domingo, 27 de novembro de 2011

Novo espaço.

Tanta coisa nova sendo apresentada e acontecendo ao mesmo tempo. 
São tantas as necessidades de adaptação, de conhecimento, de apropriação... que minha cabeça já não é tão dona de controlar o tempo que tenho.
Para os visitantes deste espaço que amo: criei um outro, voltado especialmente para o período de aprendizado dedicado à Angola-Luanda. Como disse (e repito), o tempo (se vai ser curto ou longo), ainda não sei. O que importa é que o aprendizado está sendo construído, e minha testagem para superação em estado máximo
Com saudades de tudo um pouco.

O endereço do meu anexo: http://amandanegreirooo.blogspot.com/

Beijos pernambucanos!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Eu acredito em Deus!

Hoje li mais um texto de Martha Medeiros, desta vez falando sobre o Deus em que ela acredita. 
"O Deus em que acredito me ensina a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos atos. Não condena o prazer, é simples, não precisa ser difícil e distante, sabe tudo e vê tudo. É discreto e otimista. Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente nas horas boas para incentivar, para fazer sentir o quanto vale um pequeno momento grandioso: de um abraço numa amizade, na música em hora certa, no silêncio", disse Martha. 
Me fez refletir. Acabei me voltando à realidade de que no mundo, assim como existem as diferenças diversas as quais lidamos todos os dias e em vários aspectos (raciais, sociais, culturais, etc), não poderia ser mais comum a "existência" de um Deus versátil, acreditado de vários "formatos". 
Há quem defenda e discuta sobre religião, o que não é o meu caso. Mesmo tendo crescido num colégio de freiras (deliciosos anos dourados), hoje carrego comigo a simpatia por várias (entre elas o espiritismo, budismo, catolicismo, judaísmo...), defendendo a espiritualidade como parte da pessoa que acabei me tornando. Acredito em um único Deus, para todas as raças, cores, lugares do mundo, e talvez isto me faça querer saber mais sobre cada universo defendido e vivido. E acredito que mesmo que me debruce sobre o exercício de uma, apenas, não deixaria de ter esta percepção.
O Deus com quem mantenho contato é Pai, irmão, amigo. É energia, sentido, diálogo, companhia, proteção. É renovador, carrega compreensão, sempre presente e onipotente. Me aceita nas fraquezas, na felicidade, e até mesmo no pecado. 
Acredito que tudo faz sentido e chega por uma razão. Acredito em reencarnação. Acredito em tudo aquilo que me ajuda a ser mais humana a cada dia, e naquilo que me rouba felicidade.
Não sou frequentadora assídua de nenhuma igreja atualmente, nem de nenhum centro espírita, mas tenho meus encontros diários com expressões divinas: nos sorrisos, abraços, amores espalhados e jogados. Na confirmação das graças e da minha evolução constante.
Neste momento, entregando meu dia de amanhã à Ele. Que tudo caminhe conforme Sua vontade, Pai. 
Amém!

Curti!

domingo, 13 de novembro de 2011

Mania de explicação.

Texto de Adriana Falcão.

Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa. Explicação, que é uma frase que se acha mais importante do que a palavra. As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da placa “perigo” o desejo vai e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero… Também não. É um desadoro… Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Normose.

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?

Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
.
05.08.07 - Jornal Zero Hora - Porto Alegre - RS por Martha Medeiros.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Nostalgia bateu (e mexeu comigo).

Me dei ao luxo de voltar um pouco, ao início [aquele início marcado por um acontecimento improvável e excêntrico]. A ler novamente palavras, confissões, expressões e dedicatórias de um começo com envolvimento [e paixão]. Voltei aos emails, às mensagens, à magia e encanto apresentados de forma rápida, sem antecedentes e com intensidade [de um tempo atrás].
Tinha cheiro de renovação. Desejo sem controle. Querer. Permissão. Reencontro com a felicidade. E estas, palavras não minhas (e relidas com prazer), me deixaram com saudades da aposta.
Do retorno tão quisto e descrito com evidência quando existiam viagens. Do sentimento transbordante. Do pensamento constante que se fazia questão de reafirmar. Dos emails constantes, das notícias diárias, do envolvimento intenso, rápido, apaixonante. Deu saudades das surpresas, do encanto recíproco, da dúvida, do domínio declarado e jogado na mesa.
Desejei a um tempo atrás que o feitiço durasse e que a bruxa se eternizasse nas lembranças, mas paixões duram tempo suficiente para revirar a vida, trazer sorrisos e repensar conceitos. Depois, se ela não tem motivos sólidos de fixação, vai se tornando em outra coisa (qualquer outra coisa).
Hoje, não sei em que pés esta outra coisa está.
ps.: mas sempre apostando pra ver.

