Prazeres da menina.

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A menina com uma máscara preto e dourado escondeu-se hoje do mundo. Deliciou-se com a fantasia, e com a música lenta. Ela dançou, cantou, sorriu. Sentiu-se bem por estar entre amigos. Sentiu-se melhor ainda por respeitar seus limites. Essa mesma menina estava tomando um cappuccino à tarde, curtindo o prazer de um sábado tranquilo - pra ela. Tudo pega fogo nesta época, mas ela não estava nem aí.

Essa menina incomoda por querer ficar tão omissa de compromissos carnavalescos. Ela parece não entender o motivo de tanta festa, alguém diga pra ela, por favor! Gritem ao seu ouvido! Ela precisa aproveitar! Ela precisa pular, suar, frevar, sambar, cantar, muito, desesperadamente, como todos os outros! Ela precisa ceder aos prazeres impostos por esta festa tão cheia de faltas de limites. É... Ela não quer, ela não ouve.

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Mas tudo bem, menina! Pra ser feliz no carnaval o vínculo com multidões e grandes agitações não precisa necessariamente estar presente. Podemos compreender. Será?