Nos piores momentos da minha estava bem acompanhada. É fato que todos nós sempre procuramos outras pessoas: amigos, amigas, familiares... No intuito de desabafar, dividir a dor, aliviar os ombros. E uma boa organização para essa rotina é o estabelecimento de quem procurar primeiro. No meu caso, sempre a procurei em primeiro lugar. Ela é de uma companhia singular! Conselheira, paciente, sensível às mudanças e bastante crítica (uma crítica incomparável para evolução interna). Nos choros mais intensos e mais dolorosos, sempre foi a ela que recorri. Ela sempre atenta (confusa, é verdade), mas muito disposta. Disposta a entender, a aprender, compreender, a tirar uma boa lição daquilo tudo. A crescer comigo, com os outros, com minhas lágrimas (e soluços). Nunca me senti à vontade de nos auges dos mais dolorosos sentimentos e montanhas-russas da vida recorrer à outra pessoa num primeiro momento (até o fizesse, mas depois do primeiro encontro com ela). Sempre depois da intensidade da nossa conversa. Do carinho, da consideração e do respeito estabelecido: pelo momento, por mim, por tudo que foi vivido, aprendido e discutido. Sempre entendi a necessidade do encontro, da reflexão imposta, do controle do fluxo das lágrimas, do repensar nas atitudes, do respirar fundo e da contagem até 10 (ou 1000) como prioridade no desenrolar das coisas. Dos inúmeros encontros que tivemos, ela nunca faltou a nenhum, durante toda a vida. Ao mesmo tempo em que chorava comigo, me dava conselhos e puxava minhas orelhas de uma forma que nenhuma outra pessoa fazia.
(...)
Essa pessoa era eu mesma, de uma forma muito própria, na frente do espelho.
Lindo texto :)..eu ainda estou nessa busca =/ tentando me encontrar...tentando lidar com meus sentimentos, meu coração já ta bem ralado rsrs mas é nele que estou procurando ....e espero me encontrar e me socorrer...
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