quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Meus planos de vôo.

Diante a situação da constante de ser inconstante... Da teimosia em arrumar malas cinco minutos antes da partida, da oscilação entre bolsas recheadas de inutilidades e o caminhar ao vento, sem lenço, ou documento... Desse nomadismo entre o cá e o lá, sem chão que defina direito a rotina imposta... Entre a condução - sempre - pelas veredas entre o oito e o oitenta, sem nunca optar pelo bom senso. E ainda, pela alternativa correta não assinalada, numa organização (de)ficiente das estantes, e o vestido bonito para o encontro de era-uma-vez sempre errado: Vou cuidar da minha vida, que anda meio corrida demais. Por sinal, cuidar só dela (minha vida), já me dá um trabalho imenso. Já tentei cuidar da dos outros, fossem estranhos, colegas ou amigos, e me frustei muito. Nem sempre que queremos para os outros, são o que eles querem para si mesmos. Quem sou eu para impor padrões, limites, dor ou sufoco? - o máximo que posso fazer é emitir opiniões... triste limite para quem quer mudar o mundo - Bem: Eu vou amar mais minhas crianças, por que elas estão crescendo e talvez nem as conheça depois - elas (as crianças) têm o hábito de virar estranhos, da noite para o dia. Vou ouvir mais Chico, minha marrom, Lenine, Caetano, Gal e Cássia - a Eller... Numa tentativa ensandecida de limpar meus ouvidos. Vou também ouvir mais histórias dos meus pacientes idosos (e dos outros tantos velhinhos), para aprender com eles. Já repararam que a necessidade de partilhar histórias, contos, vivências, é enorme neles? Que enquanto eles falam o pensamento voam longe? Eles, nesta limitada demonstração de expressão, numa mensagem subliminar de desespero dizem:
"Me escute, venha cá, por favor, tenho tanto pra passar pra você!"
(...)
Com isso:
Vou tentar aprender a viver sem tédio ou dor.
Vou procurar alguns amigos, declarar amor eterno às coisas (e pessoas) que mais gosto, fazer comida inventada e preparar minha cabeça para o futuro, que já chegou.
Vou estudar mais, encontrar nos livros a sabedoria que eu preciso e reforçar o que já aprendi com eles... Uma conversa a mais numa é dispensável.
Vou gritar ao mundo que estou viva e que preciso do oxigêncio que Deus me dá todos os dias para superar incansavelmente meus limites.
Fazendo isso, todos os outros passos e escolhas importantes para a minha vida virão como consequência... E se Deus permitir, todos com saldos positivos.
Ah.... E se o saldo não for bom?... Limites me restarão para superá-los SEMPRE.
:)
Amanda Negreiro.

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