segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Máscaras sociais.


As máscaras sociais são cada vez mais complexas e bem criadas, mas a realidade e a verdade estão sempre por trás delas. As pessoas enganam-se a si próprias. Vivem em piloto-automático, deixam a sua vida ao calhas, e não vivem com intenção, ou intensidade.
A personalidade é algo muito real e é através dela que TODOS nós funcionamos. Ela é composta por 3 grupos de características – Masculinidade (no caso dos homens) ou Femininidade (no caso das mulheres), Maturidade e Profundidade (ou ser-se Interessante). Os resultados que obtemos na vida dependem SEMPRE das qualidades, ou da falta delas, que fazem parte desses 3 grupos de características.
Um dos melhores lugares para se observar a diversidade entre comportamentos e personalidades é numa festa. Se for uma festa particular, onde você já conhece as pessoas de outras situações, ainda melhor.
Sobre as diversas personalidades e comportamentos, existem máscaras sociais de todo tipo e forma. É nossa prerrogativa e, de certa forma, nosso fardo. A todos nós cabe o uso ocasional de máscaras sociais, o que não equivale a dizer que haja falsidade, pose ou medo nisto.
A máscara social é a persona. Aquele verniz, aquela casca por cima do conteúdo, que, diga-se, é repleto de camadas, muitas das quais indecifráveis, intransponíveis, imperceptíveis. A casca que vestimos, o verniz que pincelamos, quando em contato com outros de nossa espécie, e quando em contato com grupos de outros de nossa espécie. É quase tão natural quanto respirar, e cabe a nós nos educar (nos conhecer) e determinar - ainda que não, conscientemente - a espessura desta casca, e o quanto ela deixará transparecer o conteúdo que a habita.
Se, no meio de uma festa, você pensar em olhar em volta, e para si, para observar a dinâmica do lugar, verá os múltiplos tipos de máscaras sociais que podem ser vestidas. Verá os enturmados, os reservados, os deslocados, os desconfiados, os carentes de atenção, os invisíveis, os curiosos, os naturais, os cínicos, os invejosos e uma infinidade de outros tipos, ou combinações de tipos, que podemos assumir quando em convívio social.
Tão curiosa essa reação natural do ser humano em situações de interação em grupos, e a grande diferença que existe, em muitos casos, entre o diálogo, por curto que seja, de um encontro um-a-um e o diálogo - ou falta de - no encontro pessoa a grupo. O número maior de pessoas no ambiente pode aquecer, intimidar, acender, dependendo do verniz escolhido por cada um, para a ocasião. Como se diante do espelho, vestíssemos, sem saber, a calça, a blusa, o sapato e a máscara. E só então saíssemos pela porta, rumo à festa.
À algumas pessoas, não se poderá sequer reconhecer. De outras, se verá o melhor e o pior. Outras serão hesitantes, ou familiares, ou refrescantes. Outras seremos nós, com a velha face que reconhecemos diante do reflexo, mas com um toque de multidão. E só Deus sabe o que ele poderá nos causar.
Precisamente e, preciosamente, ensinou Quintana. Sempre me senti isolada nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas.

(Texto composto por trechos diversos online sobre o comportamento humano)

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