Minha ausência por aqui se fez sentir (em mim).
Tenho lido palavras com essência, texto que edificam e tenho excedido minha cota de sentimento, mas a interiorização está se fazendo presente cotidianamente.
Em transição e com vontades transbordando. Com confusões e com amontoados de desejos íntimos, só meus. Crescendo, brigando, errando e sendo humana na maior parte das vezes (por que a outra parte não me identifico). Sofrendo e cantando em dias como hoje. Em conflito e querendo gastar toda a energia acumulada guardada comigo. Expectativas crescendo, ansiedade se intensificando - e eu, querendo (querendo, querendo...). Ainda aprendo a domar essa intensidade toda que excede em mim.
Deixo para leitura o poema abaixo, que instantaneamente se faz um dos mais lindos que já li sobre a natureza da saudade, retirada do blog da Ana Jácomo.
"Estava na casa do irmão, quando a sobrinha, criança na época, demonstrou tristeza no momento em que a tia comentou que havia chegado a hora de ir embora.
- Você vai me deixar sozinha?
- Não, querida, você não vai ficar sozinha, vai ficar com a sua mãe e com o seu pai...
A menina, numa dessas sábias tiradas amorosas que criança diz sem cerimônia, e adulto, por mais que sinta tão sinceramente, tantas vezes fica encabulado pra dizer, mandou esta:
- Eu sei, mas eu vou ficar sozinha de você!"
(...)
Perfeito, não?
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