com velas içadas a ser levada pelo sopro de outras vozes, ideias tantas e conselhos muitos. E assim, chegando onde não queria, alcançou lugar nenhum.” 
Guilherme Antunes

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ciclos.

E o tempo passa [rápido].
Com ele chegam novos ventos, novas aspirações, desejos, planos. O caminho vai mudando, se adequando: às limitações, às energias, às expectativas e tantas possibilidades. Ajustes necessários são realizados, redirecionamentos efetuados, planejamentos ganham novo formato. 
Embora eu sempre tenha tido pressa, no momento, tentando respirar e colocar a casa em ordem. (Re) desenhando, dando um tempo, me permitindo aspirar e sentir a melhor sincronização de tudo: cabeça, coração e sentidos. 
Tenho consciência que cada ser humano é completamente responsável por aquilo que cativa, assim como pelas tantas escolhas feitas, em todos os aspectos, e é exatamente por isso que no momento estou assimilando os mais variados sentimentos obtidos, e eles todos assumindo as mais variadas formas.
Tentando encontrar em cada uma delas a que melhor se encaixa com as descobertas que faço todos os dias.

"Um novo começo de era, com gente fina,
e sincera. O que mais se pode querer?
Gente fina não esnoba, não humilha,
não trapaceia, não compete e, como
o próprio nome diz, não engrossa.
Não veio ao mundo pra colocar areia
no projeto dos outros.
Gente fina é que tinha que
virar tendência.
Porque, colocando na balança,
é quem faz a diferença. "

(Martha Medeiros)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

...

"Ela queria, não a promessa, mas a vontade. Ele queria não a obrigação, mas a sorte. Eles queriam estar sempre começando de novo."

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Palavras soltas, e belíssimas.


Hoje eu não quero conversas vestidas de uniforme. Diálogos impecavelmente arrumados que não deixam o coração à mostra. As palavras podem sair de casa sem maquiagem. Podem surgir com os cabelos desalinhados, livres de roupas que as apertem, como se tivessem acabado de acordar. 
O único requinte deve ser o sentimento. É desnecessário tentar entender qualquer coisa. Tentar solucionar qualquer problema. Buscar salvamento para o quer que seja.
Hoje, se quiser, se puder, se souber, me fala de você. 
Dos momentos em que a vida lhe doeu tanto que você achou que não iria aguentar.
Senta perto de mim e mesmo que estejamos rodeados por buzinas, gente apressada, perigos iminentes, faz de conta que a gente está conversando no quintal de casa, descascando uma laranja, os pés descalços, sem nenhum compromisso chato à nossa espera. 
Fala da sua família, a de origem ou a que formou. Das pessoas que não têm o seu sobrenome, mas são familiares pra sua alma. Fala de quem passou pela sua vida e nem sabe o quanto foi importante. Daqueles que sabem e você nem consegue dizer o tamanho que têm de verdade.
Não precisa ter pauta, seguir roteiro, deixa a conversa acontecer de improviso, uma lembrança puxando a outra pela mão, mas conta de você e deixa eu lhe contar de mim. Dessas coisas. De outras parecidas. Ouve também com os olhos. Escuta o que eu digo quando nem digo nada: a boca é o que menos fala no corpo. Não antecipe as minhas palavras. Não se impaciente com o meu tempo de dizer. Não me pergunte coisas que vão fazer a minha razão se arrumar toda para responder. 
E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. 
Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.

Ana Jácomo.


domingo, 22 de janeiro de 2012

... Sobre escrever.

"Depois de tanto lhe ouvir Clarice, descobri que escrevendo vou desconstruindo a minha complexidade interior e transformando a minha essência fragmentada em vida. Descobri que escrever é o bom senso que me dobra e me recupera de dores emocionais, mesmo após revelar minha incapacidade de traduzir alguns dos meus tantos sentimentos; como por exemplo, o amor…  Mas, ainda assim, após tantos questionamentos que sobrecarregam a minha essência, confesso que alguns eu já consigo decifrar. Decifrar e entender! E entendo, porque ao escrever o que sinto, me organizo inteira e volto a ser leve, feito “pétala que voa”."

Palavras de Érica Gaião
-
E eu, em falta com minha desconstrução de complexidade. Estas palavras caíram como uma luva por aqui.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Surpresa [boa]

"O trabalho move o mundo. Sustenta pilares. Envolve emoção, energia, razões sociais. Influencia seu humor, seu relacionamento, sua capacidade de superação e de liderar a si mesmo. Determina classes econômicas, influencia a auto-estima e o bom reconhecimento social. A saúde é a base principal e sustentadora de todas as pontuações acima. E eu: apaixonada pelo que faço."

