sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Flagrei a felicidade.

Já repararam que o bombardeio de notícias negativas incendeia os telejornais? E como se não bastasse, as pessoas se interessam mais por elas. Numa entrevista dada ao Faustão, Willian Bonner, afirmou que o objetivo de tal procedência seria a exposição à população do que precisa ser mudado. E realmente faz sentido... Mas as pessoas se acostumam tanto a reconhecerem momentos ruins ou fatalidades, que perdem um pouco a sensibilidade para diagnosticarem pequenos flashes de felicidade, cotidianamente, andando por aí. Fui espectadora de um momento bom, simples, mas com pura felicidade expressa, bem ali, aos meus olhos... Intertida com mais um dia de estágio, estava estudando a patologia de um paciente, e por conseguinte prestando a assistência necessária. Paciente este com 82 anos, portador de doenças características da idade: hipertensão, diabetes, mas com complicações advindas das mesmas. Era a primeira vez que estava ali, prestando o cuidado como estagiária, e rodando pelo setor. Ainda tínhamos muitas informações a trocar, conversas para ter. Sua rotina é receber a primeira visita (e sempre a esperada visita), da sua esposa, 70 anos. O rodízio de acompanhantes é realizado entre netas e filhos. Não sabia da visita da sua esposa até a entrada dela no quarto com um sorriso no rosto que irradiou o local e preencheu o coração do Senhor que estava à minha frente naquele momento. O bom dia foi contagiante, a recepção dele foi mágica. Olhos tão embriagados de ternura e amor pulsantes, fervorosos, que a presença da neta que estava ali, aguardando ser cumprimentada, ficou para segundo plano. A minha presença? Para terceiro. E aconteceu: o beijo dos dois foi capaz de tirar quaisquer dúvidas se a paixão ainda sobrevive na terceira idade. Ali, pude ver não só o respeito e a amizade construída de um casamento longo, mas a necessidade de amar, de sentir-se vivo. Foi satisfatório presenciar tal momento... Fiquei tão encantada que por alguns minutos minha mente foi bombardeada de pensamentos, fiz vários filmes e flashes baseados em histórias de outras pessoas, de outras experiências, de outras passagens.
E conclui que independente de cada caminho percorrido, é sempre bom acreditar no melhor de cada momento vivido.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Casamento de Hortência.

Elas são meu surporte.
Esta amizade de quase 18 anos não tem preço.
E ela, depois de tantos momentos juntas, tantos encontros, saídas, momentos... É a primeira a subir ao altar, e a esperar nosso primeiro sobrinho.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos... Saudades até dos momentos de lágrima, de angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, de vésperas de provas... Do companheirismo vivido... Sempre pensamos que as amizades continuassem para sempre, sempre juntas, sendo inseparáveis assim... Mas em breve cada uma acaba indo para o seu lado, seja pelo destino, por algum desentendimento, ou até mesmo pela ordem natural das coisas... E seguimos a nossa vida. Continuaremos a nos encontrar, nos e-mails trocados, nos “scraps” do Orkut, nos encontros em MSN, em saídas rápidas, nos aniversários dos filhos... Há quem afirme que o contato se tornará cada vez mais raro, que vamos acabar nos perdendo, uma da outra, no tempo. Mas estamos aqui para afirmar que mesmo com todo o passar de tempo do mundo, que mesmo com os destinos e as escolhas feitas, maridos, filhos, trabalhos, rotinas cada vez mais desregradas (ou regradas demais), que mesmo com a distância e ausência consentida... Esse laço de amor, amizade, consideração e fraternidade nunca cessarão por completo.Um dia nossos filhos verão estas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? E nós, diremos: Elas foram minhas amigas nos melhores e piores momentos da minha vida, são as pessoas em que eu posso ligar a qualquer hora do dia quando estou precisando de uma palavra de conforto, continuaram sendo impecáveis mesmo com o passar dos anos e... Foi com elas que vivi os melhores anos e momentos da minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito nas horas mais incertas. Vai dar uma vontade de marcar encontros inesperados e apressados, saídas para conversar as bobagens do dia a dia, vai dar vontade de ouvir as vozes uma da outra novamente... E quando o nosso grupo estiver incompleto pelo processo natural de perda... Nos reuniremos para um último adeus de um amigo... E entre lágrima nos abraçaremos. Por isso, fica aqui um pedido destas humildes (e verdadeiras) amigas: não deixem que a vida passe em branco, que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades, que o tempo e as dificuldades que virão determinem a harmonia existente entre vocês... É o nosso sincero voto de felicidade ao casal, e ao sobrinho (a) lindo (a) que está vindo por aí...
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Parabéns Rio de Janeiro!

Uma multidão se reuniu hoje em Copacabana, com muito calor e música, para ouvir o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, anunciar o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Segundo informações dos organizadores da festa em comemoração à escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, cerca de 50 mil pessoas estiveram o calçadão e nas areias de Copacabana companhando a eleição nesta sexta-feira. A Polícia Militar informou que o número de pessoas presentes foi de 30 mil.
30 ou 50 mil pessoas... O que importa é a conquista brasileira, o impacto que a notícia teve para os brasileiros. Os olhos brilharam de muitos ao ouvirem a notícia. A surpresa também se fez presente para outros. Entre Madri e Rio de Janeiro: “O Rio já foi tantas vezes candidato, que essa vez será só mais uma”... Ou “Diante a beleza e infra-estrutura já pronta de Madri, o Rio não tem chance nenhuma”... Parabéns ao empenho de toda equipe que fez por merecer esta conquista, e que 2016 seja abençoado com muitas medalhas! E de quebra, que eu esteja lá! rs.

Da economia do tempo.

“(...) Reivindica teu direito sobre ti mesmo e o tempo que até hoje foi levado embora, foi roubado ou fugiu, recolhe e aproveita esse tempo. Convence-te de que é assim como te escrevo: certos momentos nos são tomados, outros nos são furtados e outros ainda se perdem no vento. Mas a coisa mais lamentável é perder tempo por negligência. Se pensares bem, passamos grande parte da vida agindo mal, a maior parte sem fazer nada, ou fazendo algo diferente do que se deveria fazer. Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente? Nisso, pois, falhamos: pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence a morte. (...)

Procura fazer aquilo que me escreves: aproveita todas as horas; serás menos dependente do amanhã se te lançares ao presente. Enquanto adiamos, a vida se vai. Todas as coisas nos são alheias, só o tempo é nosso. A natureza deu-nos posse de uma única coisa fugaz e escorregadia, da qual qualquer um que queira pode nos privar. E é tanta estupidez dos mortais que, por coisas insignificantes e desprezíveis, as quais certamente se podem recuperar, concordam em contrair dívidas de bom grado, mas ninguém pensa que alguém lhe deva algo ao tomar o seu tempo, quando, na verdade, ele é único, e mesmo aquele que reconhece que o recebeu pode devolver esse tempo de quem tirou."

Texto extraído dolivro "Sêneca - Aprendendo a Viver" Do autor Lúcio Anneo Sêneca .