"Feliz o homem que sabe valorizar uma mulher. Este sim pode chamá-la de sua, não pelo sentimento de posse, mas por ela não querer ser de mais ninguém."
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Vontade de dançar junto.
Sincronização perfeita (!) Vontade de sair sapateando, cantando, motivando... =) Arte linda de assistir.
Observações (com olhos de quem quer ver)
Me emocionou a paisagem a qual fui contemplada. Na imagem da criança brincando com a terra. A distração e as brincadeiras com as pedras. A distribuição dos sorrisos simples, mesmo envolvidos em casas de barro. As plantas regionais, as plantações, e todos os detalhes que faziam do local um lugar diferente de se estar. A Serra, que encheu meus olhos com sua imensidão e seu manto negro que fluía e dava razão ao nome, cobriu minha alma de leveza. As conversas e a simplicidade das pessoas estacionaram minhas energias. A beleza encontrada nas flores que foram apresentadas, o sabor da goiaba branca pegada do pé e saboreada com tanta curiosidade, os povoados, as casas juntas: um universo diferente, e tão próximo. O verde gritante. O nada - e o tudo, ao mesmo tempo.
Por alguns minutos na viagem de trabalho me permiti adentrar naquele cenário exposto. Me permiti esquecer um pouco a correria e a cobrança diária. Me inseri num contexto sem tanta tecnologia, e com a existência do exercício da procura diária por novas descobertas de felicidade. Pelo pouco imaginado, e pelo tanto a ser feito diariamente.
Não percebi as curvas, nem os buracos contidos na estrada, nem tampouco o cedo que era para estar de pé já viajando. Difícil? Não. É encontrar beleza nos mínimos detalhes, e fazer deles grandes motivos para inebriar-se todos os dias de encantos.
domingo, 28 de agosto de 2011
Envelhecer.
Envelheço quando me fecho para as novas idéias e me torno radical.
Envelheço quando o novo me assusta. E minha mente insiste em não aceitar.
Envelheço quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar.
Envelheço quando meu pensamento abandona sua casa. E retorna sem nada a acrescentar.
Envelheço quando muito me preocupo e depois me culpo porque não tinha tantos motivos para me preocupar.
Envelheço quando penso demasiadamente em mim mesmo e conseqüentemente me esqueço dos outros.
Envelheço quando penso em ousar e já antevejo o preço que terei que pagar pelo ato, mesmo que os fatos insistam em me contrariar.
Envelheço quando tenho a chance de amar e deixo o coração que se põe a pensar: Será que vale a pena correr o risco de me dar? Será que vai compensar?
Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta da minha alma que se põe a lamentar.
Envelheço, enfim, quando paro de lutar!
(Autor desconhecido)
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sábado, 27 de agosto de 2011
Encontrei um texto perfeito - bom [demais] de ler!
O texto abaixo, de uma singularidade especial, me preencheu de sentimentos tão bons que mesmo grande, tive que postá-lo na íntegra. A autora, Ana Jácomo, possui um especial tom de beleza no que escreve. Ela dá presentes de se preencherem a alma. Explosões de sensibilidade, essência, pureza e muito, muito amor. Deliciem-se também!
Hoje eu não quero conversas vestidas de uniforme. Diálogos impecavelmente arrumados que não deixam o coração à mostra. As palavras podem sair de casa sem maquiagem. Podem surgir com os cabelos desalinhados, livres de roupas que as apertem, como se tivessem acabado de acordar. Dispensa-se tons acadêmicos, defesas de tese, regras para impressionar o interlocutor. O único requinte deve ser o sentimento. É desnecessário tentar entender qualquer coisa. Tentar solucionar qualquer problema. Buscar salvamento para o quer que seja.
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Hoje eu não quero falar sobre o quanto o mundo está doente. Sobre como está difícil a gente viver. Sobre as milhares de coisas que causam câncer. Sobre as previsões de catástrofes que vão dizimar a humanidade. Sobre o quanto o ser humano pode ser também perverso, corrupto, tirano e outras feiúras. Sobre os detalhes das ações violentas noticiadas nos jornais. Não quero o blablablá encharcado de negatividade que grande parte das vezes não faz outra coisa além de nos encher de mais medo. Não quero falar sobre a hipocrisia que prevalece, sob vários disfarces, em tantos lugares. Hoje, não. Hoje, não dá. Não me interessam o disse-que-disse, os julgamentos, a investigação psicológica da vida alheia, os achismos sobre as motivações que fazem as pessoas agirem assim ou assado, o dedo na ferida.