...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

... com lembranças (boas)

Um misto de saudade, com contentação. Razão, paixão, expectativas e ansiedade (aos montes). Sorrisos e apertos pontuais de emoção. Aberta para o novo, para o crescimento, aprendizado e versatilização. Já não me importo mais em me importar tanto, com os outros. Momento em que o reflexo de mim mesma me satisfaz tanto que eu acordo com cada vez mais vontades de investimento próprio. Pode falar o que quiser: minha maior ordem de prioridade é obedecer às minhas reais necessidades, sem precisar de bengalas emocionais.
Teve um tempo em que eu queria mais do que o presente podia me dar - e eu descobri - que tudo o que somos (e o que temos) é fruto de querer sempre mais mesmo. Aprendi a administrar os conflitos e tristezas que me sugavam energia, assim como aceitar com mais facilidade minhas oscilações de humor. De sonhar alto a ponto de se refazer todos os dias, e constantemente. De enxergar-se com defeitos, altos, baixos, sorrisos e muitas lágrimas no mesmo momento.
Recordando meu final de semana: os amigos, os abraços, a dança, a distribuição de sorrisos. Com todas as razões do mundo para agradecer e me sentir privilegiada por quem carrego comigo. 

"Lembrar com amor é oferecer, no coração, um sorriso que se expande. É um jeito instantâneo e poderoso de prece. É um modo de abraço, não importa o aparente tamanho da distância, nem as enganosas cercas do tempo. Lembrar com amor é levar a vida, no exato instante da lembrança, ao lugar onde a outra vida está e plantar uma nova muda de ternura por lá." (Ana Jácomo)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

... rapidinha.

Bêbada de vinho, de saudade, de ansiedade. Bêbada de expectativa, de altos e baixos, de inconstância. Me entregando a um mundo que não me pertence, mas que vai ser absolutamente meu.

Sobre hoje.

Meu coração anda apertando, com sufocos ritmados e com tempos cada vez mais curtos. Exercitando a tolerância. Crescendo com a paciência. Testando o explosível, andando bem próxima da ansiedade, que está em curva ascendente de crescimento. Descobri que andei gastando muita energia. Querendo poupar, armazenar e estocar tudo o mais que me retire sorrisos mais adiante.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Colabore!

Pedimos a colaboração de não jogar palavras ao vento, não cobrar taxas por declaração de sentimento, não acabar com prazer de momento. Pedimos que os senhores e senhoras sejam razoavelmente educados e tolerantes com qualquer coração, olhar perdido e exclusão de cartas, papéis, msn e orkut. Pedimos que não pixem retratos, não joguem água em nenhum chopp, que deixe ser como será e que este coração, se for morrer, que morra de amor.

À gerência.
(Thiago Kuerques)

E chega novembro.

Um mês que a comemoração secreta de datas se faz presente, que alguns planos se farão concretos, que a saudade vai sufocar mais que o normal. Um mês de mudanças, de início de um ciclo novo, limpinho, cheio de expectativas e aprendizados. Um mês que anuncia o final do ano, que a correria se faz mais presente que o normal, e que te faz lembrar de como o ano passou rápido. Pouco tempo, tempo demais, tempo não percebido ou doído por ter demorado a passar. 

"Tem gente que perde um grande amor. Perde mais de um, até. E perde filhos, pais e irmãos. Tem gente que perde a chance de mudar de vida. E há os que perdem tempo. Os anos passam cada vez mais corridos, os aniversários se repetem. Tem gente que viu sua empresa desmoronar, sua saúde ruir, seu casamento ser atingido em cheio por um petardo altamente explosivo. Tem gente que achava que iria ter a chance de estudar mais tarde e não estudou. E tem os que acharam que iriam ganhar uma medalha por bom comportamento e não receberam nem um tapinha nas costas.
E no entanto ainda estamos de pé, porque não ficamos apenas contando os meses e os anos em que tudo se passou. Construímos outras torres no lugar. Não ficamos velando eternamente os atentados contra nossa pureza original. As novas torres que erguemos dentro serão sempre homenagens póstumas às nossas pequenas mortes e uma prova de confiança em nossas futuras glórias." (Martha Medeiros)