sábado, 7 de janeiro de 2012

Idade - idosa (desabafo)

A uma semana do meu aniversário. Este, a ser comemorado dia 14. Não sou adepta à tristeza de ficar mais velha (pelo menos não agora, no auge da juventude), mas de fato, minha idade demasiadas vezes me incomoda. Denuncia meu caos interno, mexe com minhas expectativas, agita meus planos - e definitivamente me contradiz. 
Costumamos rotular muitas coisas, e entre elas, o quão uma pessoa pode assumir responsabilidades pela sua idade - não só pela pouca, como pela sua demasia. Associamos à padrões: rotulamos mulheres e homens com seus 20 e poucos anos, com seus 30, com seus 40, 50, 60... cada um com sua especificidade e características do gênero. 
E com isso, acabo tendo que conviver com a rotina de ouvir de todos os lados que não pareço ter a idade que tenho: relacionamentos, amizades, chefias, profissionalmente - e posso dizer com toda a certeza: cansa. 
E por Deus, juro que se eu não tivesse trabalhado mentalmente o bombardeio com a responsabilidade desde cedo de tomar decisões, acabaria acreditando que não tenho mesmo grandes capacidades de decisões sensatas [e maduras].
Tenho minhas confusões, minhas tão variadas dúvidas, inseguranças, medos, com meus tão poucos e palpáveis 20 e poucos anos, e tenho muito, mas muito o que aprender ainda. E digo que é na tentativa de acertar e de aprender com o outro que se escreve o livro recheado de histórias, de aprendizados, erros, acertos, vitórias e muitos sorrisos distribuídos. Não são os 20 e poucos anos que faz de alguém imaturo, ou sem articulação para tomada de decisões. São os exemplos, as metas, os objetivos e onde se quer chegar na vida. São as experiências vividas, a paciência para ser bom ouvinte, a capacidade de aprender com erros dos outros, a lição que é retirada de todas as oportunidades dadas (e retiradas). É a vontade de superação, de crescimento, e saber exatamente o seu lugar no mundo. 

Enquanto isso, sigo meu caminho árduo até meus 40, ouvindo frases como estas abaixo:
"Confesse, você é uma quarentona disfarçada e conservada"
"Não é possível que eu, no meus 50 anos esteja pedindo conselhos a uma menina"
"Você tem mesmo a idade que tem?"
"Você já fez isso tudo mesmo?"
"Como você é velha mentalmente"...
(...)

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