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Hoje eu não quero aquelas conversas contraídas pelo receio de não se ter assunto. A aflição de não se saber o que fazer se ele, de repente, acabar. O esforço de se falar qualquer coisa para que a nossa quietude não seja interpretada como indiferença. Hoje eu não quero aquelas conversas que muitas vezes acontecem somente para preenchermos o tempo. Para tentarmos calar a boca do silêncio. Para fugirmos da ameaça de entrar em contato com um monte de coisas que o nosso coração tem pra dizer. Além do necessário, hoje não quero falar só por falar nem ouvir só por ouvir. Que a fala e a escuta possam ser um encontro. Um passeio que se faz junto. Um tempo em que uma vida se mostra para a outra, com total relaxamento, sem se preocupar se aquilo que é mostrado agrada ou não. Se aumenta ou diminui os índices de audiência.
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Hoje, se quiser, se puder, se souber, me fala de você. Da essência vestida com essa roupa de gente com a qual você se apresenta. Fala dos seus amores, tanto faz se estão perto do seu corpo ou somente do seu coração. Fala sobre as coisas que costumam fazer você sintonizar a frequência do seu riso mais gostoso. Fala sobre os sonhos que mantêm o frescor, por mais antigos que sejam. Fala a partir daquilo em você que não desaprendeu o caminho das delícias. Do pedaço de doçura que não foi maculado. Da porção amorosa que saiu ilesa à própria indelicadeza e à alheia. A partir daquilo em você que continuou a acreditar na ternura, a se encantar e a se desprevenir, apesar de tantos apesares. Conta sobre as receitas que lhe dão água na boca. Sobre o que gosta de fazer para se divertir. Conta se você reza antes de adormecer.
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Hoje, me fala de você. Dos momentos em que a vida lhe doeu tanto que você achou que não iria aguentar. Fala das músicas que compõem a sua trilha sonora. Dos poemas que você poderia ter escrito, de tanto que traduzem a sua alma. Senta perto de mim e mesmo que estejamos rodeados por buzinas, gente apressada, perigos iminentes, faz de conta que a gente está conversando no quintal de casa, descascando uma laranja, os pés descalços, sem nenhum compromisso chato à nossa espera. A gente já brincou tanto de faz-de-conta quando era criança, onde foi que a gente esqueceu como se chega a esse lugar de inocência? Fala da lua que você admirou outra noite dessas, no céu. Da borboleta que lhe chamou à atenção por tanta beleza, abraçada a alguma flor, como se existisse apenas aquele abraço. Diz se quando você acorda ainda ouve passarinhos, mesmo que não possa identificar de onde vem o canto. Diz se a sua mãe cantava para fazer você dormir.
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Senta perto e me conta o que você sentiu quando viu o mar pela primeira vez e o que sente quando olha pra ele, tantas vezes depois. Se tinha jardim na casa da sua infância, me diz que flores riam por lá. Conta há quanto tempo não vê uma joaninha. Se tinha algum apelido na escola. Se consegue se imaginar bem velhinho. Fala da sua família, a de origem ou a que formou. Das pessoas que não têm o seu sobrenome, mas são familiares pra sua alma. Fala de quem passou pela sua vida e nem sabe o quanto foi importante. Daqueles que sabem e você nem consegue dizer o tamanho que têm de verdade. Fala daquele animal de estimação que deitava junto aos seus pés, solidário, quando você estava triste. Diz o que vai ser bacana encontrar quando, bem lá na frente, olhar para o caminho que fez no mundo, em retrospectiva.
