Como uma pessoa pode ter sido tão genial assim?!
As suas principais obras:
- Os dois cavalheiros de Verona
- Hamlet
- Romeu e Julieta
- Otelo
- Timão de Atenas
HAMLET (1603)
"[...]Que nojo o mundo, este jardim de ervas daninhas. [...]"
- Ato I - Cena II: Príncipe Hamlet
.
"Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz."
- Ato I - Cena III: Polônio
.
Ser, ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação [...]
- Ato III, Cena I: Príncipe Hamlet
.
A Comédia dos Erros (1592-1593)
.
"A mancha do adultério em mim se alastra. Trago no sangue o crime da luxúria, pois se ambos somos um, e prevaricas, na carne trago todo o teu veneno, por teu contágio me tornando impura".
- Ato II - Cena II: Adriana
.
"As queixas venenosas de uma esposa ciumenta são de efeito mais nocivo do que dentada de cachorro louco".
- Ato V - Cena I: Abadessa
.
"Sem ser provada, a paciência dura".
- Ato II - Cena I: Adriana
.
"As mais belas jóias, sem defeito, com o uso o encanto perdem".
- Ato II - Cena I: Adriana
.
Outras obras (1605-1610)
.
"Tens medo de nos atos (...) mostrar-te igual ao que és nos teus anelos?"
- Ato I - Cena VII: Lady Macbeth
.
"A cólera também tem privilégios".
- Ato II - Cena II: Kent
.
"É lícito aspirar ao que não se pode alcançar".
- Ato II- Cena I: Primeiro pescador
.
"Pobre é o amor que pode ser contado".
- Ato I - Cena I: Antônio
.
"Entre dois beijos abrimos mão de reinos e províncias".
- Ato III - Cena VIII: Escaro
.
"Os amigos me adulam e me fazem de asno, mas meus inimigos me dizem abertamente que o sou, de forma que com os inimigos (...) aprendo a me conhecer e com os amigos me sinto prejudicado".
.
"Nada me deixa tão feliz quanto ter um coração que não se esquece de seus amigos".
Ato II, Cena III: Bolingbroke
.
"Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos"
.
"As águas correm mansamente onde o leito é mais profundo"
.
"Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer"
.
"Se os maridos das esposas infiéis desesperassem, enforcar-se-ia a décima parte da humanidade"
.
"A adversidade põe à prova os espíritos"
.
"O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, é cego e tão potente"
"Se não te lembram as menores tolices que o amor te levou a fazer, é que jamais amaste"
.
"Podeis crer-me, senhor: caso eu tivesse tanta carga no mar, a maior parte de minhas afeições navegaria com minhas esperanças. A toda hora folhinhas arrancara de erva, para ver de onde sopra o vento; debruçado nos mapas, sempre, procurara portos, embarcadoiros, rotas, sendo certo que me deixara louco tudo quanto me fizesse apreensivo pela sorte do meu carregamento"
.
"O amor é cego, e os namorados nunca vêem as tolices que praticam"
- Ato II - Cena VI: Jéssica'
.
"Os motivos do amor não têm motivo"
.