Recife: um dos maiores índices de violência no Brasil. Por mais que esta realidade esteja estampada em todas as pesquisas, é difícil imaginar-se na situação de ser assaltado qualquer que seja o dia. Qualquer que seja o vacilo dado. Passei boa parte de tempo investido em pensamentos de como seria se acontecesse comigo. Reações? Medo? Paralisia? ...
4 anos de vivência Recifense: sou do interior de Pernambuco e não é novidade para muitos leitores. O medo e a cautela sempre estiveram presentes no meu dia a dia, a presença de Deus sempre pulsante nos meus passos dados diariamente.
O dia correu de forma tranquila, um dia de trabalho como outro qualquer...
Mas na volta para casa eis que me deparo com a possibilidade: estava sozinha à noite, voltando em um trecho considerado perigoso para muitos, só que não tinha me dado conta ainda.
E... como brincar com a sorte não é tão favorável assim, tive a primeira experiência na dita tão violência da cidade.
Mas... alguma coisa deu errado! Não senti medo. Não senti pavor. Não fiquei paralisada.
Na primeira abordagem feita, senti nos olhos daquela criança de aproximadamente 13 anos, mais medo e insegurança do que eu poderia vir a sentir com a possibilidade de vir a acontecer alguma coisa. Ele estava inseguro, não sabia se comportar... Estava fingindo ser uma pessoa pela qual não tinha nada a ver com o olhar dado por ele.
Como pode isso?
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(texto em construção)
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