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Podemos falar abobrinhas, desde que sejam temperadas com riso, esse tempero que faz tanto bem. A gente pode rir dos tombos que você levou na rua e daqueles que levou na vida, dos quais a gente somente consegue rir muito depois, quando consegue. A gente pode rir das suas maluquices românticas. Das maiores encrencas que já arrumou. Das ciladas que armaram para você e, antes de entender que eram ciladas, chegou até a agradecer por elas. De quando descobriu como são feitos os bebês. A gente pode rir dos cárceres onde se prendeu e levou um tempo imenso pra descobrir que as chaves estavam com você o tempo todo. Das vezes em que se sentiu completamente nu diante de um Maracanã, tamanha vergonha, como se todos os olhos do mundo estivessem voltados na sua direção. Das mentiras que contou e acreditaram com facilidade. Das verdades que disse e ninguém levou a sério.
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Não precisa ter pauta, seguir roteiro, deixa a conversa acontecer de improviso, uma lembrança puxando a outra pela mão, mas conta de você e deixa eu lhe contar de mim. Dessas coisas. De outras parecidas. Ouve também com os olhos. Escuta o que eu digo quando nem digo nada: a boca é o que menos fala no corpo. Não antecipe as minhas palavras. Não se impaciente com o meu tempo de dizer. Não me pergunte coisas que vão fazer a minha razão se arrumar toda para responder. Uma conversa sem vaidade, ninguém quer saber qual história é a mais feliz ou a mais desditosa.
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Hoje eu quero conversar com um amigo pra falar também sobre as coisas bacanas da vida. As miudezas dela. A grandeza dela. A roda-gigante que ela é, mesmo quando a gente vive como se estivesse convencido de que ela é trem-fantasma o tempo inteiro. Um amigo pra falar de coisas sensíveis. Do quanto o ser humano pode ser também bondoso, honesto, afetuoso, divertido e outras belezas. Dos lugares onde nossos olhos já pousaram e daqueles onde pousam agora. Um amigo para conversar horas adentro, com leveza, de coisas muito simples, como a gente já fez mais amiúde e parece ter desaprendido como faz. Um amigo para se conversar com o coração.
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E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.
I'm Yours - Jason Mraz.
E... Cante comigo!
Eu Sou Seu
Você me fez e aposto que você sentiu
Eu tentei te vencer, mas você é tão quente, que derreti
Eu cai através rachaduras, agora eu estou tentando voltar
Antes que o frio passe,
Eu darei o meu melhor
E nada, além de uma intervenção divina, vai me parar
Eu cobro de novo, minha vez de ganhar ou aprender um pouco
Mas eu não vou hesitar, não mais, não mais
Eu não posso esperar, eu sou seu
Bem, abra sua mente, e veja como eu
Abra seus planos, e caramba, você é livre
Olha para seu coração e você encontrará amor, amor, amor
Escute a música do momento, pessoas cantam e dançam
Nós somos só uma grande família, e
É seu direito divino esquecido de ser amada, amor, amada, amor, amada
Então eu não vou hesitar, não mais, não mais
Eu não posso esperar, com certeza
Não há necessidade de complicar, nosso tempo é curto
Esse é o nosso destino, sou seu
Você, mas você, vai
Mas você não quer vir
Vem pra mais perto, querida
E eu vou mordiscar sua orelha
Eu gastei muito tempo vendo minha língua no espelho
Inclinando para trás para tentar vê-la mais claramente
A minha respiração embaçou todo o vidro
Então eu desenhei um rosto novo e ri
Eu acho que estou dizendo que não há razão melhor
Se livrar da vaidade e apenas ir com o ritmo
É o que almejamos fazer, o nosso nome é a nossa virtude
Mas eu não vou hesitar, não mais, não mais
Eu não posso esperar, eu sou seu
Bem, abra sua mente, e veja como eu
Abra seus planos, e caramba, você é livre
Olha para seu coração e você encontrará amor, amor, amor
Então por favor não, por favor não, por favor não
Não precisa complicar
Porque nosso tempo é curto
Esse é, esse é, esse é nosso destino, eu sou seu
Eu Sou Seu
Você me fez e aposto que você sentiu
Eu tentei te vencer, mas você é tão quente, que derreti
Eu cai através rachaduras, agora eu estou tentando voltar
Antes que o frio passe,
Eu darei o meu melhor
E nada, além de uma intervenção divina, vai me parar
