"Querida, vou jogar futebol com os amigos. Vou chegar por volta das 11, mas se eu demorar, vê se não faz como da outra vez, em que você se chaveou dentro do quarto e deixou minha escova de dentes no corredor, com as cerdas enterradas no carpete."
"Primeiro a gente passa na casa da minha mãe, e depois, se der tempo, a gente passa na sua. Se não for assim eu nem saio de casa!"
"Você tem que ligar o secador bem na hora do documentário sobre os elefantes asiáticos? Semana passada você fez a mesma coisa durante os treinos da fórmula Indy. Por que você não seca esses cabelos na hora da Marília Gabriela, hein?"
"Você fingiu o orgasmo né? Achei você meio diferente hoje. Você fez um teatrinho, não fez? Pode contar amor, eu não vou brigar com você... (...) EU SABIA, SUA FALSA!"
"Sidney, não gosto quando você diz que me ama lendo o jornal. Será que você não pode dizer isso olhando para os meus olhos? Forçado, por quê? Ora, forçado! Que mania você tem de ser espontâneo. Diz, Sidney. Se você não disser eu vou achar que você não me ama. Olhando pra mim, Sidney, olhando pra mim!"
"Vem cá, dá uma espiada nessa cama. O meu lado tá todo arrumadinho, e no seu parece que passou um tornado essa noite. Você se mexe muito durante o sono, será que não dá pra dormir parado? Ah... Você não pode controlar o que faz dormindo... sei. Isso lá é argumento!"
"Você simplesmente não notou que eu mudei a cor do esmalte hoje."
"Você não quer que eu vá junto ao Bar do Artur porque esse cara dá em cima de você, é por isso que você só vai lá com suas amigas, não é? Ele te dá desconto, ao menos?"
(...)
Quem também é chegado numa criancice bota o dedo a-qui!
- Martha Medeiros
Livro: Montanha Russa.
Belíssimo!
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