01:07 a.m. Brasil perdeu a copa para a Holanda, puts... Foi bom ter visto só o primeiro tempo mesmo, ao menos fico com lembranças de algumas boas jogadas perdidas. No momento, brigando contra o sono: relutando em descansar, procurando redirecionar pensamentos. Pensando na interferência do tempo em nossas atitudes e realizações. Em um momento estamos ansiosos para que as coisas aconteçam rápido. Em outro, relembrando o porque de tudo ter passado tão depressa. E tem sido assim desde menina, quando ansiava em ter meus completos 18 anos numa velocidade alucinante. Sempre idealizando, potencializando nossas energias em tempos futuros, melhores, diferentes, com expectativas. Quem já não depositou ansiedade em futuras viagens, futuros negócios, relacionamentos, fases da vida... E quando menos se pode perceber, tudo só restam em fotos e lembranças...? O mais interessante é que tudo renova-se na mesma velocidade frenética de alcançar todos os objetivos. E cada vez mais pessoas, momentos, culturas, são sendo inseridas repetidamente em nossa bagagem mental e psicológica. Cultivamos sentimentos, sensações, desejos. E em insanos momentos (como agora) quero apertar o controle remoto e voltar um pouco, ou muito, ou o desejável. Quero (re)viver momentos... Aqueles momentos aos quais minha memória e sentidos não me deixam esquecer. Voltar à infância. Aos tempos de colégio, à preocupação pouca, aos tempos dedicados à dança, ao teatro, à cozinha, aos filmes no final da tarde com as amigas. Voltar um pouco à faculdade. Aos risos e trocas maravilhosas que fizemos. À sensação do primeiro emprego, das amizades novas, da ansiedade depositada naquilo tudo. Ao tempo maravilhoso de um amor intenso, de um cuidado único, de abraços, de ombros... Das conversas! De um determinado carinho consentido, do apoio, da certeza constante, da cumplicidade. Voltar às viagens com as amigas, àquela festa tão esperada. Voltar. Simplesmente voltar um pouco. E não no desejo de fazer diferente: de fazer exatamente como se fez, afinal de contas, estou falando de recordações boas. Se hoje não tenho mais motivos de tê-las comigo é porque o tempo é outro, como disse antes, tudo transforma-se, modifica-se, mudam de lugar. Independente do tempo em que se queira ao menos um pedaçinho de recordação e (re)vida, vou estocando tudo isso de forma que me acrescente sempre as melhores sensações. O sabor bom de tê-las comigo, todas guardadas, sem poder "rebobinar", mas tendo certeza que fui em alugm momento lá atrás muito feliz com elas (e que com certeza me ajudaram na pessoa que sou hoje).
E agora? Indo deitar com a cabeça pesada, olhos entreabertos e cansados, com lembranças e saudades disso tudo. Daí...
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