Eu cobro de novo, minha vez de ganhar ou aprender um pouco
Mas eu não vou hesitar, não mais, não mais
Eu não posso esperar, eu sou seu
Bem, abra sua mente, e veja como eu
Abra seus planos, e caramba, você é livre
Olha para seu coração e você encontrará amor, amor, amor
Escute a música do momento, pessoas cantam e dançam
Nós somos só uma grande família, e
É seu direito divino esquecido de ser amada, amor, amada, amor, amada
Então eu não vou hesitar, não mais, não mais
Eu não posso esperar, com certeza
Não há necessidade de complicar, nosso tempo é curto
Esse é o nosso destino, sou seu
Você, mas você, vai
Mas você não quer vir
Vem pra mais perto, querida
E eu vou mordiscar sua orelha
Eu gastei muito tempo vendo minha língua no espelho
Inclinando para trás para tentar vê-la mais claramente
A minha respiração embaçou todo o vidro
Então eu desenhei um rosto novo e ri
Eu acho que estou dizendo que não há razão melhor
Se livrar da vaidade e apenas ir com o ritmo
É o que almejamos fazer, o nosso nome é a nossa virtude
Mas eu não vou hesitar, não mais, não mais
Eu não posso esperar, eu sou seu
Bem, abra sua mente, e veja como eu
Abra seus planos, e caramba, você é livre
Olha para seu coração e você encontrará amor, amor, amor
Então por favor não, por favor não, por favor não
Não precisa complicar
Porque nosso tempo é curto
Esse é, esse é, esse é nosso destino, eu sou seu
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
E encanta, sempre.
O que me fascina é a loucura lúcida. O desafio e as cartas na mesa. A magia de encantar serpentes que, mesmo sendo despojada e limpa, vai sendo tocada por uma flauta e as pessoas vão se aproximando de todo esse ritual aparentemente simples, mas terrível porque revelador de um denso mundo de complicações. De sofrimento. De repressões. Mundo de desesperada busca, onde as palavras se procuram no escuro e no silêncio como mãos que raramente (tão raramente, meu Deus) se encontram e o deixa aproveitar do melhor que a vida pode oferecer a alguém: a simplicidade. Um mundo de consciência limpa, de sorrisos expostos, de mundos construídos com bases fortes e permanentes. Um legado de boas histórias a serem contadas posteriormente. Nenhum pesar, nenhum arrependimento. Uma relação de carinho e respeito que só aumenta, e que vai durar. Afinal de contas, temos várias doses de amizades para trocar.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Desejo.
desejo (ê). [Do lat. vulg. *desidiu.] S. m.
1. Ato ou efeito de desejar.
2. Vontade de possuir ou de gozar.
3. Anseio, aspiração.
4. Cobiça, ambição.
5. Vontade de comer ou beber; apetite.
6. Apetite sexual: "Adeus, corpo gentil, pátria do meu desejo!" (Olavo Bilac, Poesias, p. 182.)
To com desejo de comer o mundo inteiro, de colher estrelas, de desenhar no chão de areia o destino. Um desejo de fechar os olhos e deixar que a alma passeie pelos lugares que o corpo não pode ir (ainda). É grito, é tesão, é raiva. É amor em estado bruto. É um desejo não comedido. Lambe dentes, língua e lábios. Morde a carne e causa arrepios na pele. Desejando: muito, e sem medição. Me consome, me desconcentra, me dá resultados em segundos e me faz voltar a lembranças boas de se ter.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Hierarquia.
Sempre me perguntei a necessidade dos poderes hierárquicos distribuídos e utilizados equivocadamente.
Hoje, ao dar continuidade à leitura do livro "A Cabana", de William P. Young, me deparei com a seguinte colocação:
"Assim que vocês montam uma hierarquia, vocês precisam de leis e da aplicação das leis, e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento em vez de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento. Quando vocês escolhem a independência nos relacionamentos tornam-se perigosos uns para os outros. As pessoas se tornam objetos a serem manipulados ou administrados para a felicidade de alguém. A autoridade, como vocês geralmente ensam nela, é meramente a desculpa que o forte usa para fazer com o que os outros se sujeitem ao que ele quer. (...) Se realmente tivessem aprendido a considerar que as preocupações dos outros têm tanto valor quanto as suas, não haveria necessidade de hierarquia."
E já aproveitando, indico o livro. É simplesmente especial se envolver com a história!
