quinta-feira, 7 de julho de 2011

... Leveza.


Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho. As belezas que se mostram sem fazer suspense. As afeições compartilhadas sem esforço. As vezes em que a vida nos tira pra dançar sem nos dar tempo de recusar o convite. As maravilhas todas da natureza, sempre surpreendentes, à espera da nossa entrega apreciativa. A compreensão que floresce, clara e mansa, quando os olhos que veem são da bondade. Abençoados sejam os presentes fáceis de serem abertos. Os encantos que desnudam o erotismo da alma. Os momentos felizes que passam longe das catracas da expectativa. Os improvisos bons que desmancham o penteado arrumadinho dos roteiros da gente. Os diálogos que acontecem no idioma pátrio do coração. Abençoada seja a leveza, meu Deus.
(Ana Jácomo)

Depois disto, quero leveza, todas as belezas, e surpresas. Quero afeiçoar-me, não quero ter tempo de recusar a dança. Quero apreciar a bondade, quero abrir presentes. Quero encantar-me, sempre, mais uma vez, e cotidianamente.

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