Encontrei esta descrição em alguns arquivos meus. Escrevi a um tempo para um determinado trabalho feito e para minha surpresa, acabo me reencontrando comigo mesma. Acabo reafirmando respostas em pleno domingo e posso dizer: bom de ter.

"Seja a mudança que quer ver no mundo"



sábado, 7 de janeiro de 2012

Idade - idosa (desabafo)

A uma semana do meu aniversário. Este, a ser comemorado dia 14. Não sou adepta à tristeza de ficar mais velha (pelo menos não agora, no auge da juventude), mas de fato, minha idade demasiadas vezes me incomoda. Denuncia meu caos interno, mexe com minhas expectativas, agita meus planos - e definitivamente me contradiz. 
Costumamos rotular muitas coisas, e entre elas, o quão uma pessoa pode assumir responsabilidades pela sua idade - não só pela pouca, como pela sua demasia. Associamos à padrões: rotulamos mulheres e homens com seus 20 e poucos anos, com seus 30, com seus 40, 50, 60... cada um com sua especificidade e características do gênero. 
E com isso, acabo tendo que conviver com a rotina de ouvir de todos os lados que não pareço ter a idade que tenho: relacionamentos, amizades, chefias, profissionalmente - e posso dizer com toda a certeza: cansa. 
E por Deus, juro que se eu não tivesse trabalhado mentalmente o bombardeio com a responsabilidade desde cedo de tomar decisões, acabaria acreditando que não tenho mesmo grandes capacidades de decisões sensatas [e maduras].
Tenho minhas confusões, minhas tão variadas dúvidas, inseguranças, medos, com meus tão poucos e palpáveis 20 e poucos anos, e tenho muito, mas muito o que aprender ainda. E digo que é na tentativa de acertar e de aprender com o outro que se escreve o livro recheado de histórias, de aprendizados, erros, acertos, vitórias e muitos sorrisos distribuídos. Não são os 20 e poucos anos que faz de alguém imaturo, ou sem articulação para tomada de decisões. São os exemplos, as metas, os objetivos e onde se quer chegar na vida. São as experiências vividas, a paciência para ser bom ouvinte, a capacidade de aprender com erros dos outros, a lição que é retirada de todas as oportunidades dadas (e retiradas). É a vontade de superação, de crescimento, e saber exatamente o seu lugar no mundo. 

Enquanto isso, sigo meu caminho árduo até meus 40, ouvindo frases como estas abaixo:
"Confesse, você é uma quarentona disfarçada e conservada"
"Não é possível que eu, no meus 50 anos esteja pedindo conselhos a uma menina"
"Você tem mesmo a idade que tem?"
"Você já fez isso tudo mesmo?"
"Como você é velha mentalmente"...
(...)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Avaliações,

... e reflexões necessárias. Querendo colocar ordem na casa, redesenhar os planos, repensar as ações e as tantas consequências de escolhas feitas para o resto da vida. Querendo provar outros sabores, aprimorar qualidades, aproveitar a idade, começar de novo. 
Realinhando objetivos. 


F e c h a d a - p a r a - b a l a n ç o.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que mais você quer?

"(...)
É quase um pecado confessar: sim, quero mais.
Quero não ter condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. A cada manhã exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estréia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.
Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa.
Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito abençoáveis.
Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as coisas que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.
E na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa para mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir.
O que eu quero mais? Me escutar e obedecer meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, maridos, filhos e bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã.
E quero mais tempo livre. E mais abraços. E receber mais flores.
Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem."

Martha Medeiros

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

...

"E sinta-se abraçado, com todo o carinho guardado comigo. Acolhido, com meus dois braços abertos. Confortável, para entrar e espalhar-se pela sala. Sinta-se à vontade, para voltar quantas vezes quiser."



domingo, 1 de janeiro de 2012

2012.

E chega o tempo que é preciso deixar as coisas pra trás. De vibrar com o início de mais um ano. Olharmos pra frente e vermos a oportunidade de traçar novos caminhos, de percorrer os meses todos novamente já vividos, assim como nas tantas possibilidades e mistérios que é marcar mais datas comemorativas, e lembranças. Nos preparamos continuadamente para as novidades. Pensamos em nos dar mais oportunidade. Em fazer diferente - ou continuar fazendo igual. E pergunta-se se o ano que inicia nos trará algo melhor do que o que acabou de passar.
(...)
Mas será que é só isto?
"Feliz Ano Novo" está presente em todas as línguas, de todas as formas, das mais variadas maneiras e expectativas - e com os mais diferentes rituais de espera. 
Reunindo toda a boa energia necessária para construção de mais uma etapa. Com amor, luz e bênçãos - e se não for pedir muito, com muitos sorrisos distribuídos de felicidade. 

Um bom ano para todos - é o que todas as minhas melhores energias desejam!