Handicap.
Handicap = termo em inglês que significa vantagem ou desvantagem.
Para ser melhor interpretado, utiliza-se a expressão "dar uma colher de chá". Quando aplicado em jogos, permite que a disputa seja realizada em pés de igualdade, com jogadores de níveis diferentes. No golfe, por exemplo, um iniciante recebe “handicap” 40 e um jogador profissional recebe “handicap” zero. Quanto menor o handicap, melhor o jogador.
Ontem, vi um amigo realizar a classificação de pessoas, a "handicaps". Elogiando, associou pessoas as quais ele admirava como "pessoas handicaps zero".
E eu, pensando nesta conceituação e utilização para nivelamento, me permiti analisar o título.
Num primeiro momento, bons jogadores e profissionais. Um misto de experiência e sabedoria que os fazem ter destaque para aqueles aos quais estão iniciando agora, com pitadas de auto-suficiência. Pessoas admiráveis, representantes de um destaque natural. E será essa, então, uma boa classificação?
- "Sim, claro - todos gostariam de uma comparação a tal nível de excelência, plenitude, auto-suficiência."
Mas permita-me: ao classificarmos pessoas ou profissionais, principalmente esta classificação estando relacionada a critérios como idade, tempo prático, diplomas ou campeonatos ganhos, estou rotulando um nível de excelência máximo que não me permite excedê-lo ou passar disso.
Uma pessoa "handicap" zero pode sim, aprender mais, e continuadamente. Pode tornar-se -1, -2, -3... E o quanto de evolução puder e quizer - sem limites. Pode redescobir-se com perdas e novas conquistas, pode evoluir sempre. Pode aprimorar suas estratégias de encarar seus desafios. Pode atualizar-se, flexibilizar-se e sempre aprender MAIS. E o processo de aprendizado envolve pessoas, sensibilidade, humildade e ação. O processo de evolução não se pode bastar a um título ou faixa que o caracterize (enquanto ser humano) a limitações. A excelência está disponível para todos, e o constante processo de redescobrir-se também.
domingo, 14 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
O que você nunca vai saber.
"Não pretendo te contar sobre minhas lutas mentais. Você terá nas mãos minha simplicidade e minha leveza, que podem não ser totalmente verdadeiras, mas foram criadas com muito carinho pra não assustar pessoas como você. Não vou ficar falando sobre a complexidade dos meus pensamentos, minha dualidade ou minhas dúvidas sobre qualquer sentimento do mundo. Vou te deixar com a melhor parte, porque eu sei que você merece. Guardo pra mim as crises de identidade e a vontade de sumir. Não vou dissertar sobre minhas fragilidades e minhas inseguranças. Talvez eu te diga algumas vezes sobre minha tristeza, mas só pra ganhar um pouquinho mais de carinho. Ofereço meu bom humor e minha paciência e você deve saber que esta não é uma oferta muito comum.
(...)
(...)
Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem".
Verônica Heiss
Verônica Heiss
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
O que me faz amar um homem.
Eu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.
É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.
Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.
Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.
Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.
Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisantes e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir. Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.
Simples assim.
(Ailin Aleixo)
domingo, 7 de agosto de 2011
Extraindo.
"É que eu gosto de celebrar o amor todo dia, sem data. Com desapego, que é uma coisa que vou ter que te ensinar. Gosto dos abraços sem aviso, dos encontros sem horário, dos beijos que me faz dar risada, e também dos que dou entre risos. Coisas assim, bem a minha cara. Nem sei direito o dia que tudo começou, só sei que é diferente. Que parece sempre novo e me faz querer continuar suspirando de alegria. E ele também é boa companhia, mesmo triste, mesmo preto e branco. É que o maior motivo da gente se encontrar foi pra se descobrir em outras formas. E que isso tem tantos significados que até me perco. Uma mistura de pé no chão e cabeça no teu peito. É você ir embora mas deixar tudo comigo, olhos, cheiro, mão, palavra, riso...
Quero ficar presa dentro do teu abraço por tempos. Esse sentir-se livre estando presa. Que a gente continue com essa sintonia que só a gente tem e com uma alegria com cara de sexta-feira-feliz."
terça-feira, 2 de agosto de 2011
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