Handicap = termo em inglês que significa vantagem ou desvantagem.
Para ser melhor interpretado, utiliza-se a expressão "dar uma colher de chá". Quando aplicado em jogos, permite que a disputa seja realizada em pés de igualdade, com jogadores de níveis diferentes. No golfe, por exemplo, um iniciante recebe “handicap” 40 e um jogador profissional recebe “handicap” zero. Quanto menor o handicap, melhor o jogador.
Ontem, vi um amigo realizar a classificação de pessoas, a "handicaps". Elogiando, associou pessoas as quais ele admirava como "pessoas handicaps zero".
E eu, pensando nesta conceituação e utilização para nivelamento, me permiti analisar o título.
Num primeiro momento, bons jogadores e profissionais. Um misto de experiência e sabedoria que os fazem ter destaque para aqueles aos quais estão iniciando agora, com pitadas de auto-suficiência. Pessoas admiráveis, representantes de um destaque natural. E será essa, então, uma boa classificação?
- "Sim, claro - todos gostariam de uma comparação a tal nível de excelência, plenitude, auto-suficiência."
Mas permita-me: ao classificarmos pessoas ou profissionais, principalmente esta classificação estando relacionada a critérios como idade, tempo prático, diplomas ou campeonatos ganhos, estou rotulando um nível de excelência máximo que não me permite excedê-lo ou passar disso.
Uma pessoa "handicap" zero pode sim, aprender mais, e continuadamente. Pode tornar-se -1, -2, -3... E o quanto de evolução puder e quizer - sem limites. Pode redescobir-se com perdas e novas conquistas, pode evoluir sempre. Pode aprimorar suas estratégias de encarar seus desafios. Pode atualizar-se, flexibilizar-se e sempre aprender MAIS. E o processo de aprendizado envolve pessoas, sensibilidade, humildade e ação. O processo de evolução não se pode bastar a um título ou faixa que o caracterize (enquanto ser humano) a limitações. A excelência está disponível para todos, e o constante processo de redescobrir-se também.
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