Um professor universitário foi visitar um famoso mestre Zen em Kyoto, em busca de conhecimento. Enquanto o monge servia chá, o professor comentava os exercícios, analisava os textos, interpretava as histórias e as tradições, divagava sobre os antigos processos de meditação. Fez todo o possível para impressionar seu anfitrião, na esperança que ele o aceitasse como discípulo.
Enquanto falava, o monge continuava enchendo seu copo, até que este transbordou, e o chá começou a espalhar-se pela mesa inteira.
- “O que o senhor está fazendo? Não vê que o copo já está cheio, e nada mais cabe em seu interior?”
- “Sua alma é como este copo”, respondeu o mestre.
– Como eu posso ensinar-lhe a verdadeira arte do zen budismo, se ela já está cheia de teorias?
(...)
O que você usa para se defender pode ser passageiro. Mas o verdadeiro guerreiro precisa ser resistente no que acredita. Não se deixa enganar pela sua própria capacidade e evita ser apanhado de surpresa. Ele dá a cada coisa o valor que ela merece ter.
Muitas vezes, diante de assuntos graves, o demônio sopra em seu ouvido: “não se preocupe com isto, porque não é sério”.Outras vezes, diante de coisas banais, o demônio lhe diz: “você precisa dedicar toda a sua energia para resolver esta situação”.
O guerreiro não escuta o que o demônio está dizendo. Ele é quem conduz sua espada!
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