sábado, 16 de abril de 2011

Livre (se)

Livre-se da sua inteligência, se ela não faz ninguém sorrir, se é incapaz de te fazer sentir o gosto bom da simplicidade. Livre-se do bom senso, se não tem bom humor. Do bom gosto, se não tem bondade. Se desfaça do seu lado crítico, se ele te prende numa opinião quadrada sobre as coisas que estão te cercando e não te permite um novo olhar sobre aquilo que está mudando. Livre-se da lógica, se não dá brilho aos seus olhos, se não deixa cor na sua boca, se não enfeita o mundo, e seja a incógnita que dança na poça, que canta na chuva, que beija o absurdo. Seja profundo.

Eliza Moreno

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