"Acordei e senti falta. Uma falta estranha, como se sempre estivesse aqui e hoje por algum motivo foi embora. Pensei que estava em outro lugar, vivendo um outro momento, sendo outra pessoa - ou eu mesma, com outras emoções. Era real. Tudo fazia sentido de alguma forma: a ausência naquele momento, a presença diária, as brincadeiras constantes, a certeza de que voltaria, pra mim, para aquela vida, onde tudo pulsionava amor. E eu queria, por alguns momentos, dormir novamente, sentir tudo outra vez, sem mudar nada, apenas dando continuidade aquela sensação boa que eu senti. Mas daí o abraço também se fez ausente, na manhã chuvosa de hoje. Os beijos de bom dia se fizeram necessários, mas o automático não se deu. Fez falta. Apertou. Senti uma saudade - enorme, do sonho bom e da realidade que eu acordei. Me dei conta, depois de algum tempo, de que era eu mesma, acordando em dias normais, com obrigações, resolvendo pendências, um pouco atrasada, e com urgências. E percebi: que eu vivi, e que as sensações não eram novas. Eram ausentes, apenas. Quis voltar. Mas o celular e minhas responsabilidades atuais não deixaram. Quero dormir - novamente - quero sonhar - outra vez. E acordar com essa sensação todos os dias, relembrar alguém, que eu não reconheci, mas que eu conhecia, intimamente, de algum lugar, de uma outra vida, e que me fazia imensamente feliz, todos os dias."
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