sábado, 7 de novembro de 2009

Excruciante!

Não!
Não me peça para fingir.
As pessoas vão ter de mim o que me derem delas.
Dou o melhor de mim, para quem se dá.
Não sei dar um sorriso bonito para quem não quero.
Não sei dar um olhar sincero para quem não oferece o seu.
Não sou difícil de ler, faço da reciprocidade minha rotina, apenas (!) - Amanda Negreiro.
Estou lendo e sentindo Clarice Lispector... Faço das palavras dela, minuciosamente, as minhas. Sempre fico com a sensação que ela escreveu tudo que eu queria declarar com palavras.
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.
(...)
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.
(...)
E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.
(...)
...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. (...)
E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.
(...)
Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
(...)
Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio.
(...)
Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.
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