Meados de abril e deu vontade de escrever. Bateu na telha declarar... e registrar: que sim, estou diferente. Diferente de tudo que já fui e diferente do que vou ser daqui a pouco: o mundo tem me feito renovar todas as costuras, peles e posturas. Mudando com cada nascer do sol, com cada palavra trocada, com cada reflexão dada (pulsada, sentida). Me surpreendo - me humanizo - endureço - e amoleço a cada dia seguido (num ritmo exatamente assim: frenético). Vou me permitindo e moldando meus vazios com preenchimentos diversos.
Tenho pensado menos nos passados. Tenho quisto viver menos de futuro. Tenho respirado mais meu presente. Tenho arriscado mais. Pensado mais. Pesado menos. Tenho menos quando deveria ter mais. Tenho sido mais quando deveria estar sendo menos. Mais ou menos... Tenho tido bons resultados. Tenho sentido(s). Tenho ouvido(s). Tenho aprendido. Fazendo um levantamento por hora: e nossa! Tenho tido.
E este texto já está ficando por deveras poético.
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Estou vivendo um daqueles momentos que nos vemos felizes com o ritmo que as coisas tem evoluído - me sentindo assustada com alguns direcionamentos - mas que em sua grande totalidade, o crescimento e experiências pagam qualquer investimento (e tempo dedicados). Na vida sempre temos e vivemos grandes e menores momentos, alguns memoráveis, outros descontentes, outros lamentáveis, outros dignos de serem multiplicados e vividos intensamente. E eu acredito que é por aí que a graça e a leveza continuam acesas: é com o que verdadeiramente fica e com o que podemos passar para frente que vamos aprendendo a ser gente. É com cada pedaço/ e verso/ e passo que vamos construindo - semeando - colhendo (e fazendo tantos novos laços). Estamos ligados: eu, você e todos os que eu e você escolhemos.
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